(260) Sentindo a prática do “autoconhecimento”, nas nossas relações interpessoais.

“O HOMEM APRENDE A VER-SE VIVENDO”.
São palavras do dramaturgo, poeta e romancista italiano Luigi Pirandello (1867-1936), laureado em 1934 com o Nobel de literatura. Foram selecionadas do seu livro “Um, nenhum e cem mil”, lançado no Brasil pela Editora Cosac & Natity, atualmente esgotado. Dele tomei conhecimento em 2007, lendo os comentários de Paula Mantovani, publicados na edição 18 da Revista PSIQUE, da Editora Escala. Paula inicia com esta síntese:

– UM ENTRE OUTROS. O SENTIDO QUE ATRIBUÍMOS A NOSSAS EXPERIÊNCIAS É UM E O QUE ESTE SIGNIFICA PARA O OUTRO É UMA OUTRA COISA.

A história contada por Pirandello nos envolve em um misto do cômico com o dramático, porque Moscarda, o personagem principal, fica completamente arrazado quando, diante do espelho, a sua mulher diz para ele que a imagem do seu nariz é estranha, parecendo-lhe mais virado para o lado. Moscarda (que sempre se sentiu com um nariz reto), “fixa em seu pensamento o fato de que não era para o outro aquilo que imaginava ser. Passa a buscar um novo reconhecimento de si, em um desejo constante de estar só.”

O tema central do romance de Pirandello trata, portanto, da realidade sensória de como nos “sentimos”, nos “vemos” para nós mesmos e, também, em relação a como achamos que os outros nos veem. Sobre esse drama de Moscarda, comenta Paula Mantovani:

– Se não era mais o que até então pensava ser para os outros, restava apenas uma pergunta a Moscarda: quem ele era? Nesse abismo de indagações, descobre que há cem mil Moscardas num corpo que era apenas um e, ao mesmo tempo, nenhum. Como suportar em si tal descoberta? Como carregar esses estranhos invisíveis e inseparáveis? Evidências que alimentavam um propósito: o de ser um entre outros, uma vez que reconhece um minuto insano em que não só podemos ser um, como cem outros mil e nenhum.

Nesta jornada para o “autoconhecimento”, peço a sua atenção para estas considerações de Paula sobre o “Transitório das Coisas”:

– Quais sentimentos nos inspiram?
Embora haja ilusões e desenganos, dores e alegrias, esperanças e desejos, há o transitório destas coisas, mas também há o que não é impassível: a necessidade imperativa do silêncio. Necessidade esta que se constrói num ponto de captação: o sentido que atribuímos às nossas experiências é um e o que esta significa para o outro é uma outra coisa, articula-se com o valor que assume a palavra para cada um na sua singularidade. Uma vez que se fosse diferente disso seria o mesmo que sermos como papéis vegetais sobrepostos a uma mesma imagem.

Gosto desta explicação da Psicóloga Claudia França Pádua: “O ser humano, na forma como vem à vida, vive com uma consciência expandida, trazendo consigo um arsenal de habilidades e de múltiplas texturas multifacetadas, que se revelam na persona em si, onde expõe revigorantes impulsos internos que revelam suas verdadeiras intenções. (…) Em uma análise junguiana, no primeiro momento será investigado o indivíduo socializado, ou seja, em sua persona. A persona é um compromisso criado entre o indivíduo e a sociedade, sobre como alguém aparenta ser. Esse compromisso se instaura entre as exigências do mundo circundante e sobre o condicionamento interior estrutural.”

Certo é que nas nossas relações interpessoais, o ser humano vivencia uma interior sensação de “necessidades de completude”, modelada de acordo com a sua consciente “imagem de si mesmo”. Esclarece o professor Júlio Furtado, com graduação em Psicopedagogia e especialidade em Gestalt-terapia:

– Nós somos seres complexos por várias razões. Mas em especial porque formamos nossa autoimagem por meio do que os outros veem em nós. Precisamos do feedback das outras pessoas para que nossa autopercepção possa ser o mais real possível. Precisamos também nos mostrar para os outros para que eles possam ter a percepção mais acertada sobre nós (…). A saúde da nossa relação com as outras pessoas se dá em função do quanto nos mostramos como realmente somos e do quanto percebemos o outro como realmente é.

Termino, com este meu “sentir” sobre o romance de Luigi Pirandello:

– “SE O HOMEM APRENDE A VER-SE VIVENDO”, PODEMOS PRATICAR NOSSAS BUSCAS DE “AUTOCONHECIMENTO” PROCURANDO ENTENDER AS REAÇÕES QUE RECEBEMOS OU CAUSAMOS AOS OUTROS, NAS NOSSAS INTERAÇÕES EXISTENCIAIS.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2. As citações da Psicóloga Claudia França Pádua e do Professor Júlio Furtado, foram respectivamente reproduzidas dos artigos “As Profundezas do indivíduo” e “Dê visão ao seu EU CEGO!”, publicados nas edições 151 e 157 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(259) Sentindo a nossa essência interior de transcendência existencial e espiritual.

“TODO HOMEM DESEJA, NATURALMENTE, SABER”
São palavras do filósofo Aristóteles (384-322 a.C.). Complemento com estas, do filósofo espanhol Xavier Zubiri (1898-1983): “Sabemos algo plenamente quando, além de saber “o que é”, sabemos “por que é”. Mas nesta nossa jornada para o “autoconhecimento”, prefiro o “Só sei que nada sei” de Sócrates (469-399 a.C.), porque nascemos com uma fantástica potencialidade desconhecida de nós mesmos. O que não podemos é esquecer desta sabedoria do nosso renomado físico Marcelo Gleiser, que este ano foi laureado com o Prêmio Templeton (uma espécie de “Nobel” do diálogo da ciência com a espiritualidade):

– NEM TUDO PRECISA SER EXPLICADO, NEM TODA PERGUNTA PRECISA TER RESPOSTA. SE TUDO FIZESSE SENTIDO, A VIDA SERIA BEM SEM GRAÇA. UM POUCO DE INEXPLICÁVEL FAZ BEM, NOS DEIXA UM POUCO INSEGUROS, IMAGINANDO O QUE PODE EXISTIR ALÉM DO POSSÍVEL.

