(061) Sentindo, com a “Sensibilidade da Alma”, o que ninguém queria sentir.

Não sou mais o mesmo de antes, depois de ter sentido, com a minha “Sensibilidade da Alma”, a imagem sensória do subjetivo “significado existencial” do corpo do menino Aylan, com o seu rosto na areia da praia do bauneário de Bodrum, na Turquia.

Não sou mais o mesmo de antes, depois ter sentido, com a minha “Sensibilidade da Alma”, o desespero de Abdullah Kurdi, pai de Aylan, assim contado para o jornal turco Horriet (fonte:matéria publicada na edição de sexta´feira, 04.09.2015, do jornal Correio Brasiliense):

– “Depois que nos afastamos uns 500 metros da costa, o bote começou a encher de água e nossos pés molharam. À medida que a água aumentava, o pânico crescia. Algumas pessoas se levantaram e o bote virou. Eu segurei a mão de minha mulher. As mãos de meus dois filhos escaparam das minhas. Tentamos ficar no bote, mas o fôlego diminuía. Todos gritavam na escuridão. Eu já não conseguia que minha mulher e meus filhos ouvissem a minha voz.”

Pergunto:

– O que está acontecendo no mundo?

– O que vai mudar no mundo, sem a vida de Aylan?

Não tenho resposta, mas não vou parar de acreditar que existe um mundo melhor para nós, para os nossos filhos e para os nossos netos. Só sei que não serei mais o mesmo. Que não vou continuar acreditando em um destino que escolheu Aylan, para ser arrastado pelas águas do Mar Mediterrâneo, levando o seu corpo para a areia da praia, para mostrar que o ser humano precisa mudar. Vou acreditar que precisamos ser mais envolvidos pelo sentimento de AMOR e, principalmente, de Fraternidade Universal.

Desejo que ao ser acessada esta mensagem, Aylan não seja lembrado como símbolo dessa triste tragédia migratória para a Europa, mas como símbolo de esperança no surgimento de um mundo melhor para todos nós.

Agora vamos escutar em silêncio, em harmonia com a elevação espiritual de Aylan:

http://youtube.com/watch?v=MoC00lwHZiU

Notas:
1. Vídeo do youtube: “Ave Maria – Fafá de Belem”
2. A divulgação desta mensagem está autorizada, independente de autorização prévia.

Muita Paz e harmonia espiritual para todos.

(060) Sentindo o melhorar da vida, conhecendo as suas “emoções” e “sentimentos”.

Terminei a mensagem sobre o “funcionamento da nossa memória”, antecipando que, em mensagens futuras, seria dedicada atenção para as descobertas da neurociência, com ênfase para o conhecimento básico do mecanismo das emoções e dos sentimentos. Isto porque, não basta buscar o “depertar” da nossa “Sensibilidade da Alma”, sem entender um pouco do nosso cérebro.

Nós sabemos que o cérebro comanda todas as nossas ações e reações; processa as emoções e os sentimentos, além de armazenar as nossas memórias sensoriais.
Ao terminar a leitura do livro “Em busca de Espinosa”, do neurocientista António Damásio (Editora Companhia das Letras), considero ser relevante a comprovação de que o cérebro está em constante reestruturação e que, por meio das percepções, interpreta o significado dos estímulos que recebemos do nosso interior e das experiências vivenciadas no mundo exterior, pelos nossos sentidos.

Certo é que já está provado pela neurociência ser possível, conscientemente, condicionar caminhos cerebrais por estímulos e, assim, renovar e melhor aproveitar o potencial da nossa interioridade. Em outras palavras: podemos organizar o cérebro e a capacidade das suas funções cerebrais.

Destaco da entrevista concedida à Revista Poder, esta resposta do conhecido e consagrado neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho (fonte: www.hgf.ce.gov.br):

– O que fazer para melhorar o cérebro?
Dr. Paulo Niemeyer. Você tem de tratar do Espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício.

Reforçando esse entendimento, afirma o Dr. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), sobre o que devemos valorar em face da finitude humana (fonte: Suplemento do Jornal Brasil Seikyo, edição 2.287, de 15 de agosto de 2015):

– Do ponto de vista da eternidade, quase não há diferença entre uma vida ‘longa’ e uma vida ‘curta’. Portanto, o que conta não é a extensão da vida de uma pessoa, mas de que forma ela vive.

Aliás, neste espaço virtual tenho sustentado que o ser humano precisa conhecer as suas emoções e sentimentos, para melhor ressignificar o seu “existir” e o seu “viver”.

No programa “Fronteiras do Pensamento 2013”, o neurocientista António Damásio falou sobre a importância da homeostase, a maquinaria da regulação da vida, em seu âmbito biológico e social (fonte: “Neurocientista António Damásio desvenda mistérios do cérebro humano”, em www.fronteira.com):

– Sentimentos são experiências mentais conscientes, que acompanham estados do corpo. Sentimentos abrem o caminho para a aprendizagem, para a construção de cenários futuros. Sem consciência sobre o corpo, não é possível regular a vida.

