(181) Sentindo a construção emocional da nossa “autoimagem”.

Nós somos o que sentimos. Somos, como sentimos ser “para nós mesmos”. É assim que experimentamos as “imagens sensórias” da nossa subjetividade interior.
O “conhecimento de si mesmo” também é modelado pela constituição psíquica das nossas “emoções” e “sentimentos”, de acordo com a exposição aos estímulos recebidos em nossas interações de vivências. Certo é que somos nós que valoramos as “imagens sensórias” das nossas realidades (interior e exterior). Também é certo que se realmente somos o que sentimos ser “para nós mesmos”, temos mais condições de melhor avaliar a compreensão existencial e emocional do ser humano. Essa avaliação personalíssima (exclusivamente nossa) é valiosa para a prática individual do “autoconhecimento”. Ela deverá ser uma elaboração consciente de significados para as nossas vidas e que estejam estruturados principalmente na necessidade humana de “sentir-se bem”. Para ser alcançada a plenitude desse estado, o indivíduo necessariamente deverá buscar harmonização interior de integração “consigo mesmo”, com o seu “jeito de ser”, de “pensar” e de “se sentir” nas suas relações existenciais. O que importa é a beleza interior da sua identidade como “pessoa”. Não a sua exterior aparência estética.

O que me inspirou esta mensagem foram as consequências psicológicas (muitas geradoras de psicopatologias) que podem ser causadas pelo modo de “sentir” as interiores manifestações da nossa “autoimagem” (dependentes dos graus de “aceitação”, de “preocupação” e de “comparação” com a nossa aparência estética). Trago como exemplo as “representações mentais” da “imagem do corpo”, que são notoriamente influenciadas por padrões de beleza e de ideais estéticos muito divulgados pela mídia.

Inicio com esta complexa e essencialmente delicada indagação:

– O indivíduo em sociedade, que não aceita o espelhar da sua subjetividade interior, precisa (para ele) ser reconhecido por outras pessoas com a imagem corpórea que ele gostaria de ter, construída pelo seu imaginário estético?

Essa pergunta não será respondida neste espaço virtual. Foi inserida nesta mensagem para ser por todos nós refletida no sentido de serem reconhecidas estas verdades: 1. Todas as vertentes sensórias sobre a aceitação ou não da nossa “autoimagem”, são componentes das nossas condições psicológicas de “autoestima”. 2. As representações mentais de “autoimagens”, inclusive as que ainda estão no nosso imaginário (positivas ou não), influenciam “emoções” e “sentimentos”. 3. Todas as escolas da Psicologia oferecem valiosos suportes de “aceitação íntima” da nossa “autoimagem”, com adequados acompanhamentos terapêuticos de ajuda.

Gosto desta explicação do psicólogo Marco Antônio de Tommaso, especialista em “autoimagem”, que defende ser fundamental a criação de uma “identidade estética”. Em entrevista publicada na edição 81, Ano VI, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, ao ser perguntado como a pessoa consegue não ser escravo da beleza, respondeu:

– Existem três tipos de situação que podem responder essa questão: há o ser bonita, visão biológica; o estar bonita, quando a pessoa se submete aos efeitos de produção e recursos, exercícios e nutrição; e também há o se sentir bonita, que se traduz em uma visão adequada da beleza, uma boa percepção da autoimagem. É fundamental enfatizar o que se tem de bom, pois perfeição não existe. A boa aceitação da pessoa com sua imagem está muito mais relacionada à autoestima do que a beleza em si.

Termino esta mensagem reconhecendo que a satisfação com a construção emocional da nossa “autoimagem”, fortalece a “autoestima”. Depende apenas e exclusivamente do nós mesmos para ser alcançada.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(180) Sentindo os “insights intuitivos” do despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.

Todos nós, pelo ciclo de necessidades de aprimoramento “existencial” e “espiritual”, somos “assistidos” e “guiados” pela jornada humana de uma missão individual de crescimentos em todos os sentidos. Temos, em nós, a essência de sentimentos de “transcendência” (mensagens 115 e 174). Nessa caminhada, somos os únicos viajantes com consciência de “si mesmo”. É essa singular capacidade sensória que nos proporciona a percepção interior de “conexão” com uma “totalidade maior”, que nos integra a tudo que existe no Universo. Que nos permite, com liberdade de escolhas, idealizar (ou não) o nosso “propósito de vida”.