Esta mensagem me foi intuída pelo meu antigo convencimento de que, nesta dimensão de vida, todos nós temos uma interior essência de “transcendência espiritual” que nós une a uma “totalidade maior” (é a essência do “Divino”, em nós). Uma espécie de superior conexão de “transcendência” que (por exemplo, quando “desperta em nós” com a ajuda das conhecidas práticas de mindfulness/atenção plena) nos motiva a encontrar o sentido da nossa própria existência e um propósito para o nosso viver. É o que também gosto de a ela me referir como sendo a “transcendência da psique humana” que, como acredito, explica este “sentir” de Jung (OC 14/II, § 442):

– QUE O MUNDO, TANTO POR FORA COMO POR DENTRO, É SUSTENTADO POR BASES TRANSCENDENTAIS, É ALGO TÃO CERTO QUANTO A NOSSA PRÓPRIA EXISTÊNCIA.

Pergunto para você:

– COMO DEVEMOS ENTENDER, PARA NÓS MESMOS, ESSE SENTIMENTO SUBLIME DE “TRANSCENDÊNCIA”?

Essa pergunta (com outras palavras), foi feita para o francês Jean-Yves Leloup, doutor em Filosofia, Psicologia e Teologia. Assisti duas das suas palestas que, como sempre acontece, são reveladoras dos seus profundos conhecimentos sobre religiosidade e espiritualidade. Antes de reproduzir a sua resposta, selecionei para esta mensagem estes dois entendimentos de Leloup:

1. O cientista pensa que a realidade é aquilo que ele conhece e tem a inteligência retida, detida por aquilo que ele sabe. O verdadeiro cientista sabe que o que ele conhece não é a realidade, mas a percepção que ele tem da realidade. O mesmo acontece com o psicólogo: o que ele pode interpretar como sintoma, não é a realidade da pessoa, mas é o que ele pode perceber dela através de seus padrões de leitura. E os padrões de leitura de um freudiano ou de um junguiano são diferentes.

2. Aquilo que não se explica é mais vasto do que realmente pode ser explicado. O que nós conhecemos é finito e o que nós não conhecemos é infinito.

Termino, com a resposta de Leloup à pergunta que foi feita acima para você, sobre o que podemos dizer sobre “transcendência”:

[Transcendência] é a experiência de um olhar que não é detido por aquilo que ele vê. É uma inteligência que não é detida por aquilo que ela conhece. De uma afetividade que não é detida por aquilo ela ama. De uma religião que não é detida por aquilo que ela acredita. A experiência da transcendência é manter o seu olhar, o seu coração e a sua inteligência no aberto. E a todo tipo de experiência dessa transcendência. Para alguns está na naureza, para outros é através de uma obra de arte, para outros através de um encontro humano; é quando a realidade, que é finita, se abre à realidade infinita e que a contém sem destruir a realidade finita.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2. As citações de Jean-Yves Leloup foram reproduzidas da sua entrevista publicana na edição 08 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(258) Sentindo como a leitura pode ajudar nas suas buscas de “autoconhecimento”.

“A LEITURA DE UM BOM LIVRO É UM DIÁLOGO INCESSANTE: O LIVRO FALA E A ALMA RESPONDE”
São palavras do romancista e ensaísta francês André Maurois (1885-1967). Foram escolhidas para iniciar esta mensagem sobre a possibilidade de se encontrar na leitura, uma proveitosa fonte de “autoconhecimento”. Aliás, esse foi um dos desejos que me levou a enriquecer esta nossa caminhada, dedicando-a, merecidamente, à escritora Lya Luft que, com a sensibilidade da sua alma, com o seu jeito humanista de escrever, mostra, com leveza de estilo literário, matizes significativas do nosso viver, com o mesmo encanto da beleza e da suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência (mensagem 001).

Através da “escrita” e da “leitura”, perpetuamos revelações de realidades do nosso mundo interior e exterior, muitas delas moldadas pelo nosso imaginário. A escrita é resultado de motivações sensórias e emocionais, de acordo com as significativas circunstâncias do nosso “sentir” e do nosso “viver”. É prova de que o efêmero não existe dentro de nós, porque as revelações e experiências do “agora” permanecem na memória do nosso inconsciente (mensagem 020). Por sua vez, a escrita da “sensibilidade da alma” transmite a essência das palavras que não estão nos dicionários, mas no coração. Ela surge de dimensões da nossa “subjetividade”, do nosso “sentir”, dos nossos estados de alma (mensagem 017).

Sobre a magia da “leitura”, gosto deste “sentir” de Paulo Freire:

– É PRECISO QUE A LEITURA SEJA UM ATO DE AMOR.

Para ajudar entender como a “leitura” pode atuar nas nossas buscas individuais de “autoconhecimento”, encontrei esta explicação da Psicóloga Claudia Maria França Pádua sobre os arquétipos de Jung, no seu consistente artigo “As profundezas do indivíduo”, publicado na edição 151 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala:

– A forma com que agimos é determinada pela percepção singular que temos do mundo, ou seja, como o nosso cérebro estrutura o mundo ao seu redor e o delimita. Algumas aptidões são inatas.

Ora, se é assim que elaboramos a percepção do mundo, entendo que as nossas “leituras” também são fontes preciosas de “autoconhecimento”. Nesse sentido, esclarece o médico e psicoterapeuta junguiano Carlos São Paulo, na sua análise sobre o conhecido livro “Como Curar um Fanático”, do premiado escritor israelense Amós Oz, falecido em dezembro de 2018:

– A leitura de uma obra literária pode nos levar a mergulhar nas águas profundas de onde emergem nossas emoções e processos imaginativos que geram um melhor conhecimento da natureza humana. Essa ação nos ajuda a estruturar o pensamento lógico para, em lugar das certezas, construirmos ideias que possam ser alteradas à medida que evoluímos. (…) O fanático é aquela figura singular que vive sem saber nada de si mesmo, longe da empatia e da imaginação, ingredientes citados por Amós como necessários para resolver conflitos quando queremos ser humanos.

