(141) Sentindo que se pode afastar a “solidão” do coração.

A inspiração desta mensagem surgiu de uma silenciosa e inquieta “solidão”. Um estado interior só meu, que temporariamente me pertence, que, se fosse possível, nunca dividiria com ninguém.

Muitos afirmam que a “solidão” vem de um “estado da alma”. Mas ainda não estou convencido de que a nossa alma, seja a sua morada. As minhas sempre chegam “de fora para dentro”, entorpecendo a minha “Sensibilidade da Alma”.
O que tem me confortado é que, dependendo apenas de nós, a vida da “solidão” é efêmera, temporária, passageira, porque permanecerá em nós enquanto permitimos ela ficar.

A “solidão, portanto, não tem vida própria e o nosso coração não é para sempre a sua morada.

A “solidão”, na maioria das vezes, vem acompanhada da “tristeza”. É quando machuca mais. Quando, por exemplo, nasce das nossas “perdas” ou dos relacionamentos amorosos fragmentados ou frustrados. Acredito que tenha sido um desses exemplos que levou Luiz Fernando Veríssimo manifestar este seu “sentir”:

– Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.

Gosto desta explicação do escritor Hermann Hesse, laureado em 1946 com o Nobel de Literatura:

– Solidão é o modo que o destino encontra para levar o homem a si mesmo.

Pergunto:

– O que a “solidão” faz o homem encontrar, quando se distancia ou quando perde a sua pessoa amada?

Quem respondeu foi Tom Jobim, com a letra da música “Inútil Paisagem”, composta em parceria com Aloysio de Oliveira:

Mas pra quê?
Pra que tanto céu?
Pra que tanto mar? Pra quê?
De que serve esta onda que quebra?
E o vento da tarde? De que serve a tarde?
Inútil paisagem
Pode ser que nao venhas mais;
Que nao venhas nunca mais…
De que servem as flôres que nascem pelos caminhos?
Se meu caminho sozinho é nada…

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(140) Sentindo uma nova maneira de olhar para o nosso “interior”.

Quais são as raízes espirituais do nosso “conhecimento interior” ?

O conhecimento da “subjetividade humana” me fascina. Talvez seja esse meu interesse, uma das razões do surgimento deste espaço virtual. Um surgimento que nunca foi por mim “buscado”. Aconteceu espontaneamente, vindo de um “chamado interior”. Quem sabe(?), para chegar a você que está lendo esta mensagem.

Nós, seres humanos, temos “consciência de nós mesmos”. Consciência do nosso “existir”, das nossas “necessidades”, “emoções” e “sentimentos”. A respeito, encontrei esta explicação do neurocientista português António Damásio, Diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade, da Universidade do Sul da Califórnia (Fonte: “O mistério da consciência”, lançado no Brasil pela Editora Companhia Das Letras, que recomendo):

– Representações do exterior ou do interior, podem ocorrer independentemente de um exame consciente e ainda assim induzir reações emocionais [Damásio faz distinção entre “sentimento”, “emoção”, e “sentimento da emoção”]. (…) não se pode observar um sentimento em outra pessoa, embora se possa observar um sentimento em si mesmo quando, como ser consciente, seus próprios estados emocionais são percebidos. Analogamente, ninguém pode observar os sentimentos que o outro vivencia, mas alguns aspectos das emoções que originam esses sentimentos serão patentemente observáveis por outras pessoas.

Repetidas vezes, tenho citado esta bela comprovação desse respeitado neurocientista da atualidade (Fonte: www.Público.pt, Entrevista concedida à Ana Gerschenfeld):

– Quando olhamos para o mar, não vemos apenas o azul do mar, sentimos que estamos a viver esse momento de percepção.

Quero que esta mensagem seja sugestiva de uma nova maneira de você ver o mundo. Que seja (também, e principalmente) uma nova maneira de “sentir” as matizes sensórias da essência da sua “Sensibilidade da Alma”. Refiro-me à visão dos nossos “sentimentos”, das nossas “emoções”. À “visão do coração”, assim explicada por Antoine de Sant-Exupéry, em “O Pequeno Príncipe”:

– Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

Volto ao início desta mensagem:

– Quais são as raízes espirituais do nosso “conhecimento interior”?

Preste atenção neste meu “pensar”:

Se você pegar um pedaço de papel, escrever algo, colocar no meio das páginas de um livro, guardar esse livro, e esquecer por muito tempo que ele existe. Pergunto:

– Considerando a ilusória passagem do “tempo” (que não existe), qual será o “significado subjetivo” do que você escreveu naquele já desbotado pedaço de papel, quando o livro for por você encontrado?

Ora, “tudo” que existe no Universo tem uma origem Superior e Transcendente. Está sujeito ao “fluir” do seu ciclo evolutivo de “transformação”. É o princípio existencial da “impermanência”.

O nosso “conhecimento interior”, envolto por essência espiritual, é como a escrita do pedaço de papel que foi encontrado dentro daquele livro esquecido. O seu significado [como o da escrita], perpetuará “dentro de nós” e “para nós”, por dimensões infinitas das nossas sucessivas necessidades de “evolução” e de “aprimoramento espiritual”. Assim permanecerá, por ser resultado de todas as nossas “escolhas”.