Em entrevista sobre “A base biológica das emoções”, António Damásio faz a seguinte distinção entre “emoções” e “sentimentos” (fonte: Revista Viver Mente & Cérebro Scientific American, ano XIII, n. 143, dezembro de 2004):

– Na linguagem corrente, os dois termos são considerados sinônimos, o que mostra a estreita conexão que os une. (…) Penso que uma emoção é um conjunto de reações corporais a certos estímulos. (…) Os sentimentos, por sua vez, surgem quando tomamos conhecimento destas “emoções” corporais, no momento em que estas são transferidas para certas zonas do cérebro sob a forma de uma atividade neuronal.

Termino esta mensagem, enriquecendo o “Sensibilidade da Alma” com o ensaio de Maria Bethânia cantando “Sensível Demais”:

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Maria Bethânia – Sensível Demais”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(059) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” do tenor Andrea Bocelli.

A transcendência do mistério da vida (não em relação a sua origem, mas sobre a possibilidade de uma finalidade “existencial” e “espiritual” para serem descobertas e elaboradas por nós), tem merecido a minha atenção.

Entenda-se a finalidade “existencial” e “espiritual”, como sendo as nossas “missões de vida”, de “crescimento” e de “aprimoramento” em todos os sentidos. As de Andrea Bocelli, manifestaram-se na “música” e, principalmente, no seu “cantar” com a pureza da sua “Sensibilidade da Alma”. Tanto que em fevereiro de 2015, em Davos, na Suíça, quando foi receber mais um prêmio pelos seus trabalhos humanitários, Andrea Bocelli declarou:

– A música era o meu destino.

Em outra entrevista, ao Mail on Sunday afirmou (como repetidamente tem feito em suas apresentações):

– As pessoas pensam se há alguma relação entre a minha falta de vista e a forma como canto. Mas não há qualquer conexão. Perder a minha visão não teve nada que ver com a minha música.

Sempre acreditei que somos nós que escrevemos a nossa “história de vida”. Hoje não penso mais assim. Somos viajantes pelos caminhos das nossas escolhas, levados pelo fluir do sentido das nossas necessidades de evolução “existencial” e “espiritual”.

Já li e reli, muitas vezes, o livro “Manuscrito encontrado em Accra”, de Paulo Coelho (Editora Sextante). Em todas as leituras, fiquei envolvido pelas respostas do sábio personagem Copta, quando em Jerusalém, no ano de 1099, seus habitantes se preparavam para a invasão dos cruzados. Em uma das mensagens anteriores, reproduzi estas palavras de Copta, atendendo ao pedido de Yakob para falar sobre a derrota:

– Pode uma folha, quando cai da árvore no inverno, sentir-se derrotada pelo frio?
A árvore diz para a folha: “Este é o ciclo da vida. Embora você pense que irá morrer, na verdade ainda continua em mim. Graças a você estou viva, porque pude respirar. Também graças a você senti-me amada, porque pude dar sombra ao viajante cansado. Sua seiva está na minha seiva, somos uma coisa só.”

Andrea Bocelli é um vencedor. Sintam a sua “Sensibilidade da Alma”, com esta “história de vida” por ele contada com emoção, acompanhada pela leveza do seu tocar no piano:
http://youtube.com/watch?v=y0XGwseYCWshttp://m.youtube.com/watch?v=y0XGwseYCWs

Termino esta mensagem com a canção Time to Say Goodbye, cantada por Sarah Brightman que, ao lado de Andrea Bocelli, não escondeu a sua emoção com os seus gestos de carinho:

http://youtube.com/watch?v=LWQbuJ24Wzg

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeos do youtube: – “Andrea Bocelli uma pequena história – tradução e legenda em português” // “Andrea Bocelli & Sarah Brightman – Time to Say Goodbye”

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(058) Sentindo o funcionamento da nossa “memória”.

Iniciei a mensagem anterior afirmando que a “percepção” da subjetividade de imagens e de todos os estímulos de projeções sensórias que recebemos, depende do nosso grau de “sintonia interior”. Depois de reproduzir a síntese esmerada de Deepak Chopra, referindo-se à “percepção” como sendo definidora das nossas “realidades”, complementei:

– (…) os fluxos de “vivências subjetivas” são valiosos para o despertar do “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”. Para o despertar do “sentir” tudo que se harmoniza com a nossa essência “existencial” e, também, com a de transcendência “espiritual”.

Com a evolução do desenvolvimento deste espaço virtual, fiquei convencido (inclusive por experiência própria) de que para começar o favorecimento do “despertar” da “Sensibilidade da Alma”, precisamos exercitar, com naturalidade, uma subjetiva interação sensorial com o nosso “interior” e com as representações recebidas do “mundo exterior”.