O que me inspirou esta mensagem foi o meu acreditar no sentido de que o ser humano é “assistido” e “guiado” para também vivenciar estados sensórios de elevação “existencial” e “espiritual”, alcançado pelo “conhecimento de si mesmo”. Aliás, não existe “destino”. Existe, sim, uma superior “predestinação” de oportunidades de “melhorias” que para serem alcançadas, dependem exclusivamente de nós e principalmente do nosso “acreditar”. Nesta dimensão de vida, tudo está condicionado ao nosso “querer” e ao nosso “acreditar”. Gosto deste “pensar” do escritor Henry Miller:

– O destino de alguém não é um lugar, mas uma nova forma de olhar as coisas.

A proposta deste espaço virtual é motivar você encontrar um novo olhar para a vida (mensagem 030). Um novo olhar “para si mesmo”. Um novo olhar para a sua individualidade “existencial” e “espiritual”. Encontrar um olhar interior para o despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.

Entendo que não existem regras para ser iniciado o seu processo de “autoconhecimento”. Tudo acontece naturalmente em você, exclusivamente para você, de acordo com a singularidade subjetiva da sua capacidade de “percepção interior”. Sugiro que comece a conversar mentalmente “consigo mesmo” (um dos caminhos que está sendo pesquisado pelos neurocientistas cognitivos). Explica Charles Fernyhough, professor de psicologia da Universidade Durham, na Inglaterra, autor do livro “The voices within” (Basic Books, 2016), sobre o diálogo interno:

1. Psicólogos usam o termo “diálogo interno” (…), em que pessoas conversam em silêncio com elas mesmas em suas mentes. Ele tem um primo, o “discurso privado”, em que as pessoas falam consigo de forma audível. Se você diz palavras para si como “lembre-se de tomar café” ou “siga o planejado” sem emitir um som, está usando o diálogo interno. Se fala consigo em voz alta, é um discurso privado. As duas formas de linguagem parecem ter propósitos variados, incluindo planejamento e monitoramento de nosso comportamento, regulação de emoções e estímulo à criatividade.

2. O psicólogo russo Lev S. Vygotsky sugeria que a conversação silenciosa que as pessoas têm consigo quando adultas é uma versão internalizada das conversas que temos com os outros quando estamos nos desenvolvendo quando crianças. Ele notou que os discursos interno e privado são com frequência abreviados em comparação com afirmações dirigidas a outra pessoa. Na autoconversação, em geral não colocamos as coisas em sentenças completas, em parte porque a fala é para si, e portanto não temos de explicitar os detalhes.

3. Eu [Charles Fernyhough] e outros pesquisadores interessados no diálogo interno estamos apenas começando a descobrir o que significam para entender como as palavras funcionam em nosso pensamento.

Em seguida, complementa de modo conclusivo:

– Meus diálogos com Deus, um parente falecido ou um amigo imaginário podem ser tão ricamente criativos quanto aqueles que eu tenho comigo mesmo. Colocarmo-nos questões e responde-las pode ser uma parte crucial do aparato para levar nossos pensamentos a novos territórios.

Termino esta mensagem com este meu pensar:

– Preferencialmente em um estado de “quietude interior”, favoreça a sua “autoconversação silenciosa” para iniciar o seu processo de autoconhecimento e “sentir” ou “escutar” os “insights intuitivos” do despertar da sua “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
2. As menções feitas às pesquisas do psicólogo Charles Fernyhough foram reproduzidas do seu excelente artigo publicado na edição de setembro de 2017, Ano 15, da Revista Scientific American Brasil, lançada no Brasil pela Editora Segmento, sob licença de Scientific American Internacional, que recomendo a leitura.

Muita paz e harmonia espiritual.

(179) Sentindo as “âncoras sensórias” dos nossos relacionamentos.

“Relacionamento” tem sido um dos meus temas preferidos para este espaço virtual (mensagens 122, 133, 160 e 162). Volto a ele, iniciando com este espelhar interior da “Sensibilidade da Alma” de Vinícius de Moraes:

– A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.

Estou convencido de que os nossos ideais de uma “vida a dois” estão subjetivamente enraizados em mútuas necessidades sensórias de “completude existencial”. Assim manifestei este meu “sentir”, sobre o desejo de encontrar a nossa “Alma Gêmea” (mensagem 072):