Estou convencido de que as “raízes espirituais” de muitos dos nossos “conhecimentos”, por só pertencerem a nós, não são transmitidas por palavras. Foi o que aprendi com esta história contada por OSHO (Fonte: “BUDA”, lançado no Brasil pela Editora Cultrix, com tradução de Leonardo Freire, que recomendo como sendo leitura obrigatória):

– Certa vez, Gautama Buda estava passando por um floresta no outono. A floresta estava cheia de folhas secas, e Ananda [seu primo], ao encontra-lo sozinho, perguntou-lhe: “Sempre quis perguntar isso, mas diante dos outros não pude ousar. Diga-me a verdade: você nos disse tudo o que sabe ou ainda está guardando alguns segredos?”
GAUTAMA BUDA apanhou algumas folhas do chão e disse a Ananda: “Eu disse apenas este tanto: as folhas que você vê em minha mão, mas o que sei é tão vasto quanto todas as folhas desta grande floresta. Não é que eu queira guardar isso para mim, mas é simplesmente impossível! Até mesmo falar sobre algumas folhas é um árduo esforço, porque está acima da sua capacidade de entender. Você conhece os pensamentos, mas nunca experimentou a ausência de pensamentos; você conhece as emoções, mas nunca esqueceu um estado em que todas as emoções estão ausentes, como se todas as nuvens do céu estivessem desaparecido.
“Estou dando o melhor de mim”, disse ele, “porém, mas do que isso não é possível transferir por meio de palavras. Se eu puder fazer você entender apenas este tanto: existe muito mais na vida do que as palavras podem conter; se eu puder convencê-lo de que há algo mais do que a sua mente conhece, isso é suficiente. Então a semente está plantada.”

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(139) Sentindo sempre um “renovar pleno”, com essência de “AMOR”.

Demorei para receber a inspiração da primeira mensagem deste ano.
As manifestações interiores, independem do nosso “querer” e da nossa “vontade”. Elas surgem quando menos esperamos. Assim como os “ventos” que aparecem do “nada”, soprando forte, arrastando “tudo”. Assim “como” e “quando” somos levados pelos “ventos” dos nossos desejos parcialmente “desconhecidos” ou, quem sabe, ainda encobertos em dimensões sensórias da nossa “Sensibilidade da Alma”. Finalmente, assim quando somos levados pelos “ventos” de um “querer” (ou de muitos outros), para poder “elaborar” e “reinventar” o futuro do nosso “viver”.

O que me veio à mente foi a palavra “renovar”. Solitária, mas como toda “renovação” que, por si só, sempre será escutada de um interior “chamado silencioso”. De um “pedido”, de uma espécie de “ordem” que só nos pertence. Assim como também acontece com o viajante solitário, pelos caminhos do seu destino, sempre guiado pelo “escutar” do seu “coração”.

Essa inspiração veio ao meu encontro, de um belo “sentir interior”. Veio da minha “Sensibilidade da Alma”. Chegou, mostrando-me que em todo “renascer” de um novo ano, nós somos envolvidos por desejos de esperanças de “renovações”, para todos os sentidos possíveis do nosso “viver”. Entenda-se esse “renovar”, como sendo os desejos de novas oportunidades de “melhorias”, de “crescimentos” e de “realizações”. Entenda-se, como necessidade prioritária para o alcance de uma nova caminhada “existencial” e, também, de elevação “espiritual”.

Certo é que “renovar” depende apenas de nós mesmos. Mas é preciso que seja um “renovar” permanente, imutável, que manifeste expansão contagiante de “energia humanista”. Volto ao início desta mensagem: – É preciso que seja, em cada um de nós, um “renovar” pleno com essência de “AMOR”.

Gosto da subjetividade desta inspiração poética de Cecília Meireles, em “Cântico 13”:

– RENOVA-TE. RENASCE EM TI MESMO.

Cada vez mais estou convencido de que todos os nossos desejos de “renovar” são vindos da nossa “Sensibilidade da Alma”.

“Renovar” é querer “recomeçar”. Mas que seja sempre um “recomeçar” ainda desconhecido. Que seja diferente de todos que já foram “por nós”, e “para nós”, buscados e desejados.

Concordo com este “pensar” de Paulo Coelho:

– Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um ‘sim’ ou um ‘não’ pode mudar toda a nossa existência.

Mas não basta ficar apenas esperando esse “instante mágico” da mensagem de Paulo Coelho. Não basta porque, repito, nós precisamos experienciar um “renovar” pleno, com essência de “AMOR”.

Ah, o “AMOR”! Esse sentimento que ninguém jamais conseguirá explicar.
Vejam, por exemplo, esta conclusão do nosso Físico e Filósofo Marcelo Gleiser (Fonte: “A simples beleza do inesperado”, recentemente lançado no Brasil pela Editora Record, que recomendo porque foi, para mim, uma gostosa leitura obrigatória sobre a “pesca fly”):

– O que Einstein chamou de nossa atração pelo mistério, e que eu chamo de nossa atração pelo desconhecido, é apenas outro modo de expressar o amor. Afinal, o que é mais misterioso do que a atração que sentimos por uma pessoa amada, a convicção de que a vida sem ela seria incompleta, uma prisão, como um pequeno aquário? A “pessoa”, aqui, pode ser outro humano, ou grupo de humanos, ou a Natureza. O oposto do amor não é o ódio; é o esquecimento, a indiferença dos outros.
Cientistas podem relacionar as origens evolucionárias do amor por alguém, ou por um grupo, como uma estratégia de sobrevivência, talvez ligada a uma vantagem seletiva do altruísmo. (Se eu amo você e você me ama, eu protejo você e você me protege.) Mesmo assim, nenhuma explicação exclusivamente científica do amor é completa. (…) O amor revela seu poder quando é sentido, quando é dividido. Nenhuma explicação fisiológica de um sentimento, mesmo se essencial como área de pesquisa, poderá repor a sensação subjetiva da experiência do sentimento em si. (…) O mistério permanece: como eu sinto o amor, como você sente o amor, cada experiência única e não quantificável, expressão da nossa individualidade (cada um ama de um jeito) e da nossa identidade coletiva como espécie (todo ser humano é capaz de amar).

Termino e dedico esta primeira mensagem do 2017, para todos que acreditam e desejam um “renovar” pleno, com essência de “AMOR”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(138) Sentindo como me parece ser melhor “sentir”, a chegada do Ano Novo.

