(290) Sentindo que podemos criar as nossas realidades, mesmo durante a pandemia do coronavírus.

“A PRIMEIRA CONDIÇÃO PARA MODIFICAR A REALIDADE CONSISTE EM CONHECÊ-LA.”
São palavras do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015). As nossas “realidades interiores” são representações subjetivas elaboradas pela natureza dos significados recebidos das nossas interações emocionais de envolvimentos. Explica a médica clínica e analista junguiana, Daniela Benzecry, no seu livro “Sentimentos, valores e espiritualidade”, lançado no Brasil pela Editora VOZES, que recomendo para os interessados no “conhecimento de si mesmo”, com o meu aval de leitura obrigatória:

– Os sentimentos e as emoções pesam nas nossas escolhas e, por conseguinte, em nossos comportamentos e no modo como nos adaptamos à realidade. Embora costumemos ver no mundo externo a causa para o que sentimos, o mundo externo não é a causa em si, funcionando mais como uma oportunidade dos sentimentos surgirem, pois o sentimento é uma função de relação. É necessário haver a interação do mundo interno com o mundo externo ou com um conteúdo interno para que o sentimento ocorra. (…) A realidade externa funcionaria como a tela em que o mundo interno é projetado por meio da emoção deflagrada no encontro com o mundo externo, e a vivência consciente daquela emoção produziria o sentimento.

Estou convencido de que quando sentimos a vida com a “Sensibilidade da Alma”, espelhamos para todos a energia dos nossos sentimentos. Vejam estas manifestações do imortal gênio da pintura, Pablo Picasso (1881-1973):

NA FASE AZUL E ROSA (1901-1906) – Tudo o que faço relacionado com a arte dá-me a maior alegria. O artista é como um receptáculo de sentimentos que vêm de toda a parte: do céu, da terra, de um pedaço de papel, de uma figura que passa, ou de uma teia de aranha. Por isso não devemos fazer diferenças. Quando estão em causa coisas, não há diferenças de classe. Temos de procurar o que é bom para o nosso trabalho e isto em toda parte, excepto no nosso próprio trabalho. Copiar-me a mim próprio horroriza-me.

NA FASE DO CUBISMO (1907-1917) – Damos à forma e à cor o significado que lhes compete, tanto quanto nos é permitido reconhecê-lo; nos nossos temas mantemos a alegria da descoberta, o prazer do inesperado; o nosso tema em si deve ser uma fonte de interesse. Mas para quê relatar o que fazemos, se qualquer pessoa que queira o pode ver?

Pergunto:

– COMO PODEMOS CRIAR NOVAS REALIDADES, PARA NOS AJUDAR NA SUPERAÇÃO DOS MOMENTOS DIFÍCEIS DESTA PANDEMIA?

Os benefícios alcançados com as nossas experiências de vida, sejam de que natureza forem, sempre que possível são comprovados por um interior e necessário “CONHECIMENTO” focado no reconhecimento pessoal das nossas necessidades de completudes (muitas delas, subjetivas). É assim que nós devemos “ressignificar” os nossos propósitos de vida em todos os sentidos, inclusive no espiritual.

I) COMO RESPONDER A PERGUNTA ACIMA: – Criar para nós realidades é decisão pessoal de escolha. Não existe uma fórmula para serem alcançados os nossos desejos de mudanças. Somos seres únicos, com suas definidas singularidades de “preferências”, de “agir” e de “querer”. Nós precisamos “ACREDITAR” que podemos “criar” novas “realidades” que favoreçam o nosso “bem estar” e, principalmente, o nosso “equilíbrio emocional” em todas as circunstâncias do nosso “viver”.

II) COMO CONHECER AS NOSSAS REALIDADES: – Para o filósofo francês Henri Bergson (1859-1941), existem dois tipos de conhecimento. O “conhecimento relativo” (que é o chamado “conhecimento intelectual”, o do uso da razão) e o “conhecimento absoluto” (que é o conhecimento da nossa “percepção intuitiva”). Bergson sustentava que a nossa “apreensão intuitiva” (também por ele chamada de “percepção intuitiva”), é a forma de “conhecimento” que nos mostra como “tudo” realmente é; e não como para muitos aparenta ser. Bergson concebia a nossa “intuição”, como fonte interior de “transformação”. De acordo com o meu “sentir”, o “conhecimento intuitivo”, quando manifesto “em nós”, é “EXPANSÃO DE CONSCIÊNCIA”. Talvez seja por isso que Bergson considerava ser a “intuição” uma “faculdade do espírito”.