– São as “interações” de “necessidades”, de “preferências”, de carências emocionais”, de “idealizações”, de “jeitos de ser”, de “pensar”, de “gostar”, de “cumplicidade”, e muitas outras. São, portanto, vinculações existenciais de “sentimentos de identidades” que, naturalmente, favorecem a “união” de dois seres humanos. São os “encontros de almas” que criam condições de “respeito” e de “afetividades”, em todos os sentidos do nosso “viver”. Não devemos ficar procurando a nossa “alma gêmea”. O que se deve é acreditar na “magia” do AMOR, inclusive como obra do “acaso”. Mas essa “magia”, no meu entender, sempre estará sujeita à “necessária” e “buscada” sintonia de harmonização das nossas “individualidades existenciais”. Isto porque a singularidade de todo ser humano são as matizes da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Certo é que ninguém nasce com a sua “identidade interior” plenamente definida. O desenvolvimento do nosso psiquismo começa a ser construído, quando vivenciamos as nossas diferenças e limitações. É quando passamos a ter consciência da dualidade existencial entre o “eu” e o “outro”. Em todas as relações interpessoais (principalmente nas afetivas) é preciso existir a permanente e incansável “interação de respeito”. Ensina Carlos São Paulo, médico e psicoterapeuta junguiano, comentando o livro “Mitologia dos Orixás”, de Reginaldo Prandi, lançado no Brasil pela Editora Companhia das Letras:

– Homens que buscam mulheres para se relacionar são incapazes de amar quando o acolhimento é substituído por um estado competitivo sobre quem domina a relação. O sagrado é a alteridade. Precisamos desenvolver a capacidade de nos colocar no lugar do outro, aprender com as diferenças e respeitar o indivíduo como esse outro de si mesmo.

Gente, acabaram as dinastias do hoje inaceitável modelo de relacionamento, onde os homens (machos covardes e violentos) desejavam, e as mulheres eram as desejadas. Sugestão complementar: palestra do psicanalista Contardo Calligares sobre a mudança dos papeis dos gêneros através do tempo, no site www.cpflcultura.com.br (“O corpo masculino” ou “A crise do macho”).

Acima (sobre o início do desenvolvimento do psiquismo humano) fiz referência à necessidade do reconhecimento das nossas “diferenças” e “limitações” (âncoras do processo individual de “autoconhecimento”, que favorecem a perpetuação dos nossos relacionamentos). A respeito, gostei desta menção ao poeta Rainer Maria Reike (autor do livro “Cartas a um Jovem Poeta”, traduzido pela nossa Cecilia Meireles), feita pela doutora Michele Müller na sua bela abordagem, “O grande propósito do amor”, publicada na edição n. 138 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala:

– (…) o propósito de um casamento não é criar imediatas similaridades, ao se derrubarem todos os limites. Uma relação enriquecedora seria, para ele [Reike] aquela que vai na direção oposta, em que cada um não apenas preserva como atua como guardião da solitude do outro, “revelando, assim, a maior confiança possível”.

Dedico esta mensagem para Ana Clara, virtualmente envolta com este “sentir” de Vinícius de Morais:

– (…que)
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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Muita paz e harmonia espiritual.

(178) Sentindo que podemos sentir “emoções desconhecidas”.

Os acessos a este espaço virtual devem ser de encontros “consigo mesmo”, com a sua “subjetividade”. Esse é o sentido da nossa jornada de “autoconhecimento” e principalmente de “harmonização interior”. É o sentido de todas as nossas “buscas”, inclusive as de transcendência “espiritual”. Certo é que tudo está “dentro de nós”, manifestando-se em nós pelas projeções sensórias recebidas da nossa “Sensibilidade da Alma”. Somos o que sentimos ser para nós mesmos. Mas é preciso “sentir” a essência da nossa subjetiva potencialidade interior. A singularidade do ser humano é conhecida e diferenciada através da nossa “Sensibilidade da Alma”.

O que me inspirou esta mensagem foi o recente estudo de Dacher Kelner, professor de psicologia da Universidade da Califórnia, publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences”. Com o resultado das suas pesquisas, ele anunciou a descoberta de vinte e sete tipos de emoções distintas, ampliando os seis conhecidos e ensinados pela psicologia através dos seguintes sentimentos: – felicidade, tristeza, medo, surpresa, raiva e nojo. São estes os estados emocionais por ele relatados: admiração, adoração, apreciação estética, diversão, ansiedade, temor, estranheza, tédio, calma, confusão, desejo, nojo, dor empática, encantamento, inveja, excitação, medo, horror, interesse, alegria, nostalgia, romance, tristeza, satisfação, desejo sexual, simpatia e triunfo.
Para Alan Cowen, autor principal desse estudo, “Tudo está interligado”. “As experiências emocionais [são] muito mais ricas e mais matizadas do que se pensava anteriormente”.

Sinto-me no dever de esclarecer que não sou da área de saúde, mas sempre tive interesse pelas descobertas da neurociência cognitiva sobre “emoções” e “sentimentos”.

De acordo com a natureza da proposta deste espaço virtual (mensagem 001), destaco estas considerações do meu “pensar”, ensejadoras destas perguntas que faço para você:

– O que as emoções revelam para nós? Elas transmitem algum significado conhecido ou ainda desconhecido no nosso viver?