A motivação desta última mensagem de 2016 está subjetivamente inserida no seu título, não devendo ser por você esperada a uma revelação dos meus desejos de “esperanças” e de muitos outros desejos. Quero que você receba e leia esta mensagem como sendo, primeiro, um convite de agradecimento a DEUS pelo nosso atual “existir” nesta jornada humana. Quero que você receba e leia esta mensagem, como sendo o convite vindo um “chamado interior”, para você refletir sobre a oportunidade de elaboração de um novo “significado” e “propósito” para o nosso “viver”. Um “chamado interior” que é “atemporal”, porque não deverá ser por nós ouvido apenas com a chegada de um novo ano em nossas “vidas”.
A respeito, confessa a escritora Lya Luft para os seus leitores (Fonte: “Pensar é transgredir”, lançado no Brasil pela Editora Record):

– Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos – para não morremos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

– Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. (…) O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Conclui em seguida, com a sua “Sensibilidade da Alma”:

– Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada.
Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

Gostei de começar o meu dia lendo esta advertência da filósofa norte-americana Martha Nussbaum, assim comentada pelo jornalista Severino Francisco (Fonte: Coluna “PENSAR”, do jornal Correio Braziliense, edição de hoje):

– Ela detecta uma forte tendência global no sentido do descarte das humanidades em favor de uma educação voltada para o lucro imediato. “Se essa tendência prosseguir”, argumenta Nussbaum, “todos os países logo estarão produzindo gerações de máquinas lucrativas, em vez de produzirem cidadãos íntegros que possam pensar por si próprios, criticar a tradição entender o significado dos sofrimentos e das realizações dos outros”. (…) “A educação não é útil apenas para a cidadania”, argumenta Nussbaum no livro.” Ela prepara as pessoas para o trabalho e, o que é fundamental, para uma vida que tenha sentido. Sem o apoio de cidadãos adequadamente educados, nenhuma democracia consegue permanecer estável”.

Termino esta mensagem desejando-lhe no ano de 2017, merecidas felicidades.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

ESCLARECIMENTO: Esta mensagem foi redigida com muito pouca disponibilidade de tempo, porque não poderia deixar de transmitir acima, para todos, o que desejo para o ano de 2017. Hoje (01/01/2017), fiquei em dúvida sobre o cabimento da citação do “pensar” da filósofa Martha Nussbaum. Como acredito que tudo que acontece em nossas vidas tem uma razão de ser (muitas vezes por nós desconhecida), faço este esclarecimento para dizer que vou manter o registro da “preocupação” de Masrtha Nussbaum, para que possamos refletir a respeito, nesse novo ano que se inicia.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(137) Sentindo a “sabedoria de viver”, na nossa missão existencial.

Somos viajantes de infinitas jornadas de evolução “existencial” e “espiritual”. Nessa caminhada de necessidades de crescimentos e de aprimoramentos para o nosso “existir” e “viver”, estou convencido de que nesta dimensão de vida, não estamos aqui “apenas por estar”. Há “finalidades” e “propósitos” de vida, que precisam ser por nós descobertos. Estamos “aqui”, neste “agora”, com “responsabilidades de escolhas”. Estamos “aqui”, neste “agora”, percorrendo um ciclo de oportunidades de “melhorias” em todos os sentidos. Temos, portanto, uma “missão”.

Para enriquecer este espaço virtual, a mais significativa mostra dessa “missão” na natureza (já reproduzida em duas mensagens anteriores), foi esta “BELA” inspiração do imortal Paulo Coelho (Fonte: “Manuscrito encontrado em Accar”, lançado no Brasil pela Editora Sextante):

– Pode uma folha, quando cai da árvore no inverno, sentir-se derrotada pelo frio?
A árvore diz para a folha: “Esse é o ciclo da vida.
Embora você pense que irá morrer, na verdade ainda continua em mim. Graças a você estou viva, porque pude respirar. Também graças a você senti-me amada, porque pude dar sombra ao viajante cansado. Sua seiva está na minha seiva, somos uma coisa só”.

Complementa Paulo Coelho:

– Pode um homem que se preparou durante anos para subir a montanha mais alta do mundo sentir-se derrotado quando chega diante do monte e descobre que a natureza o cobriu com uma tempestade? O homem diz para a montanha: “Você não me quer agora, mas o tempo vai mudar e um dia poderei subir até seu topo. Enquanto isso, você continua aí me esperando.”

– Pode um jovem, quando é rejeitado por seu primeiro amor, afirmar que o amor não existe? O jovem diz para si mesmo: “Encontrarei alguém capaz de entender o que sinto. E serei feliz pelo resto de meus dias.”

Conclui Paulo Coelho:

– Não existe nem vitória nem derrota no ciclo da natureza: existe movimento.

O que motivou esta mensagem, foi um sentimento de tristeza, que preferia não ter conhecido nesta minha caminhada: – o de “sentir” nos dias de hoje, que muitos estão passando pela vida sem conhecer e praticar para si mesmo, e para todos, a “sabedoria de viver” ensinada por Cora Coralina, que, para sempre será perpetuada com este seu poético “pensar”:

Não sei se a vida é curta
ou longa para nós,
mas sei que nada do que
vivemos tem sentido,
se não tocarmos
o coração das pessoas.

E isso não é coisa
de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira,
pura enquanto durar.

Termino esta mensagem com estas palavras do cientista Marcelo Gleiser, que encontrei no seu livro “A simples beleza do inesperado”, lançado no Brasil pela Editora Record:

– Como com todas as coisas que importam na vida, tudo começa no coração.

https://www.youtube.com/watch?v=jVBCYGqxI6k

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo do youtube “Lulu Santos – Como uma onda”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(136) Sentindo as nossas “emoções” e “sentimentos”.

Sempre tenho afirmado que o ser humano precisa conhecer as suas “emoções”, seus “sentimentos”, porque revelam para nós, ainda que de modo subjetivo, “significados” da nossa transcendente essência “existencial” e “espiritual”. Assim entendo, porque tudo que se manifesta em nós, de “dentro de nós” e “para nós”, está envolto por um “significado” advindo de uma interior “causalidade sensória”.

Na sua abordagem sobre “Fundamentos Clínicos das Emoções”, explica o psicólogo e terapeuta cognitivo Renato Maiato (Fonte: Revista PSIQUE, edição n. 127, lançada no Brasil pela Editora Escala):

– Há uma enormidade de conceitos sobre emoções. (…) Alguns se centram mais nos processos cognitivos, enquanto outros enfatizam mais o social ou fisiológico. A emoção é puramente fisiológica, sentida no corpo, necessitando de um cérebro que a decodifique para lhe garantir uma semântica (processos cognitivos), uma interpretação que lhe dê significado.