III) O PODER DA NOSSA “PERCEPÇÃO INTUITIVA: – Gosto e concordo com este entendimento do psicólogo junguiano Thiago Domingues: É importante e necessário, recuperar a intuição como função da consciência e fazer prevalecer os sentidos da [nossa] conexão interior. No seu artigo “A percepção da Realidade”, ele afirma de modo conclusivo que “se nós podemos mudar a percepção sobre uma realidade, ela também muda” pois, segundo o físico e escritor austríaco Fritjof Capra, “o que enxergamos depende do modo como olhamos; as configurações da matéria refletem as de nossa mente”.

IV) SOBRE O NOSSO SENTIR COM A “SENSIBILIDADE DA ALMA”: – O “despertar” do nosso “sentir” a vida com a “Sensibilidade da Alma”, intensifica a valoração subjetiva das nossas “realidades”. Vejam este sentimento de Fernando Pessoa:

“AS VEZES OUÇO PASSAR O VENTO; E SÓ DE OUVIR O VENTO PASSAR, VALE A PENA TER NASCIDO.”

Termino esta mensagem com esta explicação do neurocientista António Damásio, sobre o alcance da plenitude do nosso contemplar o mar com a “Sensibilidade da Alma”:

QUANDO OLHAMOS PARA O MAR, NÃO VEMOS APENAS O AZUL DO MAR, SENTIMOS QUE ESTAMOS A VIVER ESSE MOMENTO DE PERCEPÇÃO.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações de Pablo Picasso e a do Psicólogo Thiago Domingues foram respectivamente reproduzidas do livro “PICASSO’, de Ingo F. Walther, lançado no Brasil pela Editora alemã Taschen; e do artigo “A percepção da Realidade”, publicado na edição n.154 da Revista PSIQUE, da Editora Escala.
dos artigos do psicólogo Daniel Lascani e do doutor Carlos São Paulo foram reproduzidas, respectivamente, das edições ns. 143 e 129 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(289) Sentindo a necessidade de criar um sentido simbólico para o tempo do nosso existir, nesta pandemia.

“PARA MIM, O IMPORTANTE EM POESIA É A QUALIDADE DA ETERNIDADE QUE UM POEMA PODERÁ DEIXAR EM QUEM O LÊ SEM A IDEIA DE TEMPO.
São palavras do poeta espanhol Juan Ramón Jiménez (1881-1958), que em 1956 foi merecidamente laureado com o Nobel de Literatura. Nestes momentos difíceis da pandemia, tenho buscado refúgio na sua sensibilidade poética. Ela me fortalece e tem me ajudado acreditar no “despertar” de um novo renascer “pós-pandemia”, com mais união e solidariedades humanistas. Jiménez é um dos meus preferidos poetas estrangeiros, porque temos muitas identidades no nosso modo de sentir o “BELO” e de vivenciar a abstração ilusória da “passagem do tempo” em nossas vidas. Para ele, o que importa nas suas poesias é a eternidade das suas permanências sem condicionamento de temporalidade. Para mim (que também considero ser ilusória a passagem do tempo), eternidade é uma sensação de perpetuação sensitiva de um “para sempre atemporal” dos nossos sucessivos “agora” que novamente podemos vivenciar, assim como são, para nós, as imagens simbólica da linguagem do nosso psiquismo inconsciente.

De acordo com o filósofo francês Henri Bergson (citado pelo Psicólogo Daniel Lascani, no seu artigo “Eixo Mente-Tempo”), o tempo é um fenômeno mental e não espacial. É apenas uma percepção humana, uma construção psicológica. A consciência, através da memória, produz o tempo passado e, também, a noção de tempo futuro. Qualquer lembrança está presente, podendo ser atualizada em nosso cérebro, relativamente, em qualquer momento. O passado é representado por nossas lembranças, memórias, conhecimentos, habilidades, razões; nosso futuro são nossas esperanças, encantamentos, ansiedades, criações e emoções. Já o presente é apenas um constante sentir, através da consciência. Nossa mente cria essa divisão cartesiana entre passado, presente e futuro, que denominamos de tempo.

Complementa o doutor Daniel Lascani, pós-graduado em Psicologia Junguiana pela PUC-Rio:

– A psique humana consegue, claramente, observar que o presente está sempre passando, que o passado está sempre presente, se acumulando, e que o futuro é um tempo presente que está sempre chegando, em cada instante no contínuo espaço-tempo. Tudo é um constante tempo presente. Temos percepções produzidas, relativamente, pela nossa memória. Para uns, um dia pode passar rápido, para outros, nem tanto, dependendo do eixo mente-tempo que também se relativiza, inconscientemente, em cada um.