Para o interior alcance sensório do “Tornar-se quem você é” (conceito de individuação do psiquiatra Carl Jung), entendo que o ser humano precisa conhecer e procurar os significados das suas “emoções” e “sentimentos”. Aliás, cabe lembrar esta advertência do próprio Carl Jung:

– O homem não pode avançar por conta própria se não possuir um conhecimento mais apurado a respeito de sua própria natureza (OC 11/4 § 746).

Sob essa perspectiva, entendo que a nossa existência individual também poderá ficar sensitivamente dimensionada por uma nossa “consciência transpessoal” (entenda-se, como conexão de expansão de consciência). Será nesse estado de sintonia interior que, como acredito, podemos ficar subjetivamente influenciados por “matizes sensórias” de “emoções” ainda desconhecidas, mas ao alcance de todos. Cito estes dois exemplos de emoções personalíssimas (de cada pessoa), por mim denominadas “emoções de transcendência existencial”: 1. Sentir-se interiormente vivenciando um estado de “elevação espiritual”. 2. O “estado de iluminação” de BUDA.

Como sugestão de leitura complementar, recomendo o belo livro “Sentimentos, valores e espiritualidade – Um caminho junguiano para o desenvolvimento espiritual”, da médica clínica, homeopata e analista junguiana, Doutora Daniela Benzecry, lançado no Brasil pela Editora VOZES, que já enriqueceu este espaço virtual (mensagens 172 e 173).

Gosto destas suas explicações:

1. A emoção, a semelhança de um reflexo isoladamente, não passa pela consciência. A emoção é anterior ao sentimento, o qual passa pela consciência.
2. Na dinâmica da vida, um sentimento também pode influenciar na emoção.
3. Um estímulo pode desencadear uma emoção e esta gerar determinados sentimentos específicos.
4. Uma emoção é principalmente formada por ações que se dão no corpo.
5. Quando uma emoção está ocorrendo no organismo (formado por corpo e mente) ela é percebida conscientemente pelo sentimento gerado.

Como as “emoções” são conscientizadas e definidas pelos nossos “sentimentos”, termino com esta afirmação do neurocientista António Damásio, que selecionei do seu livro “o mistério da consciência, do corpo, das emoções ao conhecimento de si”, lançado no Brasil pela Editora Companhia Das Letras”:

– A CONSCIÊNCIA TEM DE ESTAR PRESENTE PARA QUE OS SENTIMENTOS INFLUENCIEM O INDIVÍDUO QUE OS TEM, ALÉM DO AQUI E AGORA IMEDIATO.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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Muita paz e harmonia espiritual.

(177) Sentindo a descoberta do “autoconhecimento”.

Parece ser difícil “voltar-se para si mesmo”, escutar o seu “silêncio interior”. O processo de “autoconhecimento” é determinação, no sentido de descoberta. De descoberta da sua essência espiritual. Do seu propósito de vida (mensagem 176). Não existem regras para ser iniciado porque tudo, naturalmente, se manifesta em nós. É quando oferecemos condições de “quietude interior” para o despertar da nossa “Sensibilidade da Alma” (mensagem 001).

Gosto deste “pensar” de OSHO, iniciando a introdução do seu livro “A jornada de ser humano” (tradução de “The journey of being human”), lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil:

– O homem nasce com uma potencialidade desconhecida, misteriosa. Sua face original não está disponível quando ele vem ao mundo. Ele tem de encontrá-la. Ela vai ser uma descoberta, e aí está a sua beleza.

Complementa, com esta explicação:

– Os pássaros são felizes, as árvores são felizes, as nuvens e os rios são felizes, mas eles não são autoconscientes. Eles são simplesmente felizes. Eles não sabem que são felizes.

Estou convencido de que o processo de “autoconhecimento” nos proporciona um estado interior de harmonização plena com tudo que existe no Universo. Além disso, ninguém “vive por viver”, porque todos nós temos nesta dimensão de vida (por outras ainda desconhecidas), uma finalidade de “crescimento” e de “evolução espiritual”. Pelo fluir do “ciclo da vida”, não somos nós que determinamos o sentido existencial, e nem espiritual, da nossa caminhada. Nós somos “levados”, “carregados”, assim como ensina a sabedoria desta história zen, contada por Thich Nhat Hanh no seu livro “A essência dos Ensinamentos de Buda”, lançado no Brasil pela Editora Rocco, com tradução de Anna Lobo:

– O cavalo está galopando rapidamente, e parece que o homem que cavalga se dirige a algum lugar importante. Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita: “Aonde você está indo?” e o homem a cavalo responde: “Não sei. Pergunte ao cavalo!”.