É, portanto, a prática do exercício do “voltar-se para si mesmo”, necessário para a “harmonização interior” com a essência das nossas “emoções” e “sentimentos”. Como demonstra Deepak Chopra, no seu livro “O Futuro de Deus”, lançado pela Editora Planeta do Brasil, a regra é simples:

– (…) há diferentes estados de consciência, e a realidade muda dependendo do estado em que nos encontramos.

Por sua vez, no seu mais recente livro lançado no Brasil, “Super Cérebro”, da Editora Alaúde, escrito em parceria com o neurocientista Rudolph E. Tanzi (atualmente considerado um dos maiores estudiosos do mal de Alzheimer), esclarece Deepak:

– No nosso cérebro, as sinapses estão em constante e dinâmico estado de reorganização em resposta ao mundo que nos cerca. (…) Nosso cérebro não só interpreta o mundo, mas o cria.

Complementa:

– (…) os pensamentos e as emoções são capazes de modificar o cérebro, influenciando a atividade dos neurônios e alterando os caminhos neurológicos já existentes. Em outras palavras, a forma como encaramos as adversidades da vida e como reagimos a elas é capaz de criar novos parâmetros de atitudes, que levam a mais autoconhecimento e a uma vida mais plena.

Certo é, que o nosso poder de “buscas interiores” possibilita o encontro de condições para ressignificar a vida, em todos os sentidos. Este é, em síntese, o objetivo da proposta deste espaço virtual. Todos nós, mediante “buscas interiores”, podemos reinventar o nosso “viver”, aprendendo “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”.

Em recente entrevista concedida ao jornalista Franz Alt, esclarece o lider religioso Dalai Lama (fonte: Benevento publishing, Salzburg, Alemanha – reproduzida na edição de julho/2015, da Revista “Seleções” – Reader’s Digest):

– Nosso cérebro é o órgão do aprendizado. A neuropsicologia nos ensina que podemos treinar o cérebro como treinamos os músculos. Portanto, é possível receber conscientemente o bem e o bom, influenciar o cérebro de modo positivo e superar o que for negativo. Com a ajuda da mente e do espírito, podemos mudar nosso cérebro para melhor. Esse é um progresso revolucionário.

Com esta mensagem (seguida de outras), vamos dedicar atenção para as descobertas da neurociência, com ênfase para o conhecimento básico do mecanismo das emoções e dos sentimentos. Isto porque, como entendo, não basta buscar o interior “despertar” da nossa “Sensibilidade da Alma”, sem entender um pouco do funcionamento do nosso cérebro. Começamos com estas interessantes informações sobre a nossa “memória”, prestadas pelo consagrado médico e cientista argentino, naturalizado brasileiro, Ivan Izquierdo:
http://youtube.com/watch?v=9VVtUCN2xLI
http://youtube.com/watch?v=toFAkiB8zW0

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeos do youtube: – “Memória-Dr. Ivan Izquierdo” // “Memória na Velhice – Ivan Izquierdo.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(057) Sentindo a nossa “Individuação Existencial”, segundo Carl Gustav Jung.

A “percepção” da subjetividade de imagens e de todos os estímulos de projeções sensórias que recebemos, depende do nosso grau de “sintonia interior”.

Sobre “percepção”, gosto desta síntese esmerada de Deepak Chopra, no seu primoroso livro “O Futuro de Deus”, lançado pela Editora Planeta do Brasil:

– A percepção define a realidade.

Também é certo que os fluxos de “vivências subjetivas” são valiosos para o despertar do “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”. Para o despertar do “sentir” tudo que se harmoniza com a nossa essência “existencial” e, também, com a de transcendência “espiritual”.

Como a vida se manifesta em várias formas, para o alcance desse despertar precisamos desenvolver um vínculo de “interação existencial” entre a nossa “realidade interior” e as representações que recebemos do “mundo exterior”. Aliás, como acredito, é a mesma “interação” responsável pela aproximação de duas pessoas. Reforçando o meu entendimento, esclarece o Sr. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), no seu livro “VIDA”, editado pela Brasil Seikyo:

– Na vida interior de duas pessoas há uma interação de energias de afeição ou confiança que as movem uma em direção da outra, exatamente como pode haver uma interação de forças de repulsão ou suspeita que distancia outras pessoas. Em termos dos fenômenos fundamentais e refletidos, isso indica que a vida humana e seu ambiente estão em profunda fusão e exercem uma contínua influência uma na outra. A interação da energia vital de uma pessoa com a de outras acontece não apenas no domínio físico do ambiente, mas também no domínio espiritual.

Complemento com esta afirmação de Deepak Chopra, na obra acima citada:

– A espiritualidade também é existencial. A espiritualidade nos pergunta quem somos, por que estamos aqui e quais são os valores mais elevados a serem almejados.