Gosto desta explicação do médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo:

– Somos a ponte entre a percepção do mundo em nosso entorno – o mundo da luz – e o da percepção inconsciente – o mundo das trevas. Como resultado temos a imagem do mundo em que vivemos, o qual nos orienta na adaptação da nossa realidade. O mundo da luz nos deixa alheios ao que acontece na escuridão da alma, mas é na combinação dessas duas condições que nasce o “espírito do tempo”. O filósofo Hegel difundiu zeitgeist como o “espírito do tempo”. Trata-se da alma de uma época que se expressa no clima intelectual e cultural do mundo. (…) Estamos entre o “espírito do tempo” e o “espírito das profundezas”. Para dialogar com essas condições, precisamos respeitar nossas figuras da imaginação e saber dar sentido simbólico a esses acontecimentos para que o eu consciente possa acolhê-lo. Essa é a tarefa que faz o homem perceber seu ritmo interior e seguir o seu caminho único. Marchar com o seu ritmo pessoal, resistindo bravamente ao barulho infernal dos tambores que rufam lá fora. Esse é o desafio para evoluir.

Pergunto:

NO PÓS-PANDEMIA, QUAL SERÁ O “SENTIDO SIMBÓLICO” DO SEU ATUAL EXISTIR?

O meu está sendo construído com a mesma esperança do timoneiro que, navegando pelas águas agitadas desta pandemia, acredita na chegada da sua embarcação em um porto seguro em águas tranquilas dos novos mares das nossas vidas. Será quando, livres do covid-19 nunca vamos esquecer deste “sentir” de Juan Ramón Jiménez.

“MARES”
Sinto que o meu barco
encontrou algo grande
lá no fundo.
E nada acontece!
Nada…
Silêncio… Ondas…
Nada acontece?
Ou tudo aconteceu
e estamos tranquilos no novo…

Notas:
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2.As citações dos artigos do psicólogo Daniel Lascani e do doutor Carlos São Paulo foram reproduzidas, respectivamente, das edições ns. 143 e 129 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala.
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Muita paz e harmonia espiritual.

(288) Sentindo, para o pós-pandemia, que temos “olhares interiores” para reinventar as nossas emoções.

“OS HOMENS TÊM MUITOS OLHARES. MAS OS HOMENS TRISTES TÊM SEMPRE NOS OLHOS AS NEBLINAS DE INVERNO QUE DEIXAM AS GAIVOTAS EM TERRA.”
São palavras do escritor português, poeta e romancista João Morgado, no seu romance “Diário dos Infieis” que, em síntese, trata do que não foi dito depois do fim da união de duas pessoas. De acordo com o meu “sentir”, poetizando as consequentes tristezas e frustrações mútuas que restaram, também permanecem dentro de nós lembranças das noites enluaradas em um indesejado “até quando”; os mares com suas águas até nas linhas dos horizontes distantes; as matizes coloridas do “belo” desenhado nos céus pela leveza dos voos das gaivotas do nosso existir, quando estamos dominados por intensa paixão sentida. São aqueles voos que antes de tudo terminar, a todos estasiavam com o contagiante e envolvente esplendor do nosso sentimento maior da atração humana, chamado “A M O R”! (sugestão de leitura: mensagem 267).

As palavras de João Morgado foram escolhidas para iniciar esta mensagem porque, como acredito, nós estamos precisando “sentir” e “criar significados” para as imagens subjetivas dos nossos “olhares com a “Sensibilidade da Alma”, mesmo durante esta triste pandemia do coronavírus.

Certo é que o ser humano contempla com os seus olhares interiores, o que para ele tem significado. É por esta razão que, nesta pandemia, nós temos condições de superar os nossos “medos”, as nossas “fragilidades emocionais” e as nossas incertezas, “ressignificando” o nosso existir com sentimentos e práticas humanistas de “união” e “solidariedade”.

Nós precisamos nos fortalecer com as percepções sensoriais das imagens dos nossos olhares com a “Sensibilidade da Alma”, do “acreditar” em um novo “renascer universal” sem preconceitos de “cor”, de “raça”, de “gênero” e outros; sem “discriminação de “qualquer espécie”; sem a banalização “da violência contra a vida e, principalmente, com o olhar “de mais respeito à dignidade humana das pessoas”. Nós precisamos de um novo “renascer universal” sem “desigualdade social”, com melhor atendimento médico-hospitalar”, com mais educação, “cultura”, e incentivo ao desenvolvimento científico. Esses olhares para o nosso desejado pós-pandemia, não são visões de utopia criadas pelo nosso imaginário. São visões de urgentes necessidades humanistas, elaboradas pela força dos nossos “acreditar”, “querer” e ter esperanças. Confiante, gosto deste “sentir” do escritor Henry Miller (1891-1980):

– O DESTINO DE ALGUÉM NÃO É NUNCA UM LUGAR, MAS UMA NOVA FORMA DE “OLHAR” AS COISAS.