Ao tomar conhecimento dessa respeitada e holística definição (pois não pertenço e nem estou habilitado, profissionalmente, para atuar em nenhuma especialidade na área de saúde), detive a minha atenção para a referência genérica feita no sentido de que a “emoção”, sendo puramente fisiológica, é “sentida no corpo”. No entanto, de acordo com a natureza da proposta deste espaço virtual [delineada na sua primeira mensagem postada com o título “Sensibilidade da Alma”], entendo que todas as nossas “emoções” e “sentimentos” (cujas origens são diferentes, segundo o neurocientista português António Damásio), são projeções da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Pergunto:

– Que inspiração interior levou Fernando Pessoa a manifestar este seu “sentir interior” – “dar a cada emoção uma personalidade, a cada estado de alma uma alma”?

Certo é que ninguém terá condições de interpretar o sentido dessas palavras de Fernando Pessoa. Ninguém consegue explicar a natureza sensória dessa “bela” percepção interior da sua “Sensibilidade da Alma”.

Toda “emoção” e “sentimento” são personalíssimos. São únicos. Pertencem apenas a cada um de nós. Qualquer tentativa de querer “entender” ou “definir”, será inútil. Será incompleta. Qualquer interpretação será uma mera hipótese. Aplica-se, assim, a mesma conclusão a que chegou Carl Jung, sobre a análise dos sonhos (Fonte: Collected Works, 10 e 16, pars.320/322):

– Qualquer interpretação é uma hipótese, apenas uma tentativa de ler um texto desconhecido. Far-se-ia bem em tratar cada sonho como se fosse um objeto totalmente desconhecido. Olhe-o de todos os lados, tome-o em sua mão, leve-o com você, deixe que sua imaginação brinque com ele.

Sempre considerei serem as nossas “emoções” e “sentimentos”, percepções simbólicas da nossa “interioridade”. Transmitem as matizes do mosaico da “subjetividade humana”. Esse meu “pensar intuitivo”, certamente ajuda entender a criação deste espaço virtual. Isto porque, todos nós somos influenciados por aquilo que sentimos. Nós “somos o que sentimos” e não o que, conscientemente, desejamos ou pensamos ser. Acontece que para conhecer o que “somos”, precisamos vivenciar as nossas “emoções”, os nossos “sentimentos”, mas em sintonia de harmonização interior e de conexão plena com a nossa “subjetividade”. Esse também deve ser o sensório “caminho interior” do “fluir” que favorece, dentro de nós, o “despertar” do nosso “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”.

Por sua vez, merece atenção está informação do neurobiólogo Joseph LeDoux, da Universidade de Nova York (Fonte: “O Jogo das Emoções”, por Albert Newn e Alexandra Zinck, publicado no n. 5 da coleção Biblioteca Mente Cérebro, com o título “O desafio das emoções”, lançada no Brasil pela Editora Duetto):

– As teorias cognitivas das emoções apostam na lógica dos pensamentos para explicar e fundamentar acontecimentos emocionais. No entanto, hoje se sabe que emoções podem surgir independentemente do que pensamos.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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3. Vídeo do youtube “Preciso te falar – Tim Maia e Gal Costa”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(135) Sentindo estar em nós, o que precisamos encontrar.

O que motivou esta mensagem foi o meu encontro ontem com Bruno, irmão de Ana Clara. Por “intuição”, disse-lhe o seguinte: – “Você é um buscador que ainda não encontrou o que está “buscando”. O que você precisa “buscar”, será encontrado dentro de “você”.

Na mensagem anterior, com o título – Sentindo, em nós, o intuir do “Despertar da Espiritualidade” -, fui subjetivamente inspirado para dar ênfase ao nosso “poder de intuição”. Ao tentar explicar essa faculdade “inata” do ser humano, fiz referência à excelente abordagem da jornalista Valéria Alvim, destacando, dentre outras das suas considerações, o seguinte (Fonte: Revista Mente e Cérebro, da Scientific Américan, ano XII, edição 287 de dezembro de 2016, lançada no Brasil pela Editora Segmento):

– A palavra “intuitione”, de origem latina, é formada pela junção de “in” (dentro) e “tuere” (olhar para). Sob esse prisma, a intuição seria a capacidade de voltar-se para si mesmo e ouvir-se. Essa intrigante capacidade (…) é o que chamamos de intuição. Ao usá-la, primeiro nos apropriamos de um saber que nem se quer tínhamos conhecimento de que dispúnhamos e só mais tarde vem a explicação consciente sobre a atitude tomada. Terminei a mensagem, com este precioso “pensar” de Carl Jung:

– Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior.

Certo é que todos nós (seres de origem “superior” e “transcendente”) estamos, nesta dimensão de vida imersos nas nossas caminhadas de “escolhas”. Não existe um “sentido da “vida”. Somos nós que determinamos os sentidos do nosso “existir” e, principalmente, para o nosso “viver”. No reino animal, somente nós temos “autoconsciência” (entenda-se, como sendo a capacidade cognitiva de perguntar, para nós mesmos, “o que somos” quando ainda não “sentimos ser”, o que “desejamos ser”).

Todas as conquistas dos nossos processos de “buscas” (sejam de que natureza forem), somente poderão ser acalçadas pelo favorecimento interior de “condições” de “autoconhecimento”. Dependem, necessariamente, do conhecimento sensório do despertar do nosso “sentir interior”. Dependem, portanto, com conhecimento das manifestações da essência do despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”. São “condições” que ensejam “sentir” e “vivenciar” os nossos estados de “iluminação interior” (“existencial” e “espiritual”). A plenitude sensória desses dois estados de “integração” e “auto-harmonização”, emerge do silêncio vindo da nossa “quietude interior”. A respeito, gosto destas palavras do primeiro discurso de Siddhartha Guatama, sobre o Darma (Fonte: “A essência dos ensinamentos de buda”, do monge budista vietnamita Thich Nhat Hanh, lançado no Brasil pela Editora Rocco):

– (…) eu entendi profundamente que nada pode existir apenas por si, mas que tudo está inter-relacionado com tudo o mais. E entendi também que todos os seres contêm em sua natureza o potencial para despertar.