A busca interior através do “autoconhecimento”, bem como o despertar da “essência espiritual” que imanta o despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”, dependerá apenas de você. Basta, em silêncio, exercitar a prática permanente do “voltar-se para si mesmo”. assim ensinada para o discípulo:

– “Mestre em que pensa a pessoa enquanto está meditando?”
“A pessoa pensa em não pensar”, respondeu o mestre.
“Como se pensa em não pensar?”, questionou o monge.
“Sem pensar”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

(176) Sentindo a necessidade de um propósito para as nossas vidas.

Em síntese, a proposta deste espaço virtual é o favorecimento de condições interiores para o despertar da sua “Sensibilidade da Alma” (mensagem 001). São muitos os caminhos para iniciar essa caminhada. Todos convergem para a prática do “voltar-se para si mesmo”. Um “voltar-se” sem imposição de regras conhecidas, mas para ser descoberto por você com a decisão de querer “se conhecer”, de querer compreender os significados das suas “emoções” e “sentimentos”. É uma nova maneira de ressignificação “existencial” para o seu “viver”, que depende apenas de você. Basta um “silenciar interior” para que seja alcançada a “sintonia sensória” de conexão e de harmonização com a transcendência da sua “essência espiritual” (mensagem 174). A prática desse “voltar-se para si mesmos”, desse estado de “quietude interior”, é expansão de “consciência espiritual”. Também é busca do “tornar-se uno” em conexão com tudo que existe no Universo. A melhor maneira de experienciar o significado das matizes sensórias da nossa “realidade interior” (sentimentos e emoções) é através do alcance do espertar da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Certo é que muitos filósofos procuraram respostas para esta pergunta:

– O que é um ser humano?

Em 1920, coube a Martin Heidegger alertar que o mais importante é a relação com a nossa própria existência”. Para ele, devemos parar de procurar definições abstratas para essa pergunta e, a partir de nós mesmos, examinar o que é a vida humana com o objetivo de saber o que para nós mesmos significa “existir”.

Complemento com este meu “sentir”, com este meu pensar:

– Nos somos “seres de origem transcendente. Somos viajantes de infinitas jornadas de evolução “existencial” e “espiritual”. Nessa caminhada de necessidades de crescimentos e de aprimoramentos para o nosso “existir” e “viver”, estou convencido de que nesta dimensão de vida, não estamos aqui “apenas por estar”. Há “finalidades” e “propósitos” de vida, que precisam ser por nós descobertos. Estamos “aqui”, neste “agora”, com “responsabilidades de escolhas”. Estamos “aqui”, neste “agora”, percorrendo um ciclo de oportunidades de “melhorias” em todos os sentidos. Temos, portanto, uma “missão” (mensagem 137).

É preciso “aprender” (saber “praticar) que somos nós que criamos o sentido para os nosso “existir” e “viver”. Observe que na coluna ao lado: – em todos os “sentires” das mensagens deste espaço virtual, há um sugestivo “propósito” para ser descoberto por você. Assim como em todas as nossas “emoções” e “sentimentos”, também existem.

Termino esta mensagem desejando para você, este propósito de “vida” e de “amor”:

– QUERO QUE VOCÊ SEJA FELIZ !

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual

(175) Sentindo da”Sensibilidade da Alma” de Antonio Cicero, o novo imortal da Academia Brasileira de Letras.

A singularidade “espiritual” e “existencial” do ser humano é manifesta pela sua “Sensibilidade da Alma”. Nós somos o que “sentimos”, não o que “acreditamos ser”. Ela mostra a natureza das nossas identidades sensórias. Influencia e modela todas as nossas interações de vida. Transmite, em sintonia de harmonização, a “essência” da nossa interioridade. Neste espaço virtual já tivemos oportunidades de conhecer estes exemplos, que considero serem predestinações transcendentes de missão para esta dimensão de vida:

Andrea Bocelli, tenor (mensagem 059); Anna Muylaert, cineasta (mensagem 123); Betty Lago, atriz (mensagens 043 e 062); Bibi Ferreira, atriz e cantora (mensagem 114); Carminho, cantora de fados (mensagem 036); Charles Einsenstein, escritor e filósofo (mensagem 157); Clarice Lispector, escritora (mensagem 038); Clarice Niskier, atriz e escritora (mensagem 025); Denise Fraga, atriz (mensagem 054); Domingos de Oliveira, ator, cineasta e dramaturgo (mensagem 024); Fernando Brant, compositor (mensagem 051); Ferreira Gullar, crítico de arte e escritor (mensagem 132); Geraldine Chaplin, atriz (mensagem 012); João Carlos Martins, pianista (mensagem 075); Leonard Cohen, cantor, escritor e poeta (mensagem129); Louise Hay, escritora e palestrante motivacional (mensagem 124); Lya Luft, escritora (mensagem 063); Marck Nepo, escritor, filósofo e poeta (mensagem 119); Maria Paula, atriz e escritora (mensagens 031 e 102); Marjorie Estiano, atriz e cantora (mensagem 026); Matheus Nachtergaele, ator (mensagem 161); Miguel Nicolelis, cientista e médico (mensagem 091); Morena Nascimento, bailarina (mensagem 081) e Simone de Beauvoir, escritora e filósofa (mensagens 039 e 128).