Estou convencido de que todo ser humano é o modelador do seu “existir” (por vezes, do seu próprio “viver”). Somos nós que matizamos as nossas histórias de vida. Acontece que toda história não se consolida fluindo de forma uniforme. Talvez tenha sido esta a motivação inspiradora destes versos de Cecília Meireles:

A vida só é possível
reinvenda.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas…
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo… mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

Todos nós temos a capacidade existencial de conhecer o nosso “potencial interior”.

Coube a Carl Gustav Jung a valiosa contribuição para a compreensão dessa possibilidade, explicando o nosso “Processo de Individuação”.
Em recente abordagem publicada na Revista de Psicanálise, edição 38, esclarece a colaboradora Ana Costa:

– O processo de individuação é autônomo e inato, ou seja, não precisa de estímulos exteriores para começar a existir. Nele, os diversos sistemas que fazem parte da personalidade (consciência, inconsciente pessoal e inconsciente coletivo) vão se tornando mais individualizados durante a vida da pessoa.

– O desenvolvimento pleno de um indivíduo ocorre, segundo Carl Jung, por meio da individuação, palavra que pode ser traduzida como “tornar-se si mesmo”. Da mesma forma que uma semente plantada cresce e dá origem a uma árvore, o mesmo acontece com as pessoas. O indivíduo cresce e se desenvolve para se tronar uma personalidade plena e equilibrada.

– (…) Jung descobriu que as pessoas que vinham ao seu consultório na primeira metade da vida, ou seja, mais jovens, geralmente estavam desligadas do processo interior de individuação, pois seus principais interesses geralmente tinham como foco realizações exteriores e a realização dos objetivos do Ego. (…) as pessoas mais amadurecidas, que já haviam atingido mais objetivos externos, apresentavam uma tendência em desenvolver metas diferentes. Estavam mais interessadas na integração e não nas realizações.

A respeito, devo esclarecer que o entendimento de Jung sobre “individuação” não se confunde com o “processo de individualização”. A “individuação”, refere-se ao processo pelo qual a pessoa, durante o fluir da sua vida, consolida o que ela realmente é, com o alcance do seu estado existencial de “tornar-se si mesmo”. Por sua vez, a “individualização” diz respeito ao processo que identifica a pessoa como sendo um “indivíduo”.

Termino esta mensagem com a segunda parte da entrevista de Carl Gustav Jung, concedida à rede BBC, de Londres, em 22 de outubro de 1959:

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Face a Face com Carl Gustav Jung (2/4)”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(056) Sentindo, em nós, o significado da nossa “existência”.

Existem perguntas difíceis de serem respondidas; como esta:

– Qual será o significado da nossa “existência”?

A dificuldade decorre da natureza ontológica da pergunta, porque diz respeito ao “conhecimento do ser” (do ser enquanto ser).

Reconheço que a pergunta se distancia da proposta deste espaço virtual, que tem por objetivo o “despertar” da nossa “Sensibilidade da Alma”, mediante a prática de “buscas interiores”. Mas de “buscas” voltadas para a descoberta da “percepção” do “sentir” a nossa “subjetividade”, o que defino como sendo as “buscas de si mesmo”.
Por esta razão, em várias mensagens postadas tenho reproduzido este ensinamento de OSHO, que inicia a introdução do seu livro “Destino, liberdade e alma”, lançado no Brasil com todos os direitos reservados à Editora Planeta do Brasil:

– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência. É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre si mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.

A proposta deste espaço virtual contém a mesma “essência” da “filosofia de vida” da prática dos ensinamentos do Budismo. Através de amigos budistas, tive oportunidade de conhecer e admirar a “formação humanista” do Sr. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI). Sobre a dificuldade de se responder a pergunta feita no início desta mensagem, ele esclarece no seu livro “VIDA”, lançado novembro de 2013 pela Editora Brasil Seikyo:

– Para qualquer pessoa, a questão mais difícil é compreender o significado de sua própria existência. A visão científica do ser humano sondou a matéria e descobriu o mundo dos átomos e dos elétrons. Em sua busca pelo infinito, a visão científica continua superando as fronteiras do cosmo cada vez mais. Apesar disso, a vida, que é o mais próximo que existe de nós e a questão que deveria ser a mais fácil de compreender, permanece um mistério, mesmo com o rápido avanço nas últimas décadas do que chamamos de ciência da vida.

Não me parece certo tentar explicar o “significado da nossa existência” de forma genérica como, aliás, aparentemente sugere o enunciado da pergunta que inicia esta mensagem. Isto porque, somos nós os “modeladores” das nossas “descobertas”, do nosso “sentir”, e do nosso “pensar”. Portanto, caberá a cada um de nós encontrar a sua resposta satisfatória.