Complemento, com esta advertência de Bruce Hood, professor de psicologia do desenvolvimento na sociedade, da Universidade de Bristol, na Inglaterra (Fonte: “Recriando a realidade”, Edição Especial da Revista Mente Cérebro, n. 46, publicação da Scientific American, lançada no Brasil pela Editora Duetto):

– (…) nossa mente funciona de acordo com sua própria realidade. Ou seja: o cérebro cria um modelo do mundo que presumimos, na maioria das vezes, ser preciso. No entanto, muitas vezes, não é bem assim. Ilusões visuais ilustram vividamente interpretações cerebrais equivocadas. Em alguns casos, fazem suposições falsas sobre o mundo, distorcendo nossa percepção. Uma pesquisa recente revelou a atividade neural de áreas cerebrais ligadas a vários tipos de percepções ilusórias. A descoberta sugere que, em vez de vermos simplesmente o que existe, recriamos o mundo em torno de nós constantemente utilizando uma espécie de “matriz” dentro da nossa cabeça. (…) O mundo não aparece em nossa mente de forma passiva, mas é ativamente interpretado. (…) Nosso cérebro abstrai a realidade constantemente e interpreta o mundo ao nosso redor. Mesmo quando sabemos a verdade sobre uma ilusão, muitas vezes essa percepção não muda a nossa experiência. Até onde o cérebro sabe, se um evento for uma ilusão, ele pode muito bem ser realidade.

Dedico esta mensagem para Bruno, desejando que ele continue com as suas “buscas” porque, de acordo com OSHO, o homem “sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é”.

https://www.youtube.com/watch?v=9k5xEVL2l6U

Notas:

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Vídeo Youtube “Músicas de Natal 2016 as melhores”

Neste Natal, muita paz e harmonia espiritual para todos vocês.

(134) Sentindo, em nós, o intuir do “Despertar da Espiritualidade”.

O que motivou esta mensagem foi a vontade de querer “entender” e “explicar” a criação deste “espaço virtual”, por muitos considerado “seletivo”. Sobre esse comentário, abro um parêntese para dizer que não concordo que seja. Isto porque, durante o fluir do nosso “viver”, podemos ser surpreendidos pelo “interesse” (que prefiro chamar de “necessidade interior”) de melhor conhecer os nossos “sentimentos”, “emoções”, “comportamentos” e certas “reações sensórias” que devem ter “significados” e “propósitos” que, subjetivamente, precisamos conhecer. É o mesmo que também acontece com a nossa comunicação escrita ou falada, em que as palavras são determinantes dos seus “significados”. Os “significados” que ensejam os “entendimentos” e as nossas “interpretações”. O que não podemos é esquecer desta advertência do psiquiatra Carl Jung, ao analisar os nossos “sonhos” (Fonte: Collected Works, 16, par. 322):

– Qualquer interpretação é uma hipótese, apenas uma tentativa de ler um texto desconhecido.

Repetidas vezes tenho afirmado que este espaço virtual surgiu de um “chamado interior”. Que as suas mensagens são escritas pelo meu “sentir”, e não pelo meu “pensar” consciente e racional. Na linguagem popular, a essência do “Sensibilidade da Alma” vem “de dentro para fora”. São projeções da “subjetividade humana”, alcançadas pela prática do “voltar-se para si mesmo”, através de “buscas interiores” de “autoconhecimento”.

Com esses esclarecimentos, merecem a sua atenção estas duas perguntas:

I) Como explicar o subjetivo processo interior de “sentir” e de querer “transmitir” a essência das mensagens deste espaço virtual?

Aqui, em sua maioria, as mensagens postadas são recebidas por “intuição” (entenda-se “intuição” como sendo uma faculdade “inata” do ser humano, que “nasce com ele”). No mesmo sentido, gosto desta explicação da psicóloga Dora Ly (Fonte: “Além da Razão”, edição n. 12, ano I, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, com texto da jornalista Talita Cícero):

– A intuição é uma característica inerente ao ser humano. O problema é que nós, ocidentais, valorizamos demais o racional (…). Os orientais, por sua vez, valorizam mais o lado emocional e espiritual, e é claro que “quem pratica yoga ou meditação diária, consegue um aprofundamento muito maior no inconsciente individual e coletivo”.
Quem ignora o lado intuitivo, está perdendo a natureza, a essência do próximo e tudo aquilo que o outro poderia passar para você, simplesmente porque este canal está bloqueado. (…) O importante é tentar harmonizar os sentimentos, equilibrando o lado racional e o emocional e ponderando quando é mais importante a razão e quando devemos dar ouvidos aos nossos sentimentos.

Sobre o nosso “poder de intuição”, destaco estas considerações da excelente abordagem assinada pela jornalista Valéria Alvim (Fonte: Revista Mente e Cérebro, da Scientific Américan, ano XII, edição 287 de dezembro de 2016, lançada no Brasil pela Editora Segmento):

1. A palavra “intuitione”, de origem latina, é formada pela junção de “in” (dentro) e “tuere” (olhar para). Sob esse prisma, a intuição seria a capacidade de voltar-se para si mesmo e ouvir-se. (…)

2. Essa intrigante capacidade (…) é o que chamamos de intuição. Ao usá-la, primeiro nos apropriamos de um saber que nem se quer tínhamos conhecimento de que dispúnhamos e só mais tarde vem a explicação consciente sobre a atitude tomada.

3. Intuir é diferente de pensar ou fazer a análise de uma situação. É uma forma de “saber sem saber”, uma outra espécie de inteligência, que permite processar informações e encontrar saídas e respostas que escapam à lógica convencional.