Em seguida, complementa:

– A boa obra literária cria mais perguntas e deixa que os vazios sejam preenchidos pela singularidade de cada leitor. (…) É por meio dessas obras que compreendemos as matizes ou os arquétipos que nos levam a viver as emoções de um processo imaginativo, empático, que naturalmente se instaura em nós como efeito terapêutico da leitura de uma boa obra literária, como os clássicos.

Conclui o Doutor Carlos São Paulo:

– A psicodinâmica de um cliente nos faz entender o que se passa em seu universo interior, mas só com a linguagem das metáforas poderemos provocar-lhe a emoção do insight. A solução de Amós Oz para o homem sair dessa condição de fanático está em fazê-lo imergir nas suas profundezas por meio da literatura que carrega as metáforas poéticas, ou seja, utilizar-se da natureza da psique mostrada na forma como o inconsciente se expressa.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citação de parte da análise do Doutor Carlos São Paulo foram reproduzidas da sua coluna “divã literário”, publicada na edição 157 da Revista PSIQUE, da Editora Escala.
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Muita paz e harmonia espiritual.

( 257) Sentindo o escutar interior da nossa “Sensibilidade da Alma”.

“SAIBA QUE A PSIQUE TEM A SUA PRÓPRIA
FAMA, SEJA CONHECIDA OU NÃO, QUE
A ALMA PODE FLAMEJAR COMO PENAS DE UM PÁSSARO.
VISTA A SUA PRÓPRIA PLUMAGEM, BRILHANTEMENTE,
PARA QUE CADA ÁRVORE SEJA UMA CIDADE MARAVILHOSA”
São palavras de um dos versos da poesia “Prayer for My Son”, do poeta americano James Applewhite. Que belo poetizar que assemelha as imagens sensórias da psique humana às matizes dos encantos das plumagens dos pássaros, pelo fluir dos seus voos infinitos!

Esta mensagem me foi intuída por estes voos da “Sensibilidade da Alma” do astrólogo Oscar Quiroga:

1.O desejo de estar longe daqui, em outro mundo, é legítimo, porque é assim que a alma se motiva a começar um novo caminho. Considere, portanto, que você sente isso porque é necessário iniciar o processo de renovação.

2.CONTAR CONTOS. As histórias que tua alma tem para contar não se referem às tuas memórias pessoais, mas à maneira com que esse organismo inteligente e colossal que chamamos de Universo nos prepara para continuarmos a viagem infinita de percepção.
As histórias que tua alma tem para contar não se baseiam em experiências do passado, mas em ecos do futuro que se apresentam como pressentimentos, para preparar a realidade atual, de modo a chegarmos todos prontos a um tipo de condição que seria inimaginável, não fosse sentirmos o impulso de contarmos histórias, contos fantásticos que agregam dinamismo à nossa vida interior e nos abrem os olhos da alma a realidades que, se bem não entendemos completamente, pelo menos nos vamos sentindo familiares a elas. Contar contos é uma das atividades cósmicas de nossa humanidade.

No primeiro “sentir interior” de Quiroga, entendo que ele está se referindo aos nossos “desejos inconscientes” de conhecer um “outro mundo” no sentido de conquistas interiores de “novas realidades” que precisam ser despertas em nós (autoconhecimento), como condições de necessidades de crescimentos “existencial” e “espiritual”. São esses anseios da nossa “ALMA” que influenciam a nossa caminhada, mas sempre sujeitos às nossas liberdades conscientes de escolhas. Nas palavras de Quiroga, é o início de um necessário “processo de renovação” que está ao nosso alcance. Para mim, também é um subjetivo “sentir” que nos envolve em um interior estado de “plenitude espiritual” que, de modo inconsciente, influencia na idealização sensória dos nossos “propósitos de vida”.

Quanto ao segundo “sentir interior” de Quiroga, as projeções recebidas da nossa “Sensibilidade da Alma” não se referem [acrescento um “apenas] às nossas “memórias pessoais”, porque somos parte do Universo na condição de viajantes guiados por uma “infinita percepção”. Nessa viajem, recebemos “pressentimentos” [“intuições”, como acredito inclusive de transcendência espiritual] que preparam a nossa realidade atual.

Plagiando o belo “sentir” do poeta James Applewhite, convido você para flamejar esta nossa jornada para o “autoconhecimento” porque, como ensinou o filósofo PLATÃO:

– UMA VIDA NÃO QUESTIONADA NÃO MERECE SER VIVIDA.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações do astrólogo Oscar Quiroga, foram reproduzidas respectivamente do seu horóscopo semanalmente publicado na Revista Divirta-se Mais, do jornal Correio Braziliense, Ano 14, edições de 31 de março e de 05 de abril de 2019.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(256) Sentindo as necessidades interiores de mudanças e de aceitação.

“AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM MUDAR AS SUAS MENTES NÃO CONSEGUEM MUDAR NADA”
São palavras do dramaturgo, jornalista e romancista irlandês George Bernard Shaw (1856-1950), que em 1925 foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. Nesta jornada para o “autoconhecimento”, não posso deixar de citar este seu outro expressivo “sentir”:

– A VIDA NÃO É ENCONTRAR A SI MESMO. A VIDA É CRIAR A SI MESMO.