Não tenho dúvidas de que em todos os sentidos, nós somos influenciados e envolvidos emocionalmente pelas percepções sensoriais do nosso “olhar interior”, com a “Sensibilidade da Alma”. Explica o médico indiano Deepak Chopra, com adaptação pela escrita do meu “sentir”:

– TUDO QUE EXISTE NO MUNDO É RELEXO DO NOSSO MECANISMO SENSORIAL QUE O REGISTRA. NÓS TEMOS O PODER DE MUDAR O “NOSSO MUNDO”, DE MUDAR “NÓS MESMOS”, APENAS E SIMPLESMENTE MUDANDO AS NOSSAS PERCEPÇÕES.

Agora, prestem atenção neste “sentir” do escritor inglês Aldous Huxley (1894-1963):

– EXPERIÊNCIA NÃO É O QUE ACONTECE COM VOCÊ. É O QUE VOCÊ FAZ COM O QUE LHE ACONTECE.

Para servir de exemplo em semelhantes circunstâncias nos nossos isolamentos sociais, complemento com este poético comportamento de convivência contado
por João Morgado, no livro acima citado:

– PORQUE CHORAS, PAI? – PERGUNTOU A DORA. NÃO CHORO, FILHA, ESTOU A DAR DE BEBER A UM PEIXE QUE EXISTE DENTRO DE MIM… DORA COLOU-ME OS BRAÇOS À VOLTA DO PESCOÇO. PAI, ÉS UM POETA! – MURMUROU NUM SORRISO. E TU UM POEMA, RESPONDI.

Plagiando João Morgado, termino esta mensagem com este meu “sentir”:

– OS HOMENS TÊM MUITOS OLHARES, PARA VER A PLENITUDE DE COMO A VIDA É BELA!

Notas:
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2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(287) Sentindo, nesta pandemia, a necessidade de um “sentido” para as nossas vidas.

“A INCAPACIDADE DE DAR SENTIDO AOS EVENTOS QUE PERMEIAM O NOSSO COTIDIANO PODE SER CONSIDERADA A MAIOR FONTE DE ANSIEDADE QUE UM SER HUMANO EXPERIMENTA NA VIDA”
São palavras de Fernando Savaglia, psicanalista, pós-graduando em Psicologia Existencial Humanista e renomado baixista. Não é a primeira vez que ele enriquece a nossa jornada para o “autoconhecimento”. Em 28/04/2016 conhecemos o seu interesse pela relação da música com a psicanálise (mensagem 099). Foi quando manifestou este seu “sentir”: A música nos ajuda namorar com a vida! Está mensagem tem por objetivo (principalmente para nós em isolamento social) despertar a nossa atenção para os “estados de ansiedades”, decorrentes das incertezas que estamos vivenciando e também, como desejo, nós ajudar controlar as sensações de insegurança de um nosso futuro “pós-pandemia”.

São muitas as conhecidas manifestações de “ansiedade”. Destaco, em síntese, estas informações da psicóloga e psicoterapeuta Andreia Calçada, selecionadas do seu esclarecedor artigo sobre “ansiedade profissional nas relações de trabalho”, publicado em dezembro de 2011:
1.A ansiedade também pode ser causada por alterações em nosso ambiente.
2.É uma emoção normal. No seu aspecto cognitivo, as reações e/ou sintomas podem ser caracterizados por sentimentos subjetivos como apreensão, tensão, medo, tremores indefinidos, impaciência, entre outros. No aspecto somático, por alterações fisiológicas nos vários sistemas do organismo, como taquicardia, vômitos, diarreias, cefaleia, insônia e outros. Estes sintomas não são prejudiciais ao organismo; são benéficos, porque a função da ansiedade é protegê-lo e não prejudicá-lo. No entanto, podem adquirir contornos patológicos e variar em frequência, duração ou intensidade, de pessoa para pessoa.
3. No estado incontrolado de ansiedade, o indivíduo torna-se extremamente atento às sensações internas e apresenta dificuldade em racionalizar e interpretar os fatos circundantes de forma realista e adequada. O medo o domina e os pensamentos negativos passam a ser seus guias.
4. A forma como um indivíduo pensa sobre si mesmo e o mundo que o cerca determina o que sente e a forma como reage.