II) Existe uma espécie de “conexão transcendente”, com sintonia de “harmonização interior”, que viabiliza o despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”?

Na sua abordagem acima citada, esclarece a jornalista Valéria Alvim:

– A intuição sempre esteve associada às mais variadas tendências místicas e espirituais”.

Observa-se, com facilidade, que neste espaço virtual estou sempre afirmando que todos nós somos “seres” de origem “Superior” e “Transcendente”.

Aqui são mostradas as “matizes sensórias” do mosaico revelador da essência da nossa interioridade “existencial” e “espiritual”. Tudo está “em nós” e “para nós” ser manifestado. Esse meu “sentir interior” é fortalecido por este “pensar” do psiquiatra Carl Jung, sobre o nosso “conhecimento intuitivo”:

– Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior.

Termino esta mensagem, desejando que este espaço virtual seja fonte de harmonização com o nosso interior “DESPERTAR DA ESPIRITUALIDADE”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube “Oswaldo Montenegro – intuição”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

(133) Sentindo como fortalecer e consolidar os nossos “relacionamentos interpessoais”.

A motivação desta mensagem são os nossos “relacionamentos interpessoais” de qualquer natureza.

Na mensagem postada com o título – Sentindo o “querer encontrar” a sua alma gêmea” – (072), fiz referência à história do sujeito que estava procurando a sua parceira ideal, contada pelo professor de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Ailton Amélio da Silva, em um dos seus livros sobre “relacionamento humano”:

Um amigo pergunta:
– Está namorando?
– Não.
– Porquê?
– Estou procurando a mulher ideal.
Um ano depois, eles se reencontram e o amigo volta a questionar:
– Está namorando?
– Não.
– Ué, não encontrou a mulher ideal?
– Encontrei, mas ela também estava procurando o cara ideal.

Aparentemente, de modo inevitável, em muitos “relacionamentos” ocorrem a reciprocidade de desejos e a prevalência do nosso “querer”, do “pensar” e do “jeito de ser”, em face do “como” o outro se apresenta “ser” para nós. O que devemos mostrar, com naturalidade, é a nossa “realidade interior” e, portanto, as “imagens sensórias” da “subjetividade humana” e da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Entendo que em todo “relacionamento”, o que fortalece o seu crescimento é a necessária vinculação de “respeito”, bem como a troca de manifestação recíproca dos nossos “sentimentos”, “necessidades” e “preferências”. Consolida-se, assim, um dos princípios da “inteligência emocional”, explicado pela capacidade de reconhecer as nossas “emoções” e de interagir com as “emoções” dos outros.

De acordo com a proposta deste espaço virtual, entendo que todos nós precisamos “acreditar” e “investir” na manutenção “saudável” de um desejado bom “relacionamento” (principalmente os de natureza amorosa). Isto porque a essência das relações amorosas, reveste-se da “valoração interior” dos nossos ideais e das expectativas de necessidades de “conhecimento mútuo” e da necessária “integração a dois”.

Para enriquecer esta mensagem, faço referência à abordagem “Construindo Relações Saudáveis”, feita por Beatriz Acampora (Psicóloga e especialista em comunicação e relacionamentos humanos), juntamente com o Psicólogo João Oliveira, publicada na edição 128 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala. Destaco o seguinte:

1. A vida a dois é uma construção diária, não há milagres. É preciso investir em si mesmo, se autoconhecer, para que se possa ter uma relação amorosa saudável. A maioria das pessoas que têm problemas de relacionamento coloca expectativa demais no outro e esquece de fazer o necessário pela sua própria felicidade.

2. (…) é importante prestar atenção aos detalhes da relação, avaliar bem quais são suas necessidades e as do(a) companheiro(a), pois cada pessoa tem necessidades distintas, que, muitas vezes, podem até mesmo ser divergentes.

3. (…) é imprescindível que se tenha a atenção voltada para o outro e para si mesmo, pois uma pessoa nunca deve se abandonar dentro de uma relação, que deve ser como uma balança equilibrada, sem pender demais para um lado ou para o outro.

4. A maioria dos problemas de relacionamento ocorre porque as pessoas não estão dispostas a olhar para si mesmas e fazer uma simples pergunta: “O que eu espero dessa relação?”.

Entendo que o objetivo a ser atingido em qualquer tipo de “relacionamento” deverá ser, principalmente, o nosso “desejo interior” de querer compartilhar, com o outro, os nossos “sentimentos” e “emoções”. Para esse objetivo ser alcançado, não existem regras em qualquer espécie de manual. Isto porque, tudo somente poderá ser buscado “dentro de nós mesmos”, através do nosso “autoconhecimento”. Portanto, o que precisamos para construir e manter um bom “relacionamento” está “em nós mesmos”, para ser compartilhado com quem estamos nos relacionando.

Verifica-se, portanto, que se trata de uma questão de “autoconhecimento”, de “querer fazer a nossa cabeça” e não a do outro, nos nossos “relacionamentos”. Por essa razão, sempre acreditei que nós somos quem “mais” e “melhor” possuímos condições para trabalhar a nossa própria “psique”. Outra atuação profissional complementar (por vezes necessária e valiosa), representa uma importante “avaliação especializada” que, no entanto, sempre dependerá do “conhecimento pleno” da nossa interior realidade “sensória”, “emocional” e “existencial”. Consolida-se, assim, o “fluir” de um crescente e gradual vínculo de interação compartilhada.

Peço a sua atenção para esta afirmação de Régis Amorim (interessado em programação neurolinguística), publicada na edição de 11 de dezembro de 2016, da Revista do Correio, do Jornal Correio Braziliense:

– Nós não aprendemos como as emoções se formam, como acontecem os padrões emocionais. O processo emocional é de dentro para fora. Os fatos são objetivos, a gente é que gera nossas emoções.