Esta mensagem me foi intuída logo após a leitura do excelente artigo da psicóloga Daniele Vanzan, sobre as mudanças e aceitação que devem ocorrer durante os acompanhamentos psicoterápicos. Destaco as seguintes considerações que no meu entender também se aplicam às nossas relações interpessoais:

1. Quando alguém não está satisfeito com alguma pessoa ou situação tem como única possibilidade de resolução trabalhar em sua mudança pessoal. A única forma de mudarmos o que não nos satisfaz no mundo exterior é modificar a maneira como reagimos ou lidamos com aquele desconforto. Pode ser que, a partir daí, ocorram mudanças no seu entorno e a situação perturbadora se altere. Mas, caso isso não ocorra, o maior interessado – a pessoa incomodada com a situação perturbadora – terá modificado pelo menos seu mal-estar em relação àquela situação e poderá reagir e sentir de forma diferente e extinguir unilateralmente o problema que estava aborrecendo ou causando desgaste.

2. Enquanto não aceito permaneço paralisado, bloqueado e insatisfeito. (…) Mas quando seria o caso em que necessitaríamos modificar a situação externa ou o caso de mudar algo interno em nossa estrutura? Acho que como passo inicial numa situação de sofrimento ou conflito, a parte sofredora deve buscar identificar o que nela precisa ser mudado para que possa lidar com aquela dificuldade de uma forma melhor.

3. Pagamos um alto preço tentando evitar ou negar a realidade. Pois além do desgaste e sofrimento que carregamos com a não aceitação, nos mantemos presos ao que tanto tentamos negar, tornando-o mais presente e atuante em nossas vidas. Hellinger, o pai das Constelações Familiares, costuma dizer que tudo o que excluímos ou negamos nos prende e o que aceitamos e incluímos em nossa vida nos deixa livres para seguir nosso caminho.

Certo é que nós vivemos duas subjetivas experiências sensórias: as da “realidade exterior”, de acordo com a nossa visão do mundo. As das imagens sensórias da nossa “realidade interior”, que segundo Freud e Jung são modeladas pelo inconsciente. Por sua vez, esclarece o físico austríaco Fritjof Capra no seu livro “Sabedoria Incomum”, lançado no Brasil em 1999, pela Editora Cultrix:

– O QUE ENXERGAMOS DEPENDE DO MODO COMO OLHAMOS; AS CONFIGURAÇÕES DA MATÉRIA REFLETEM AS DA NOSSA MENTE.

Volto à significativa afirmação de George Bernard Shaw:

– A VIDA É CRIAR A SI MESMO.

Pergunto para você:

– SOB O ENFOQUE DO CONTEXTO DESTA MENSAGEM, COMO PODEMOS CONDICIONAR O NOSSO “VIVER”, EM HARMONIA COM UMA DESEJADA “MUDANÇA” E “ACEITAÇÃO” DE NÓS MESMO?

Eu vou ajudar você encontrar a sua resposta, contando-lhe este “BELO” ensinamento:

– Perguntaram a um monge Zen: “O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?”
Ele respondeu: “Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço”.
E então lhe perguntaram: “O que você faz agora que se tornou iluminado?”
E ele respondeu: “Eu corto madeira e carrego água do poço”.
O questionador ficou confuso e disse: “Então, parece não haver diferença”.
O mestre disse: “A diferença está em mim. A diferença não está em meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. Sua importância mudou: a prosa se tornou poesia, as pedras se tornaram sermões e a matéria desapareceu completamente. Agora há apenas Deus e nada mais. Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana”.

Complemento:

– ATRAVÉS DAS CONHECIDAS PRÁTICAS DE “AUTOCONHECIMENTO”, FAVORECEMOS O DESPERTAR INTERIOR DAS NOSSAS NECESSIDADES DE “MUDANÇAS” E DE “ACEITAÇÃO” DE NÓS MESMOS.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citação do artigo da Psicóloga Daniele Vanzan foi reproduzida da Edição 156 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala; o ensinamento Zen, foi copiado do livro “A jornada de ser humano”, de OSHO, lançado no Brasil pela Editora Academia, com tradução de Magda Lopes.
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Muita paz e harmonia espiritual.

(255) Sentindo nos acontecimentos, uma fonte de prática de “autoconhecimento”.

“O DESTINO É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA”
São palavras do escritor Augusto Cury. Não sei em que contexto elas foram usadas, mas concordo que todos nós temos oportunidades de escolhas para ressignificar o fluir do nosso “viver”. Por intuição, foram escolhidas para esta mensagem sobre certos acontecimentos que nos surpreendem e são aparentemente inexplicáveis em termos de causalidades convergentes. Inicio, com esta bela reflexão do astrólogo Oscar Quiroga, seguida da previsão do signo de Escorpião, no seu horóscopo publicado na edição nº 20.380, do dia 9 deste mês, do Jornal Correio Braziliense:

– Diminui radicalmente a importância que outorgas ao que te acontece ou te aconteceu. Começa, a partir de agora, a dar mais importância às decisões que tomas intimamente a respeito dos acontecimentos, porque é nessa atitude que encontrarás a potência cosmogônica da criatividade, que é inerente ao fato de seres humano. Observa que o impacto que os acontecimentos exercem sobre ti não está na natureza desses, mas em como os recebes e no significado que lhes outorgas e que orienta a interpretação que fazes da realidade. Usa tua força criativa para te reinventar, procura fazer o exercício de interpretar de outra forma os acontecimentos que te assombram ou te exaltam. Isso te ajudará a ampliar teu repertório de ações e reações e, como resultado, ampliarás também tua liberdade de escolher. Escorpião: Todos os ingredientes que são necessários para compor a receita da construção do destino que sua alma pretende, todos estão presentes, todos estão disponíveis. Só falta você os aproveitar devidamente.

Desse “sentir de Quiroga, destaco e peço a sua atenção para este sugestivo ensinamento de prática de “autoconhecimento” (vindo de fora, para dentro de nós):

– Observa que o impacto que os acontecimentos exercem sobre ti não está na natureza desses, mas em como os recebes e no significado que lhes outorgas e que orienta a interpretação que fazes da realidade. Usa tua força criativa para te reinventar, procura fazer o exercício de interpretar de outra forma os acontecimentos que te assombram ou te exaltam.