Pessoalmente, entendo o seguinte:

1. Todos nós somos “seres transcendentes”. Pertencemos a um ciclo de evolução “existencial” e “espiritual”, marcado pela “transitoriedade” de tudo. É a “Lei da Impermanência” que explica a sucessividade de “transformações” em todas as realidades do Universo. A respeito, gosto desta passagem do livro “Transições: Tomando Conhecimento das Mudanças da Vida, de William Bridges (Reproduzida por Tom Butler-Bowdon, no seu livro “Lições Inspiradoras dos Grandes Mestres”, lançado no Brasil em 2014, pela Editora Universo dos Livros):

– Em toda a natureza, o crescimento envolve acelerações e transformações periódicas: as coisas se movem devagar por um tempo e parece que nada
acontece – até que de repente a casca racha, as flores desabrocham, a cauda do girino diminui, a folha cai, o pássaro perde as penas, o período de hibernação começa. Acontece o mesmo com todos nós. Embora os sinais sejam menos claros, do que no mundo de penas e folhas, a função dos tempos de transição são as mesmas.

2. Somos “seres transcendentes”, porque para o nosso imaginário não há limite. Com ele até podemos cogitar do sentido da sua “finalidade existencial”, nesta dimensão de vida. Apesar dessa capacidade, pelo fluir do nosso “ciclo de vida” sempre seremos os responsáveis pelas nossas escolhas. Sobre elas, gosto desta advertência de Paulo Coelho, no livro “O Diário de um Mago” (lançado em 1987,pela Editora Planeta do Brasil):

– “A cada momento de nossa existência temos de escolher um caminho e outro. Uma simples decisão pode afetar uma pessoa para o resto da vida.”

3. Como “seres transcendentes”, o significado da nossa “existência” deverá ser comparado ao percurso de uma “viagem” em que nós somos os “viajantes”, “vindo” e “seguindo” para outras dimensões desconhecidas, em que o “leme” da embarcação do fluir da nossa “existência” sempre estará sujeito à força das ondas da Lei da Causalidade, assim explicada pelo Sr. Ikeda (fonte: Suplemento do Jornal Brasil Seikyo, edição n. 2285 de 31/07/2015):

– O budismo ensina que podemos discernir claramente a realidade de nossas vidas, com base no princípio de causa e efeito, e nos explica que aquilo que somos agora reflete o acúmulo de nossos pensamentos, palavras e ações no passado e que nosso futuro será moldado pela nossa maneira de viver no presente.

Na condição de apreciador dos ensinamentos budistas, termino esta mensagem afirmando que somos nós – “seres transcendentes” – que estamos, com a evolução do nosso “viver”, consolidando o “significado da nossa existência”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Aprende com o Silêncio – Jean-Yves Leloup”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(055) Sentindo, no “espelho da vida”, as imagens da “Sensibilidade da Alma”.

Neste espaço virtual tenho afirmado o seguinte:
– Que todas as mensagens postadas são escritas pelo meu “sentir”. Que, quase na sua totalidade, os temas enfocados são por mim recebidos por “intuição”. Que na utilização de entrevistas, os comentários inseridos também são feitos de acordo com a percepção do meu “sentir”.

Certo é, que o nosso “sentir” revela a “comunicação interior” das “emoções”, dos “sentimentos” e de todas as “projeções sensórias” que emergem da nossa “sensibilidade interior”. É por esta razão que todos os títulos das mensagens são iniciados por “Sentindo”. Pelo “sentindo” de tudo que podemos “sentir”, em “sintonia interior” com o “despertar” da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Estou renovando esses esclarecimentos, porque recentemente me veio à mente esta “intuição”, assim resumida: – “ESTE ESPAÇO VIRTUAL JÁ TEM VIDA PRÓPRIA.”

Como entender o significado subjetivo desse insight?

Depois de muito pensar, fiquei convencido de que a resposta tinha relação com a natureza da sua proposta:

– Este blog é dedicado à escritora Lya Luft que, com a sensibilidade da sua alma, com o seu jeito humanista de escrever, mostra, com leveza de estilo literário, matizes significativas do nosso viver, com o mesmo encanto da beleza e da suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência.

– Desejo que os nossos futuros encontros sejam caminhadas de buscas e de descobertas pela subjetividade dos nossos “estados de alma”. Que sejam buscas de aprimoramento e de crescimento espiritual, pelas trilhas das nossas trajetórias de vida. Que sejam encontros com um sentido determinado e bem definido – o do despertar da nossa “sensibilidade da alma”. As buscas e o despertar que para serem alcançados, precisamos desta lição de vida contida no início da poesia “Saber Viver”, de Cora Coralina:
Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Ora, considerando ser ele um permanente e sugestivo “convite” para a prática de “buscas interiores”, podemos reconhecer que a “sua vida própria” já ficou definida e plenamente consolidada com a sua criação. Como todo “convite”, caberá a nós aceitar ou não. Independente da nossa decisão, ele sempre estará ao nosso alcance, como sendo o “espelho” que refletirá os benefícios da “descoberta” do “despertar” da nossa “Sensibilidade da Alma”. Para quem aceitou o “convite”, através do nosso “sentir” esse espelho refletirá as “imagens sensórias” da nossa “singularidade interior”. Refletirá o encanto do “BELO”, na essência da nossa “Sensibilidade da Alma”. O mesmo “BELO” desta inspiração de Victor Hugo, no seu livro “Les Miserábles”, publicado em 1862:

– Só há um espetáculo mais grandioso que o oceano: o céu; só há um espetáculo mais grandioso que o céu: o interior da alma.