Com esta mensagem, essa galeria está sendo engrandecida pela “Sensibilidade da Alma” do escritor, filósofo e poeta Antônio Cicero, com a sua sabedoria humanista e com os seus contagiantes e provocantes jeitos de “sentir”, “poetifizar” e “filosofar”. Inicio com estas duas sublimes e expressivas inspirações:

– Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

– Perplexidade
Não sei bem onde foi que me perdi;
talvez nem tenha me perdido mesmo,
mas como é estranho pensar que isto aqui
fosse o meu destino desde o começo.

No mês de junho Antônio Cicero participou da trigésima terceira Feira do Livro de Brasília, convidado para falar sobre o tema do evento – tropicalismo. De acordo com o subjetivo significado de “predestinação” a que me referi no início desta mensagem, foi mais um dos “prenúncios” da sua merecida e honrosa escolha para ocupar a cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras. Foi quando ecoou pelos céus de Brasília, estes luminares da “Sensibilidade da Alma” de Antônio Cicero, resumidos de uma entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, edição de 24 de junho de 2017):

1. Sobre a filosofia:
AC. A filosofia é inevitável e, nos dias de hoje, extremamente necessária, já que filosofar pode ser um caminho para melhorar o mundo. Não se pode evitar a filosofia. Não é possível falar da filosofia sem filosofar porque só a filosofia fala de si própria. Então, você não pode atacar a filosofia sem ser filósofico. Ela fala sobre o ser de maneira geral, sobre o sentido da vida. A filosofia puramente quer ser. Tem a ver com a razão e com o intelecto. A religião tem a ver com fé, emoção.

2. Sobre como a poesia possibilita uma nova dimensão. Que dimensão?
AC. A gente passa a apreender o mundo de uma maneira diferente quando entra num poema, numa pintura, numa peça musical. Nosso mundo se amplia porque a gente percebe coisas de uma maneira que a gente não percebia antes. É como se fosse uma outra dimensão. A poesia nos leva a isso e nos abre muitas perspectivas sobre as diferentes coisas que estão no mundo e na nossa vida.. E ela faz isso subvertendo a maneira normal de a gente realmente ver as coisas, captar, apreender.

– Resumidos de uma entrevista concedida a “Cândido” – Jornal da Biblioteca Pública do Paraná:

1. Sobre a leitura de um poema.
AC. Ler um poema estimula nosso pensamento em todos os sentidos. Não é só o que ele diz que interessa, mas como o diz. O que vale e dá prazer, na leitura de um poema, é a própria leitura. O poema é bom quando mobiliza não apenas nosso intelecto, como a filosofia, mas várias das nossas faculdades ao mesmo tempo: nossa imaginação, nossa razão, nossa emoção, nossa sensibilidade, nossa sensualidade etc.

2. Sobre o que é ser poeta.
AC. Seria preciso saber o que é a própria poesia para saber o que é um poeta. Mas jamais se conseguiu definir adequadamente a poesia. Ela é, como se dizia antigamente, um “je ne sais quoi”, isto é, um “não sei quê”.

3. Sobre como definir a sua poesia.
AC. Não consigo defini-la. Sou capaz de falar de qualquer tema e de usar inúmeras dicções diferentes. Se há alguma coisa comum a todos os meus poemas, como dizem alguns críticos, eu não consigo definir essa coisa.

– Resumidos de uma entrevista concedida ao Jornal “Algo a Dizer”, edição de 09 de junho de 2008:

1. Sobre se a letra de música é poesia, ou apenas um texto que se ajusta à melodia.
AC. Um poema é uma obra de arte; e uma letra de música é parte de uma obra de arte, que é a canção. Pois bem, uma parte de uma obra de arte pode ser melhor do que uma obra de arte autônoma. Por exemplo, (…) os poemas líricos gregos eram todos letras de música. Perderam-se as melodias, ficaram as letras. E estão entre os maiores poemas da literatura universal.

2. Sobre como são desenvolvidas as letras de suas músicas.
AC. Mesmo sem saber nada de música, ela me emociona e me inspira alguma coisa. A partir dessa coisa, dessa emoção, desse sentimento, nasce a letra.