Se você relaciona ao “acaso”, o nosso “destino” e muitos dos “acontecimentos” que nem sempre encontramos uma satisfatória explicação de causalidade, recomendo a leitura da menagem 027.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(254) Sentindo o perpetuar infinito da nossa essência espiritual.

“NO INCONSCIENTE, CADA UM DE NÓS ESTÁ CONVICTO DE SUA IMORTALIDADE”
São palavras de Freud, em “De guerra e morte: Temas de atualidade” (OC 14, 1915). Foram escolhidas para iniciar esta mensagem que foi motivada pela leitura deste “sentir” do astrólogo Oscar Quiroga:

– “Retidão e continuidade”
Enquanto tu arquitetas a experiência de vida sobre a base de que tudo é temporário e encontra seu fim inevitável, o Universo do qual tu és feito trabalha com a continuidade. O fundamento disso misterioso que chamas de espiritualidade consiste em te alinhar a esse processo de continuidade, fazendo com que entre tua vida interior e a exterior não haja interrupções, assim como também teus atos tenham em vista produzir efeitos para que teus semelhantes e toda a natureza objetiva e subjetiva do planeta Terra sejam influenciados por essa continuidade. Essa é a essência da retidão, a qual talvez tu imaginaste ser uma severa condição moral de abstinência de ações erradas. Não é isso. Retidão é tua presença ser um foco irradiador do processo eterno e infinito de continuidade. Deu para entender?

No segundo dia depois da publicação dessa reflexão Quiroga, volta a falar sobre “continuidade” com este enfoque:

– “O mistério da espiritualidade”
Amplia tua percepção para além de ti e de tuas necessidades particulares e conhecerás o mistério da espiritualidade. Enquanto tua percepção for autocentrada, tua presença predará a natureza e antagonizará com os semelhantes do teu mesmo reino, porque é pela ferrenha oposição que o ensimesmamento se manifesta. Atreve-te a ir além de ti e conhecerás o mistério da continuidade, a verdadeira realidade do Universo em que te movimentas e experimentas ser. Começos, meios e fins, é isso que conheces e percebes enquanto não te atreves a ir além de ti. Ousa ir além dessa limitada percepção, treina teu sentido interior para conhecer a eternidade da qual teus átomos físicos e sutis são feitos. Isso está ao teu alcance, mas não obterás essa percepção automaticamente, tu terás de lutar para a desenvolver.

Observa-se que nessa segunda mensagem, Quiroga condiciona o conhecimento das nossas ainda desconhecidas experiências infinitas de “espiritualidade”, à uma prática de “percepção” que não seja essencialmente “autocentrada” em termos de abrangência do seu “alcance sensório”. No meu entender, esse “exercitar” também é busca de “autoconhecimento”. Segundo Quiroga, nós devemos nos libertar do “transitório” para melhor entender as nossas “necessidades espirituais” (pretéritas e futuras), por meio da perspectiva de um fluir de “continuidade” pelo ciclo infinito do nosso “existir espiritual”. Nesse sentido, gosto desta explicação de OSHO no seu primeiro livro da série “Questões Essenciais”, com o título “Destino, liberdade e alma”, lançado no Brasil pela Editora Academia, com tradução de Magda Lopes:

– O HOMEM É UMA BUSCA – NÃO UMA PERGUNTA, MAS UMA BUSCA. UMA PERGUNTA PODE SER RESOLVIDA INTELECTUALMENTE, MAS UMA BUSCA TEM DE SER RESOLVIDA EXISTENCIALMENTE. (…) É UMA BUSCA PORQUE AS PERGUNTAS SÃO SOBRE OS OUTROS. UMA BUSCA É SOBRE SI MESMO. O HOMEM ESTÁ BUSCANDO A SI MESMO.

Nesta jornada para o “autoconhecimento” (também inspirado na subjetividade dos ensinamentos de astrologia de Quiroga), já fiz referência à necessidade de como nós devemos entender” a “transitoriedade” em nossas vidas. Assim manifestei parte do meu entendimento (mensagem 241):

– Todos nós devemos vivenciar os resultados da integração da nossa “conexão interior” com os eventos manifestos de “transitoriedades”, como sendo estímulos sensórios de “expansão de consciência”. O ser humano está inserido em dimensões de ciclos permanentes de mudanças. Somos espectadores das nossas realidades. Nelas, as nossas percepções estão sujeitas ao modo como interagimos em todos os sentidos do nosso “viver” (inclusive no espiritual).

Termino, com este verso de um poema da escritora polonesa Wislawa Szymborska (1923-2012):

Não existe vida
que, ainda que por um instante,
não seja imortal.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As duas citações do astrólogo Oscar Quiroga foram reproduzias do seu horóscopo publicado, respectivamente, na Revista “Divirta-se mais”, de 01/03/2019 e na edição nº 720, Ano 14, de 03/03/2019, da Revista do Correio Braziliense.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(253) Sentindo o poder da nossa “imaginação”.

“IMAGINE UMA NOVA HISTÓRIA PARA A SUA VIDA E ACREDITE NELA”
São palavras do escritor Paulo Coelho. Foram escolhidas para iniciar esta mensagem, cuja essência subjetiva do seu enfoque será o poder da “imaginação”, também aplicado nas nossas buscas de “autoconhecimento”.