Com relação à lição de vida contida na poesia de Cora Corlina, nunca tive dúvida de que todo “tocar o coração” fortalece e perpetua “laços emocionais”. Mas foi com este espaço virtual que comprovei também existir, no “mundo virtual”, a mesma “vinculação de emoções” quando, com a primeira mensagem postada, recebi de São Paulo este comentário:

– Edson, só quem se deixa tocar profundamente é que se auto-sensibiliza. Ou seja, consegue um interagir emocional com o mundo e, consequentemente exercita uma alma abrangente. Você alcançou esse estágio de existência.

Profundamente emocionado, reconheci que este espaço virtual já nasceu “com vida própria”, também refletindo as imagens dos “espelhos da vida”, que engrandecem a nossa missão “existencial” e “espiritual”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “Espelho da Alma – Paramahansa Yogananda”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(054) Sentindo a “Sensibilidade da Alma”, da atriz Denise Fraga.

Todos nós estamos compondo a nossa história de vida. Ela é o espelho que reflete a trajetória da nossa caminhada existencial. Com imagens de “perdas”, de “ganhos”, do que “somos”, do que “sonhamos ser”, do nosso “pensar” e de todo o nosso “viver”, provam que a vida é um fluente processo de sucessivas descobertas.

Existem pessoas que além da sua “história de vida”, também fazem “histórias”. Neste espaço virtual, a “História das Artes Cênicas” no Brasil, está sendo contada por mensagens que já mostraram a “Sensibilidade da Alma” de Domingos Oliveira, Clarice Niskier, Marjorie Estiano, Maria Paula, Betty Lago, e Fernanda Montenegro recitando Simone de Beauvoir. Nesta, vamos conhecer fragmentos da “Sensibilidade da Alma” da atriz Denise Fraga.

Em recente encontro com o jornalista Gustavo Ranieri (Editor-chefe da Revista da Cultura, publicação da Livraria Cultura), Denise falou da peça Galileu Galilei, do dramaturgo alemão Bertold Brecht, que está sendo encenada com a sua participação, no Teatro Tuca, em São Paulo (fonte: Edição n. 96, de julho de 2015):

1.Logo no início da conversa, Denise disse o que admira no “pensar” de Brecht:

Denise. As ideias dele são muito complementares. Ele levanta sempre a questão de se a ética resiste à fome, de até onde a gente consegue ser bom em um universo capitalista, em que todo mundo quer passar a perna no outro. E neste nosso momento somos levados a pensar em como manter os nossos ideais em dia, como não morrer em ideal nesse mundo onde cada vez mais o que vale é o rentável. (…) Fico muito feliz de conseguir pegar pela mão gente que nem sabe quem foi Brecht e foi tocada pelos ideais dele.

Comentário. Denise é uma atriz completa. Não se limita à interpretação do texto. Ela consegue identificar e traduzir, com a sua inteligência e “sensibilidade interior”, o “pensamento” e o “sentir” do autor da peça, independente da sua nacionalidade. Essa capacidade inata engrandece a dramaturgia, porque transfere para o palco a sintonia que sempre deve existir entre a “criação” e a “representação”.

2. Sobre a mudança de comportamento social provocada pelo uso de celular, argumentou:

Denise. O grau de atenção das pessoas mudou (…), parece que com ele a nossa atenção ficou fragmentada. (…) Com as mídias sociais, eu leio menos livros. Embora você leia mais linhas por dia, acaba não mergulhando em nada, tem menos estados sublimes. Um celular é uma janela tão incrível. E outro dia, sem sentido metafórico algum, abri a janela do meu quarto e pensei em como é bom ter o prazer de abrir uma janela, ver a luz entrar. Então, se a gente não cuidar, vai se fechando para esses pequenos prazeres sensoriais.

Comentário. Depois de comparar o celular a “uma janela incrível”, a sua “Sensibilidade da Alma” ficou manifesta ao se referir à abertura da janela do seu quarto. Foi quando ficou nítida a profundidade de um “significado subjetivo” surgido do seu interior. Ela conseguiu transmitir a sensação de poder experimentar, de poder valorar o simples ato de abrir a janela do seu quarto. Só que esse “abrir” foi dimensionado pela essência da sua “sensibilidade interior”. Como se a “janela do quarto” fosse a “janela da sua vida”, A janela que recebe os raios do Sol, que recebe a claridade das noites enluarada, mas também reflete, de dentro para fora, a contagiante “luminosidade interior” de Denise Fraga.