Inspirado nesse entendimento, dedico esta mensagem à Ana Clara com a essência deste meu “pensar”:

– A sabedoria da “construção” e do “fortalecimento” de qualquer tipo de “relacionamento”, está centrada na prática permanente do “voltar-se para si mesmo”, com a consequente conquista de um estado de “harmonização interior” de “autoconhecimento”. Assim procedendo, encontraremos o “sentir interior” das nossas “necessidades” e das nossas “preferências” de interações pessoais. Assim procedendo, será para nós favorecido o conhecimento de todas as “necessidades” e “preferências” que, com vinculação de “respeito mútuo”, consolidará todas as nossas “relações interpessoais”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(132) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” do poeta Ferreira Gullar.

Passar pela vida é perpetuar, preferencialmente de modo significativo, a nossa missão existencial. É perpetuar, como exemplo de “viver”, de “pensar”, de “sentir”… É perpetuar, compondo o mosaico da nossa caminhada escolhida. Para Simone de Beauvoir – “Não há uma pegada do meu caminho que não passe pelo caminho do outro”. Esse seu “pensar” é revelador de um único e universal sentido do ciclo da vida. Explico: manifesta-se pelas nossas oportunidades de “crescimento” em todos os sentidos. São eles: os de “iluminação interior”, de “aprimoramento”, de “elevação espiritual” e muitos outros. Cabe a nós as “escolhas” e o nosso potencial interior de “acreditar”. Assim será “definida”, e por nós “sentida”, a nossa “harmonização interior” com a “essência transcendente” da finalidade “existencial” e “espiritual” de toda jornada humana. A “transformação espiritual” ensejada pela “finitude humana”, não deixa somente as “perdas”. Permanecem em nós, por dimensões infinitas da evolução do nosso “existir”, as matizes sensórias do “BELO” do “como viver” e, principalmente, do “saber viver”. O “saber” que inspirou estes versos de Cora Coralina (lembrado na primeira mensagem deste espaço virtual):

Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura… Enquanto durar.

Estas são as palavras do meu “sentir”, com tristeza, a “elevação espiritual” do poeta Ferreira Gullar, que pediu para morrer em paz e longe da UTI.

Para a merecida homenagem deste espaço virtual, destaco estas percepções interiores da sua “Sensibilidade da Alma” (Fontes de pesquisa: (1) Entrevista realizada em 11/08/2010, http://www.revistadehistoria.com.br, logo após ter sido agraciado com o Prêmio Camões; (2) Entrevista concedida ao editor Pedro Dias Leite, na edição de VEJA, de 26/11/2012, em http://veja.abril.com.br; (3) Entrevista realizada em 10/09/2015, concedida ao Jornalista Ubiratan Brasil, do jornal O Globo, comemorando “85 anos de poesia”, em http://www.fronteiras.com):

1. Sobre como faz seus poemas:
FG. [Eu] não trabalho em poesia. Isso não se faz por vontade. Poesia é uma coisa que as circunstâncias determinam. Eu não posso decidir escrever um poema hoje à tarde. Não vai acontecer. O poema, pelo menos no meu caso, nasce de um espanto, de uma descoberta inesperada. Às vezes, fico um ano inteiro sem escrever sequer um poema. Então, preciso dar tempo ao tempo até ter certeza de que o livro já tem um número suficiente de poemas ou de que o que ele expressa está de fato concluído. Por isso, quando me perguntam se sou o poeta Ferreira Gullar, eu respondo: “Às vezes”.

2. Sobre se a poesia tem alguma finalidade:
FG. Claro! Para início de conversa, a poesia é uma coisa necessária para quem faz e para quem lê. Seria fora de propósito que se fizesse alguma atividade humana desnecessária. As coisas são realizadas porque são necessárias de alguma maneira. (…) tem um público que precisa de poesia. O meu Poema Sujo (1976) é paradigmático neste sentido.

3. Sobre como é o seu método de fazer poesia:
FG. Poesia não nasce pela vontade da gente, ela nasce do espanto, alguma coisa da vida que eu vejo e que não sabia. Só escrevo assim. Estou na praia, lembro do meu filho que morreu. Ele via aquele mar, aquela paisagem. Hoje estou vendo por ele. Aí começo um poema… Os mortos veem o mundo pelos olhos dos vivos. Não dá para escrever um poema sobre qualquer coisa. O mundo aparentemente está explicado, mas não está. Viver em um mundo sem explicação alguma ia deixar todo mundo louco. Mas nenhuma explicação explica tudo, nem poderia. Então de vez em quando o não explicado se revela, e é isso que faz nascer a poesia. Só aquilo que não se sabe pode ser poesia.

4. Sobre a possibilidade de viver só de poesia:
FG. Não [faria isso]. A poesia é algo incontrolável. Se alguém vive de poesia, ou morre de fome ou começa a escrever bobagens porque não é fácil assim. A poesia, como vejo, nasce do espanto, de alguma coisa que surpreende e que você tem necessidade de comunicar aos outros. É uma experiência de vida especial, não acontece todo dia. Isso é o que move o poeta a escrever. Sem isso, é possível até manusear bem as palavras, mas o poema fica vazio. É meu caso. Outro dia, disseram que eu garanti que não mais escreveria poesia. Nunca fiz isso. Algumas vezes, a poesia se arrancou, se negou a comparecer e fiquei perplexo, mas reconheci que parecia que não mais escreveria. (…) as coisas não são eternas e, como isso não se controla, não digo que farei de qualquer jeito, ou que não vou fazer. Só constato que faz tempo que não faço.

5. Sobre como conjuga a emoção de fazer o poema e ele comover ao mesmo tempo:
FG. Acredito que, se me comovo, outros também vão se comover. Passo no poema a emoção que tive. Às vezes, a situação é mais complicada e o poema saía menos acessível, dependendo do motivo que me levou a escrever. Minha preocupação é chegar a dizer aquilo que foi novo na vida, que experimentei ali, e encontrar a melhor maneira de expressar. O acaso é decisivo não só na vida pessoal, mas também na arte. Quando vou escrever um poema, a folha surge em branco, ainda não sei o que vai surgir ali. Qualquer coisa pode acontecer, a probabilidade é total porque a página está em branco. Quando coloco a primeira palavra, reduz a probabilidade, agora já não é o acaso. Quando se escreve o primeiro, o segundo verso, aí o poema vai deixando de ser fruto da probabilidade e do acaso e vai se tornando necessário. Ele próprio começa a determinar o que entra ali ou não. Você não sabe o que vai resultar daquilo. É um jogo entre acaso e necessidade. Cada poeta tem seu modo de se expressar. Com isso, aumenta a segurança de se expressar. E, com a experiência, é possível se tornar mais capaz de expressar o que se deseja.