Termino esta merecida homenagem deste espaço virtual reconhecendo que, assim como todos os imortais, Antonio Cicero enriquecerá os ideais de criação da Academia Brasileira de Letras.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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Muita paz e harmonia espiritual

(174) Sentindo a sua “essência interior” de espiritualidade.

Estou convencido de que a nossa transcendente “essência interior” de espiritualidade se manifesta em nós, pelas projeções sensórias da “Sensibilidade da Alma”. Também acredito que seja essa “essência” que dá sentido à nossa “existência” por dimensões infinitas, em sublime conexão de plenitude com uma “totalidade maior” da qual pertencemos. Certo é que ninguém conseguirá expressar por palavras, a “essência espiritual” da natureza humana. A natureza de “transcendência espiritual” da nossa subjetividade, somente será por nós “sentida”. Nunca explicada. Pertence aos domínios de “percepção interior” da nossa “consciência transpessoal”. Aliás, de acordo com o médico indiano Deepak Chopra, é justamente nesse estado atemporal de “consciência transcendental” que nós temos a sensação de plenitude (Fonte: “Corpo sem idade, mente sem fronteiras”, lançado no Brasil pela Editora Rocco, com tradução de Haroldo Netto). Por sua vez, entendo que deve ter sido essa mesma “percepção” que inspirou este conhecido “pensar” de Carl Gustav Jung, sobre as nossas práticas de autoconhecimento: – “o homem não pode avançar por conta própria se não possuir um conhecimento mais apurado a respeito de sua própria natureza” (OC 11/4, § 746). Para Jung, “o mundo, tanto por fora como por dentro, é sustentado por bases transcendentais, é algo tão certo quanto nossa própria existência” (OC 14/II, § 442).

O que motivou esta mensagem foi este “sentir” do gênio da pintura Pablo Picasso, que encontrei no belo livro do historiador de arte Ingo F. Walther, lançado no Brasil pela Editora TASCHEN, com tradução de Ana Maria Cortes Kollert:

– O artista é como um receptáculo de sentimentos que vêm de toda a parte: do céu, da terra, de um pedaço de papel, de uma figura que passa, ou de uma teia de aranha. Por isso não devemos fazer diferenças.(…) Temos de procurar o que é bom para o nosso trabalho e isto em toda a parte, excepto no nosso próprio trabalho. Copiar-me a mim próprio horroriza-me. Mas se me for mostrada uma pasta com velhos desenhos, não tenho escrúpulos em daí aproveitar tudo o que possa precisar.

Explico: Como se esta mensagem fosse uma pintura com as matizes dos meus sentimentos de espiritualidade,

Gosto deste precioso ensinamento de Aldous Huxley:- “Experiência não é o que acontece com você; é o que você faz com o que lhe acontece.”

Experimente a possibilidade de ressignificar o seu “existir”, conhecendo a proposta deste espaço virtual (mensagem 001) que, como desejo, através do despertar da sua “Sensibilidade da Alma” vai lhe proporcionar condições sensórias de harmonização com a sua “essência interior” de espiritualidade.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo do youtube (“Patricia Kaas – Autumn Leaves”).

Muita paz e harmonia espiritual

(173) Sentido o despertar interior do “sentimento de felicidade”.

Há muito (e agora, intensificado com a criação deste espaço virtual), tenho vontade de expressar o meu “sentir”, o meu “pensar”, sobre o que é “FELICIDADE”. Sempre perguntei para mim mesmo: – Como explicar o “sentimento de felicidade”? O que é ser feliz? Nessa busca comprovei que para muitos, esse estado sensório normalmente é associado a uma enorme diversidade de condicionamentos externos à nossa interioridade. Não concordando, considero que “ser feliz” é uma experiência personalíssima de cada indivíduo. É manifestação da nossa singularidade, moldada pelas estruturas cerebrais, pelas nossas diferenças cognitivas e, também, genéticas. Nenhum ser humano é idêntico ao outro. São distintas as bases neurológicas dos nossos sentimentos e das nossas sensações de “prazer” e “bem-estar”.

O que motivou esta mensagem foi o experimento realizado em um laboratório em Zurique, na Suíça, comprovando que uma área do cérebro ligada à generosidade desencadeou resposta em outra parte relacionada à felicidade (Fonte: Revista científica “Nature Communications”, edição do dia 11 deste mês).