3.Sobre a atuação do ator, Denise explica:

Denise. O ator é aquele que faz um texto viver, se apodera das palavras de outro para tomar carona nessa voz.(…) Quando se faz uma peça boa, energicamente é uma coisa de muito poder.

Comentário. Todos nós interagimos com as nossas realidades. Para Denise, a “interação emocional” do ator deve transcender a sua capacidade de decorar o texto. Ele precisa “sentir” e se envolver com o texto. É o que torna sublime o poder da magia do teatro. Com este entendimento, Denise complementa:

– Sem dúvida nenhuma, para mim, há camadas Galileu, Brecht e Denise que se sobrepõem. Quero dizer o que Brechet diz, que por sua vez quer dizer o que Galileu diz. Nós todos queremos dizer a mesma coisa, em épocas diferentes, mas todos estamos querendo dizer.

Um momento da conversa com Gustavo Ranieri que merece ser registrado nesta mensagem, foi esta consciente declaração de responsabilidade profissional de Denise Fraga:

– Sempre estive em cena com uma proposta real do teatro em que acreditava.

Em seguida, justificou com este lampejo de memória:

– Outro dia, encontrei um papelzinho em uma agenda na casa da minha mãe com coisas que escrevi quando eu tinha 22 anos e fique nesta de ler ali como era atual a minha angústia, parecida com a que tenho hoje, de querer não compactuar com o que não acredito. Sempre tive grande interesse no ser humano, ainda mais depois de ter filho. E a gente tem dilemas desde o início, e vai se questionando, se ampliando.

O encontro foi encerrado com esta manifestação da “Sensibilidade da Alma” de Denise:

– Adoro falar no final da peça ‘Galileu Galilei’. (…) Não preciso chamar as pessoas para nada que está fora delas, mas para o que está dentro e que talvez elas estejam deixando morrer.

Termino esta mensagem pedindo para você colorir os “palcos da vida”, com as matizes da sua “Sensibilidade da Alma”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Citação da entrevista autorizada por Gustavo Ranieri, Editor-chefe da Revista da Cultura.
4.Conferir a entrevista: //www.revistadacultura.com.br/revistadacultura/detalhe/15-07-10/Passagem_para_o_sublime.aspx
5.Vídeo do youtube: “Galileu Galilei de Denise Fraga”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(053) Sentindo a nossa possibilidade de “crescimento interior”, com a ajuda da “neurociência”.

A motivação ensejadora desta mensagem são estas duas comprovações da neurociência: a “neuroplasticidade” e a “neurogênese”.
A primeira, explicando a permanente reestruturação do cérebro humano, ao contrário do entendimento prevalecente nas últimas décadas, no sentido de que a sua formação já estaria completa na fase intrauterina, para depois serem aprimoradas as suas atividades de acordo com a nossa herança genética.
A “neurogênese” mostrando que, da vida úterina até à velhice, os neurônios estão sendo continuamente renovados.

Resolvi iniciar esta mensagem com essas informações da neurociência, porque se aplicam às nossas “buscas interiores” (Estejam elas destinadas à conquista de bem-estar; de equilíbrio emocional; ao conhecimento da nossa “interioridade” e das “projeções sensórias” recebidas de estímulos do “mundo exterior”, dentre outras). Aliás, sobre essa nossa “interação existencial” com a “realidade exterior”, gosto da subjetividade contida nesta afirmação de Thich Nhat Hanah, no seu livro “A Essência dos Ensinamentos de Buda”, lançado no Brasil pela Editora Rocco:

– O universo inteiro é objeto de nossa percepção, e como tal não existe apenas fora de nós, mas também dentro de nós.”

Todas as “buscas de si mesmo” precisam ser plenamente envolvidas pelo “silêncio interior”. Isto porque, “interiorização” significa “encontrar consigo mesmo”, estando alheio à realidade exterior”.

A evolução deste espaço virtual, sempre esteve estruturada em sugestivas propostas de “interiorização” voltadas principalmente para a subjetiva sensação do “sentir” a “essência” da nossa “sensabilidade interior”.
Cabe destacar, que todas as mensagens postadas surgiram de “insights” recebidos de “percepções interiores”, de “intuições” e de “experiências” que considerei serem significativas para este espaço virtual.

Com esta mensagem precisamos refletir sobre este “pensar” de Carl Jung, a respeito do nosso “conhecimento intuitivo” (fonte: super.abril.com.br/cotidiano/intuição – 446302. Shtml):

– Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita, em seu próprio interior.

Como acredito na “imortalidade da alma”, gosto dessa afirmação de Jung, porque entendo que todos nós acumulamos, de forma inata, “estados de consciência” atemporais, relativos a “conhecimentos” e “experiências” de origens transcendentes e desconhecidas nesta “dimensão de vida”.