6. Sobre se o momento de vida é sempre importante na criação:
FG. Há quem acredite que os poetas sofrem muito para escrever. Não é verdade – no momento da escrita, surge uma felicidade. Escrever é uma alquimia, pois transformo sofrimento em alegria, em beleza, em emoção que o outro vai sentir. (…) escrevi o Poema Sujo como se fosse a última coisa da minha vida, daí essa relação de emoções: eu estava no limite [referia-se ao seu período de exílio fora do Brasil]. Isso ninguém inventa. Eu preferia não ter vivido daquela forma, mas a vida é incontrolável. A situação era insuportável, mas o fato de eu ser capaz de expressar aquele impasse me ajudava. O pior é aquele que não consegue se expressar.

7. Sobre se a vida tem sentido:
FG. O sentido é inventado. A vida é inventada por nós. E o mundo é uma coisa inexplicável e maravilhosa. Estou escrevendo sobre o bóson (bóson de Higgs ou “partícula de Deus”). Dizem que o universo começou com o big-bang. Então, não havia nada e explodiu. Mas o nada explode? Não pode. Descobri lendo sobre o bóson, que só havia energia. Não é que não havia nada. A energia explodiu. E criou o universo. Mas quem criou a energia? Então, não tem explicação. E depois o universo é infinito, então ele não tem fora, só tem dentro. Mas se tiver fora é ele também. É o dentro sem fora. Tenho um poema com esse nome. “O dentro sem fora”. Parmênides, filósofo pré-socrático, falava assim: ‘O um é um e não é dois’. É isso.

8. Sobre o que lhe comove:
FG. A coisa mais difícil é me livrar de emoção.

9. Sobre a idade ser aliada ou uma inimiga do poeta:
FG. Com o avanço da idade, diminuem a vontade e a inspiração. A gente passa a se espantar menos. Tem poeta que não se espanta mais, mas insiste em continuar escrevendo, não quer se dar por vencido. Então ele começa a escrever bobagens ou coisas sem a mesma qualidade das que produzia antes. Saber fazer ele sabe, mas é só técnica, falta alguma coisa. Não se faz poesia a frio. Isso não vai acontecer comigo. Sem o espanto, eu não faço. Escrever só para fazer de conta, não faço. Eu vou morrer. O poeta que tem dentro de mim também. Tudo acaba um dia. Quando o poeta dentro de mim morrer, não escrevo mais. Não vou forçar a barra. Isso não vai acontecer. Toda vez que publico um livro, a sensação que tenho é de que aquele é o definitivo. Escrever um poema para mim é uma grande felicidade. Se não acontecer, não aconteceu.

10. Sobre como explica a arte atual (Nota: Pergunta feita em agosto de 2010):
FG. Atualmente temos a chamada arte contemporânea ou conceitual. Na minha opinião, é uma coisa que pouco tem a ver com arte. (…) Você acha que uma exposição que nos mostra larvas de mosca é arte? Pode até ser muito interessante, mas não tem nada a ver com arte. Lá no CCBB [Centro Cultural Banco do Brasil] tinha uma mulher que expunha uma porção de pedaços de madeira com uns alto-falantes no meio. O que isso tem a ver com arte? Eu chamo isso de “Caninha 51, a boa ideia”. Tanto podia ser isso, aquele amontoado de ripas de madeira, como podia ser uma porção de gravetos, pedras, ou qualquer coisa. Nada é determinante ou necessário. De fato, alguém teve uma boa ideia e colocou aquilo ali. E me diz uma coisa: o que se faz com aquelas tábuas? Vai guardar? Não. Aquilo já foi exposto em outro lugar, jogou-se tudo fora e depois foram compradas mais ripas… É uma besteirada. Mas não se pode dizer isso. Eu sou o único crítico que diz essas coisas. Todo mundo fica com medo de parecer retrógrado. Todo mundo é avançado, moderno. Eu estou cagando para a modernidade.

11. Sobre como explicar as diferenças entre expressão e arte:
FG. Arte é expressão, mas nem toda expressão é arte. Se eu pegar essa folha de papel e amassar, estarei me expressando. Um quadro em branco, sem nada, não é uma expressão? É. Se eu fizer um traço preto, é outra expressão. Arte não é isso. Não é feita nem pela natureza, nem pelo acaso. Arte é uma coisa do ser humano. A arte existe porque a vida não basta, a vida é pouca. E a arte nos traz coisas belas, fascinantes, atordoantes, maravilhosas. É para isso que existe. Não serve para mostrar larva de mosca.

12. Sobre se a realidade não é arte:
FG. De maneira nenhuma. A arte é feita para mudar a realidade. A arte inventa, ela não revela realidade. É uma questão de necessidade. Se você ler o Saramago, vai entender que aquele cara tinha necessidade de escrever aquilo. A vida dele era aquilo. Ele não estava brincando, não estava de farra. Ele precisava extrair de alguma coisa palavras, frases e imagens que inventem um mundo do qual ele necessitasse. Certa vez, um artista espanhol me mostrou umas fotografias de uma exposição que ele tinha realizado em Madri. Eram imagens de raízes de árvores enormes que foram tiradas da terra. Eu perguntei: o que você fez com essas raízes? Ele as tinha jogado fora. Você imagina se o Rodin vai jogar fora as esculturas dele? Entendeu? Isso fica entre a vigarice, a esperteza e a burrice.

Termino esta mensagem, com a sabedoria deste pensar do poeta Ferreira Gular:

– “NÃO PUBLICO SE NÃO TEM QUALIDADE. NÃO ESCREVO POR ESCREVER.”

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

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