O alcance das projeções mentais da nossa capacidade de “imaginar”, é atemporal. Suas imagens são “elaboradas” e “modeladas” pelos estímulos sensórios recebidos de percepções mentais de naturezas diversas, com significados que emergem dos nossos processos cognitivos de interpretações de experiências passadas ou de “realidades imaginárias” que ainda não foram por nós vivenciadas. Paulo Coelho, por exemplo, está se referindo à idealização de uma possível futura “realidade de vida” que melhor atenda aos nossos anseios de realizações. Uma nova e desejada “história de vida” que precisa ser fortalecida pelo nosso “acreditar”. Aliás, pelo fluir da vida, nós devemos “acreditar” em tudo que “queremos” conquistar. Precisamos “acreditar” na magia do “AMOR”; em uma “consciência transpessoal”; na “transcendência” da nossa psique; em si mesmo; no despertar da descoberta da nossa “potencialidade interior” através das conhecidas práticas de “autoconhecimento”. Mas há um outro “acreditar” que precisa ser por todos nós buscado: o de um “propósito espiritual” para o nosso “viver”.

Sobre as nossas “realidades imaginadas”, gosto desta sabedoria contada pela jornalista norte-americana Catherine Ingram, que se dedica aos estudos sobre espiritualidade:

– Uma vez um amigo meu, de seis anos de idade, me perguntou: Finge que você está cercada por mil tigres famintos. O que você faz? Eu visualizei a situação sugerida por ele e, sem conseguir chegar a um plano de ação viável, eu disse: “Poxa, não sei. O que você faria?” E ele respondeu: Eu parava de fingir.

Concordo com este “sentir” da escritora Lya Luft, para quem dediquei esta jornada para o “autoconhecimento”(mensagem 001):

– EU ATÉ ACHO QUE A REALIDADE NÃO EXISTE: EXISTE O QUE NOS CRIAMOS, SENTIMOS, VEMOS OU SIMPLESMENTE IMAGINAMOS.

Pergunto:

– COMO DEVEMOS USAR A “IMAGINAÇÃO”?

Sugere o astrólogo Oscar Quiroga, no seu horóscopo publicado no jornal Correio Braziliense, edição 20.352 do dia 9 deste mês:

– Procura equilibrar tua imaginação e a execução do que imaginas, porque muito imaginar e pouco fazer te congestiona, ao passo que muito fazer e pouco sonhar te torna uma pessoa vazia. Se fosse para existires com a alma completamente voltada à imaginação não teria havido necessidade de nasceres num corpo físico, poderias continuar do outro lado, sem corpo, apenas imaginando. Se fosse para existires exclusivamente em ação, não terias alma, esse ser interior que pensa os pensamentos e deseja os desejos, mas tu pensas e desejas e isso acontece na vida subjetiva. É na constante tentativa de equilibrar tua alma e tua personalidade, teu ser e teu estar no mundo, que encontrarás alegria e plenitude. Nem tanto para lá nem muito para cá, é no instável equilíbrio que nossa humanidade encontra sua razão de ser.

Quiroga ensina que em relação ao alcance dos nossos objetivos, devemos aprender equilibrar o potencial de criação do nosso “imaginário”. Nós temos liberdade para “imaginar” o que desejamos. Mas é preciso saber direcionar essa capacidade, conhecendo as nossas “necessidades interiores”. O que não podemos é ficar vivendo em função da “imaginação”, sem exercitá-la em benefício próprio.

Por meio das conhecidas práticas contemplativas de “autoconhecimento”, temos condições de “sentir” e também “imaginar” um silencioso envolvimento de harmonização interior de equilíbrio e integração do nosso corpo, mente e espírito (mindful). Os caminhos são muitos. Destaco o da “Meditação Vipassana” e do “Yoga”. O primeiro, como esclarece o consagrado escritor Yuval Harari (autor dos best-sellers “Sapiens”) é “uma técnica baseada na percepção de que o fluxo da mente está intimamente ligado às sensações corporais”(mensagem 225). O do “Yoga”, ensejou esta explicação da doutora Camila Ferreira Vorkapic, com formação em Psicologia pela UFRJ:

– Uma das principais características de práticas contemplativas, como o yoga, é a ênfase dada ao processo de se tornar mais atento às sensações corporais, às experiências sensoriais e aos próprios pensamentos. O aumento da percepção do corpo e dos processos mentais (atenção) pode ser benéfico não só do ponto de vista cognitivo, mas para a saúde e para a autorregulação, pois reflete uma melhor habilidade em observar sinais do corpo e da mente sem se envolver com eles.

Termino, com este “sentir” do cientista e cosmólogo Carl Sagan:

– A IMAGINAÇÃO MUITAS VEZES CONDUZ-NOS A MUNDOS QUE NUNCA FOMOS, MAS SEM ELA NÃO IREMOS A NENHUM LUGAR.

Se você gostou desta mensagem, use o poder do seu imaginário para conhecer o “BELO” das projeções sensórias da sua “realidade interior”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citações da jornalista Catherine Ingram e da doutora Camila Ferreira Vorkapic foram reproduzidas das abordagens sobre “O despertar do entendimento” e “Acalmando as pequenas mentes”, respectivamente publicadas nas Revista SOPHIA, Ano 15, n. 69 – Set/Out de 2017, da Editora Teosófica, e PSIQUE, N. 117, da Editora Escala.
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Muita paz e harmonia espiritual.

(252) Sentindo como vivenciar a realização dos nossos desejos.

“DOMINA O QUE TE DOMINA”
São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, iniciando o seu horóscopo publicado na Revista “Divirta-se Mais” do jornal Correio Braziliense, edição de 18 de janeiro deste ano.
Esta é a décima segunda vez que ele enriquece a nossa jornada para o “autoconhecimento” (mensagens anteriores: 097, 122, 149, 152, 153, 154, 184, 196, 212, 248 e 251). Quiroga estuda e pratica os ensinamentos da “Astrologia dos Sete Raios”, baseada no entendimento de que nós estamos conectados com algo maior, definido por ele como sendo “um complexo sistema de distribuição de vida, sejam galáxias, sistemas solares, reinos da natureza ou a própria humanidade”. Talvez a predominante subjetividade das suas previsões seja explicada pela sua formação, diferente dos conhecidos horóscopos individuais baseados nas técnicas das astrologias horária e eletiva. Sobre essa conexão superior esclarece o astrólogo Paul Newman, no seu artigo “Astrologia e destino”, publicado na Revista SOPHIA, n. 61, Ano 14, lançada no Brasil pela Editora Teosófica:

– Nossos destinos individuais estão ligados a destinos coletivos maiores. A astrologia ensina que quanto mais indivíduos compreenderem quem realmente são, ao que estão ligados e o que vieram fazer aqui, mais rapidamente o destino de toda humanidade poderá avançar. (…) A astrologia sugere que existe um modo de compreender como tudo está conectado, por meio dos padrões relacionados ao cosmo. Assim como cada planta, flor, árvore e lugar tem uma energia que se relaciona a um planeta, alguns planetas serão mais pessoalmente benéficos a você do que outros; alguns favorecerão seu destino mais do que outros. Caráter, regulação do tempo e momentos de destino não pertencem necessariamente apenas aos indivíduos.