Pergunto:

– Qual é a contribuição da neurociência que favorece a nossa “mudança interior”, em todos os sentidos de melhoria existencial?

A resposta vem sendo encontrada pelos neurocientistas, em pesquisas sobre a “plasticidade do cérebro humano” e com o mapeamento de suas “regiões específicas” que reorganizam e se transformam com o recebimento de novos estímulos mentais. A respeito, sugiro a leitura do livro “O Cérebro de Buda” (escrito pelo neuropsicólogo Rick Hanson e pelo neurologista Richard Mendius, ambos especializados em práticas de meditação), lançado pela Editora Alaúde.

Merece muita atenção esta parte da apresentação dessa excelente abordagem sobre importantes descobertas da neurociência:

– Uma descoberta revolucionária na ciência revelou recentemente que o cérebro do adulto permanece aberto a transformações ao longo da vida. (…) Se considerarmos a mente como um processo personificado e relacional que regula o fluxo de energia e informação, perceberemos que realmente podemos usá-la para transformar o cérebro. (…) O segredo é conhecer as etapas a serem seguidas usando a consciência para promover o bem-estar. (…) As relações sociais que estabelecemos modelam nossas ligações neurais que formam a estrutura do cérebro. Isso significa que a maneira como nos comunicamos altera os circuitos do cérebro, ajudando especialmente a manter o equilíbrio da vida. A ciência, além disso, comprova que, quando cultivamos a compaixão e a atenção permanentes – quando deixamos o julgamento de lado e nos concentramos totalmente no aqui e agora -, usamos os circuitos sociais do cérebro para nos tonarmos capazes de transformar até mesmo o relacionamento com o nosso eu.

Termino esta mensagem convidando você para começar esse relacionamento com o seu “EU” interior (com o seu “sentir” a “Sensibilidade da Alma”), escutando a sua “voz interior”.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo do youtube: “A Voz Interior – Lao Tzu”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(052) Sentindo, com a “Sensibilidade da Alma”, os nossos “encontros” e “desencontros”.

Sempre acreditei nos “encontros” em nossas vidas, como sendo resultado de uma “simbologia mística” de atração “existencial” e, portanto, também “espiritual”.

Todos os “encontros” (e até mesmos os “desencontros”) possuem significados que precisam ser descobertos por nós, com a finalidade de entender como acontecem.

Também existem os “encontros” marcados pelo destino. Não são com hora certa, mas, como acredito, ocorrem porque precisamos deles para o crescimento do nosso “existir”, “sentir”, e “viver”.
Sintam, com a “Sensibilidade da Alma”, esta bela explicação do escritor e educador Rubem Alves:

– Não havíamos marcado hora, não havíamos marcado lugar. E, na infinita possibilidade de lugares, na infinita possibilidade de tempo, nossos tempos e nossos lugares coincidiram. E deu-se o encontro.

Aliás, cada vez mais estou me convencendo de que os “encontros” acontecem, porque deve existir uma prévia e transcendente conexão de energia favorável. Assim como existe nos nossos “laços emocionais” de afinidades, de afetos, de admiração e, principalmente, de AMOR. Todos eles difíceis de serem desatados. Quando são, permanecem na lembrança compondo a história dos nossos “encontros”, nesta dimensão de vida. Reforça Paulo Coelho, sob um enfoque de espiritualidade:

– Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam (…).

Certo é, que a vida da gente é cheia de imprevisibilidade, assim como são os “encontros” e “desencontros” (porque nem sempre sabemos quem nos espera e nem como somos esperados).

Nunca devemos forçar as realizações de “encontros”, porque eles acontecem (ou não acontecem) “quando” e “como” devem acontecer. Portanto, independem da nossa vontade e, muito menos, da nossa insistência. Sintam o significado subjetivo desta inspiração do humanista francês Montaigne:

– “Não me encontro onde procuro, mas de repente, quando menos espero.”

Os “desencontros” também podem fazer surgir em nós “encontros no imaginário” como, por exemplo, quando são motivados por “sentimento de lamentação”. É o caso da música “Sozinho”, composta por Peninha. Sintam, com a “Sensibilidade da Alma”, o primeiro verso:

– Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali, sonhando acordado
Juntando
O antes, o agora e o depois

Neste espaço virtual os meus “encontros” são com a minha “Sensibilidade da Alma”, em sintonia com a sua. Estou conhecendo o meu “EU” interior, em harmonização com a sua presença. Cada mensagem postada reflete “imagens”, como as do espelho de Tozan Ryokai (Fonte: “A sabedoria da transformação”, da Monja Coen, lançado pela Editora Planeta do Brasil):

– É como olhar no espelho precioso, onde forma e reflexo se encontram. Você não é ele, mas ele é tudo de você.

Agora, “Sozinho”.
É como vou terminar este nosso “encontro”.

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3.Vídeo do youtube: “Caetano Veloso – Sozinho”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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