Por sua vez, reconheço que existem estudos conclusivos no sentido da prevalência genética do nosso estado sensório de “felicidade”, concebido como manifestação sensória de sentimentos positivos e agradáveis. A respeito, merece referência esta abordagem da antropóloga Helen Fisher, da Universidade de Rutgers, de Nova Jersey (EUA), publicada na conceituada Revista National Geographic, lançada no Brasil pela Editora Abril com o título “Cérebro: 100 coisas que você não sabia”, com tradução de Jamila Maia:

– Boa parte de nossa capacidade de sentir felicidade é determinada pelos genes. A felicidade e a alegria são emoções universalmente reconhecidas e parecem ser mais naturais do que cultivadas. Neurocientistas determinaram que mais de 60% da capacidade de alguém ter uma personalidade majoritariamente positiva vem de sua bagagem genética. O resto é adquirido através de experiências, emoções e pensamentos. Pesquisas também abordaram algumas das regiões associadas à felicidade. Entre elas, estão o hipotálamo, o núcleo accumbens e o septo. Cada região ligada ao prazer libera neurotransmissores e endorfinas, além de dopamina – que recebe emoções positivas.

Ora, se para os neurocientistas a percepção é uma interpretação do significado de um determinado estímulo, a busca de “felicidade” deverá voltar-se principalmente para nós mesmos, para o interior “encontro sensório” das nossas preferências, valores, e necessidades. Acrescente-se que o “sentimento de felicidade” também emerge e reflete a nossa “completude existencial” de estar plenamente satisfeito com a vida ou, por exemplo, com um relacionamento de amor (assim é explicado em psicologia, a abrangência significativa do “bem-estar subjetivo”).

Termino esta mensagem com este ensinamento da doutora Daniela Benzecry, encontrado no seu belo livro “Sentimentos, valores e espiritualidade” – Editora VOZES:

– Somos nós os responsáveis pelo que sentimos, pois os sentimentos dependem de nossa visão de mundo e de nossos valores.

Fiquem com Zélia Ducan provando que a “felicidade” vem de dentro de nós, e não de fora da gente.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo do youtube (“Zélia Duncan – Felicidade”, do DVD “Pelo Sabor do Gesto”).

Muita paz e harmonia espiritual

(172) Sentindo o transcender da nossa “plenitude interior”.

Começo esta mensagem, perguntando para você:

– Como entender o vivenciar de um estado sensório e existencial de “plenitude interior?

A resposta para essa pergunta não será encontrada nesta mensagem. Está em você. Só lhe pertence porque diz respeito às manifestações da subjetividade humana, moldadas pelas projeções recebidas da nossa “Sensibilidade da Alma”.

A doutora Daniela Benzecry, no seu belo livro “Sentimentos, valores e espiritualidade”, lançado no Brasil pela Editora VOZES, explica as diferenças das funções psicológicas dos nossos pensamentos, sentimentos e sensações: – a do pensamento interpreta “o que é”; a do sentimento determina “o valor de algo” para a pessoa e, portanto, interfere nas nossas escolhas; a da sensação apenas diz “que algo é”, que “algo existe”, independente de uma necessária reflexão.

Com esses esclarecimentos, parece-me acertado considerar o sentir de um estado de “plenitude interior” como sendo percepção sensória de uma “sensação”. No caso da pergunta, o conteúdo dessa “sensação” é abrangente no sentido de nos proporcionar condições sensórias de “integração”, de “união” e, principalmente, de “completude existencial” em todos os sentidos (inclusive de transcendência espiritual). O indivíduo torna-se uno “consigo mesmos” e com as suas “interações exteriores”.

A sensação de “plenitude interior” cria em nós uma “expansão de consciência” envolta em permanente “sentir” de “harmonização transcendente”. Para a psicanalista junguiana Brigitte Dorst, nesse “espaço transpessoal da consciência o ser humano se percebe conectado como parte de uma totalidade maior” (Fonte: Introdução do livro “Espiritualidade e transcendência/C.G.Jung, com tradução de Nélio Schneider, lançado no Brasil pela Editora VOZES, com direito de publicação em língua portuguesa). Por sua vez, no seu livro “The Spiritual Revolution”, David Tacey a ele se refere como “revolução espiritual”.

Certo é que nesse estado sensório de “plenitude interior” o ser humano, como em um renascimento, cria para “si mesmo” um novo sentido para a sua própria “existência”. Ele torna-se um “ser transcendente”. A respeito, Jung reafirma “que o mundo, tanto por fora como por dentro, é sustentado por bases transcendentais”, e conclui:- “é algo tão certo quanto nossa própria existência” (OC 14/II, § 442).

Termino esta mensagem, com este “sentir” de Heráclito:

– Mesmo se explorarmos todos os caminhos, jamais conseguiremos descobrir os limites da alma, tão profunda é sua essência.”

Nele inspirado, desejo para você um despertar interior de “plenitude existencial” imantada com “essência transcendente” de espiritualidade.


Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
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3. Vídeo Youtube (Eric Clapton – Autumn Leaves (with Iyrics/FourSeasonOndeSoul”).

Muita paz e harmonia espiritual.

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