As palavras que iniciam esta mensagem, estão inseridas neste contexto que foi assim explicado por Quiroga:

– DOMINA O QUE TE DOMINA.
Faz o que desejas até descobrires que, acima de teus desejos estão as necessidades. Só então começarás a experimentar a verdadeira liberdade, porque podes te convencer de que se fazes o que desejas és livre, mas na prática só fazes o que os desejos te mandam fazer. Quem deseja os desejos? Ao começares a responder esta pergunta entenderás a nada sutil diferença entre a natureza dos desejos e a necessidade que os faz existir. Enquanto isso, terás de aproveitar a experiência concreta entre o céu e a terra, que te açoita com imprecisões e equívocos, te brindando com suporte para que lapides teu discernimento e, assim, dominares o que te domina. É legítimo desejar e tentar realizar o que desejas. Melhor ainda é dominar o que te domina.

Reconheço que esse expressivo texto, subjetivamente sugestivo de prática de “autoconhecimento”, não é de fácil compreensão. Depois de detidas leituras, deduzi o seguinte:

1.”Faz o que desejas até descobrires que, acima de teus desejos estão as necessidades. Só então começarás a experimentar a verdadeira liberdade, porque podes te convencer de que se fazes o que desejas és livre, mas na prática só fazes o que os desejos te mandam fazer.”

Como interpreto: Sempre considerei serem os nossos “desejos” um chamado interior de natureza mais inconsciente do que consciente, porque as suas origens são de “necessidades” existenciais e/ou espirituais que podem ser “despertas” em nós. Para o efeito de percepção interior, a motivação inconsciente de um “desejo” vem de dentro para fora, moldando-se, quando for o caso, aos estímulos sensórios recebidos das nossas realidades exteriores. Não devemos mensurar o alcance dos resultados dos “desejos” apenas pelos significados das palavras, mas, também, em sintonia com o escutar dos nossos corações. Os “desejos” são manifestações de vontades de um “querer” ou de um “não querer”. Nesses dois tipos, antes dos seus possíveis objetivos serem alcançados, nós não temos condição de avaliar as “consequências subjetivas” que vamos experienciar em termos de satisfação completa. Ao afirmar que podemos ser dominados pelos “desejos”, Quiroga entende que acima deles estão as nossas “necessidades”, sejam de que natureza forem. Considero importante essa sua explicação, porque em termos de alcance de satisfação plena nem sempre o que nós desejamos atende ao que estamos precisando. Ele inclusive reconhece que simplesmente “fazer o que os desejos nos impulsiona fazer”, sem conhecer as “necessidades” a eles relacionadas, pode nos proporcionar uma sensação enganosa de “liberdade” (neste sentido, entenda-se quando se afirma: “finalmente fiquei livre”). Mas Quiroga sustenta que o conhecimento da “verdadeira liberdade” só surge para nós quando estamos convencidos de que temos “necessidades” que podem estar vinculadas a muitos dos nossos “desejos” de realizações. Concordo com ele, porque a nossa sensação de “liberdade” não se resume na realização dos nossos “desejos”. Por sua vez, também entendo que nós podemos ficar dominados pelos nossos “desejos”, justamente porque quando eles são realizados nos proporcionam um consciente sentimento de “prazer de conquista”. O que não devemos é ficar escravizados pelos nossos “desejos” considerados irresistíveis. É o caso de uma pessoa que não pode comer doces, mas não consegue se livrar do seu “desejo” de consumi-los. Essa sua vontade sem controle, cria para ela um consequente estado de “dependência”.

2.Quiroga pergunta: “Quem deseja os desejos?”.

Como interpreto: Todos nós temos definidas as nossas singularidades interiores de “necessidades”(inclusive de natureza espiritual). Mas entendo que não somos nós que de modo consciente determinamos o que desejamos. Talvez seja por essa razão que Quiroga afirma existir uma diferença nada sutil “entre a natureza dos desejos e a necessidade que os faz existir”. Para ele, é legítimo “desejar” e “realizar” o que nós desejamos”, mas precisamos aprender a “lapidar” o nosso discernimento e, assim, conseguir dominar o que nos domina. É desse modo que podemos compreender os nossos “desejos”. Isso é prática de “autoconhecimento”, de buscas interiorização. É nesse sentido que devemos entender esse “lapidar o nosso discernimento” e, assim, nos libertar do domínio de alguns “desejos”. Com esse ensinamento de Quiroga, nós vamos aprender que a realização dos “desejos” realmente nós dá o “prazer de conquista”, mas não “liberdade” porque podemos ser escravizados por eles. Certo é que o “desapego” dos “desejos”, realizados ou não, é atitude consciente que favorece o fluir das nossas “necessidades”, inclusive as de “essência espiritual” que nesta, dimensão de vida, precisam ser por nós “sentidas” por meio das conhecidas práticas de “autoconhecimento”.

Termino esta mensagem, com este belo “sentir” do pintor Vicent Van Gogh (1853-1890), que dizia:

– QUANDO SINTO UMA NECESSIDADE DE RELIGIÃO, SAIO À NOITE PARA PINTAR AS ESTRELAS.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

(251) Sentindo como devemos entender a transitoriedade, em nossas vidas.

“TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES, MAS ENTENDA QUE ESSAS SÃO TEMPORÁRIAS, APESAR DE PARECEREM DEFINITIVAS. POR ISSO, NÃO SE ESTENDA NOS JULGAMENTOS QUE FIZER INTIMAMENTE DAS PESSOAS NUM DIA COMO HOJE. É TEMPORÁRIO”
São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, para um dos signos do seu horóscopo publicado na edição de 25 de dezembro do ano passado, do jornal Correio Braziliense. Foram escolhidas para esta mensagem, porque o modo como recebemos ou reagimos aos estímulos sensórios das nossas interações com a “transitoriedade”, também são valiosas fontes subjetivas de “autoconhecimento” que merecem a nossa atenção. Nesse sentido, a criação de “imagens simbólicas” elaboradas com a sensação de “transitoriedade” (sejam de que natureza forem), são experiências subjetivas que através dos nossos sistemas cognitivos de “percepção” podem produzir significativos efeitos de interpretação interativa (inclusive nas nossas relações interpessoais). Isto porque, como esclarece a médica colombiana Julieta Guevara, com especialização em Psiquiatria pela UFRJ, “no ser humano, a capacidade de simbolização permite atribuir um valor emocional a várias situações, coisas ou vivências”. Por sua vez, ao ser perguntado sobre como o cérebro humano gera a consciência e articula a concepção de mundo de cada pessoa, respondeu o professor de neurociência, Vasco Manuel Martins do Amaral:

– O cérebro mantém suas áreas em prontidão e apoio entre si, interagindo pelas necessidades ou solicitações externas e internas. (…) Quanto ao que se refere à consciência e à mente, nos seres humanos, podemos afirmar que o cérebro aprende em áreas diferentes com os estímulos do ambiente, que aspectos culturais e bases genéticas podem potencializar ou restringir habilidades.

Todos nós devemos vivenciar os resultados da integração da nossa “conexão interior” com os eventos manifestos de “transitoriedades”, como sendo estímulos sensórios de “expansão de consciência”. O ser humano está inserido em dimensões de ciclos permanentes de mudanças. Somos espectadores das nossas realidades. Nelas, as nossas percepções estão sujeitas ao modo como interagimos em todos os sentidos do nosso “viver” (inclusive no espiritual). Esclarece o psicólogo junguiano Thiago Domingues, concordando com o entendimento de Fritjof Capra, no seu livro “Sabedoria Incomum”, que em 1999 foi lançado no Brasil pela Editora Cultrix:

– Ao mudarmos a percepção sobre uma realidade, ela também muda, pois “o que enxergamos depende do modo como olhamos; as configurações da matéria refletem as da nossa Mente” (Capra).

Ora, se antecedendo uma determinada contemplação nós podemos direcionar um sentido para a percepção das nossas realidades, entendo que também, de modo consciente, podemos preestabelecer (para nós mesmos) o alcance de um desejado significado para as nossas futuras experiências de “transitoriedades”, mas desde que estejam condicionadas às nossas prévias escolhas de aceitação. Com esmerada clareza de estilo, explica a doutora Daniela Benzecry no seu belo livro “Sentimentos, valores e espiritualidade”, lançado no Brasil pela Editora VOZES:

– A visão de mundo de um indivíduo pode estar relacionada a diversas crenças pessoais, aspectos culturais e do espírito da época, mas é sempre subjetiva e individual. (…) A visão de mundo individual é importante a cada instante, a cada escolha – pequenas e grandes -, ela nos guia e é revelada pelo sentimento, o responsável pela valoração.

Segundo Freud, nos vemos o mundo orientados pelo “inconsciente” e não pela racionalidade cartesiana. As imagens do inconsciente são “atemporais”, porque pertencem à nossa realidade psíquica interna. Assim podemos reviver os acontecimentos do nosso passado, que permanecem memorizados com a mesma intensidade de valoração de significados.

Termino esta mensagem, recomendando a leitura do primoroso texto de Freud “Sobre a Transitoriedade”, que resumo nestes termos:

Freud conta uma caminhada feita no verão, acompanhado de dois amigos. O mais jovem era um poeta e admirava a beleza do cenário, que para ele deixaria de existir com a chegada do inverno. Sem a beleza natural que estavam vivenciando, tudo perderia o seu valor de encanto pela “transitoriedade”. Ao contrário, Freud entendia ser impossível que toda essa beleza da Natureza e da Arte, do mundo de nossas sensações e do mundo externo, realmente venha a se desfazer em nada. De uma maneira ou de outra, a beleza deve ser capaz de persistir e de escapar a todos os poderes de destruição. No texto, ele afirma que não deixou de discutir o ponto de vista do seu amigo poeta, de que a “transitoriedade” do que é belo implica na perda de seu valor. Segundo Freud,ao contrário, implica em um aumento porque “O VALOR DA TRANSITORIEDADE É O VALOR DA ESCASSEZ NO TEMPO”. Assim, era incompreensível que o pensamento sobre a “transitoriedade” da beleza interferisse na alegria que dela derivamos. Quanto à beleza da Natureza, cada vez que é destruída pelo inverno, retorna no ano seguinte, do modo que, em relação à duração de nossas vidas, ela pode de fato ser considerada eterna. Uma flor que dura apenas uma noite, nem por isso nos parece menos bela. Para Freud, o valor de toda essa beleza e perfeição é determinado somente por sua significação para a nossa própria vida emocional; não precisa sobreviver a nós, independendo, portanto, da duração absoluta. Freud conclui o seu belo e expressivo texto fazendo considerações sobre “o luto pela perda de algo que amamos ou admiramos”.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações dos entendimentos do professor de neurociência Vasco Manuel Martins do Amaral e do psicólogo Thiago Domingues, foram reproduzidas respectivamente das edições 147 e 154 da Revista PSIQUE, da Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

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