Considerando a possibilidade da “ansiedade” também ser causada por alterações em nosso ambiente (como está acontecendo, com a pandemia do covid-19), pergunto:

– DEFINIDO ACIMA O SEU OBJETIVO, O QUE PODEMOS APRENDER E COLOCAR EM PRÁTICA MOTIVADOS PELAS PALAVRAS DO INÍCIO DESTA MENSAGEM?

Antes de você responder, peço a sua atenção para esta explicação do psicanalista Fernando Savaglia, reproduzida do seu excelente artigo “Você está ficando louco?, publicado em dezembro de 2011 na edição 72 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala:

– Devido à arquitetura do nosso cérebro capaz de criar mais perguntas que respostas, a falta de sentido é de longe o maior gerador de ansiedade que um ser humano pode vivenciar, seja na busca de um macro ou de um micro-significado, isto é, desde atribuir uma lógica a um sintoma até buscar um sentido para a própria existência.
O processo é reforçado ainda por uma sociedade que valoriza exageradamente a busca e geração do maior número de estímulos em forma de informações. É natural, assim, que nos deparemos com inúmeras situações onde precisamos fazer escolhas no menor tempo possível, e que, em não raras vezes, mal temos tempo de significar ou dar a elas um real sentido. Importante frisar que toda escolha, por mais insignificante que possa parecer, causa estresse.
Não são poucos filósofos e profissionais psi que atribuem a descoberta de um sentido existencial à profilaxia para as angústias humanas. Pensadores como Heidegger e sua visão ontológica do existir. Viktor Frankl e sua Logoterapia, Winnicott, Gabriel Honoré Marcel e tantos outros ressaltaram a força determinante que o sentido exerce na existência humana.
Modernos psicofármacos têm se mostrado eficientes em conter os sintomas, que tendem a ser retroalimentados pela própria ansiedade com que os pensamentos tentam dar, sem sucesso, um sentido a essas crises. Isto é, quanto mais eu tento desvendar como funciona o processo da ansiedade, mais eu não encontro respostas, o que, por sua vez, alimenta cada vez mais o desconforto.
Gosto das palavras de Nichan Dichtchekenian, um dos mais brilhantes terapeutas existenciais do Brasil, que ao tratar do tema já agrega à angústia um porquê: “O pânico causado pela ansiedade nada mais é do que o prenúncio de uma transformação. É o anúncio de uma nova possibilidade de ser, no sentido em que efetivamente essa nova possibilidade anuncia um risco real que é o de eu abandonar a familiaridade em relação a quem eu já sou”.

Chegamos ao que, para este nosso encontro, considero ter sido a “essência espiritual” dos meus sentimentos humanistas de “união” e “solidariedade” que me intuíram para escrever esta mensagem. Assim por mim “sentida” e explicada:

– Concordo que nestes momentos difíceis de isolamento social, para aliviar ou até mesmo acabar com as nossas “ansiedades” e sentimentos de angústias indefinidas, precisamos nos fortalecer “criando para nós mesmos” um novo “SENTIDO” para o nosso presente e futuro “viver emocional”. Isto porque o nosso “sentido existencial” é atemporal, é transcendente, é de natureza espiritual, é parte da nossa condição humana. Observe que Fernando Savaglia expressamente disse ter gostado das palavas de um dos mais respeitados terapeutas da atualidade (aqui, já citado em duas oportunidades – mensagens 107 e 283). Também me tocaram muito esta afirmação do doutor Nichan Dichtchekenian:

– O pânico causado pela ansiedade nada mais é que o prenúncio de uma transformação. (…) no sentido em que efetivamente essa nova possibilidade anuncia um risco real que é o de eu abandonar a familiaridade em relação a quem eu já sou.

Realmente seremos todos transformados, porque nenhum de nós continuaremos “ser o que somos” ou o que “desejamos ser” no nosso “pós-pandemia”.

Com sentimento de DEUS no coração, termino esta mensagem com este meu “sentir”:

A VIDA SEMPRE, EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS DO NOSSO EXISTIR, PRECISA TER PARA NÓS UM “SENTIDO”, UM “PROPÓSITO”. QUANDO A GENTE CONSEGUE PARA NÓS MESMOS, SIGNIFICAR O NOSSO EXISTIR ESPIRITUAL, O NOSSO VIVER, SUPERAMOS TODAS AS ADVERSIDADES, INCLUSIVE AS DE UM FUTURO DESCONHECIDO.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As sínteses das partes do artigo da psicóloga e psicoterapeuta Andreia Calçada, foram feitas da sua publicação na edição 84, Ano VI, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(286) Sentindo “como é ser humano” com responsabilidade social, durante a pandemia do covid-19.

“É PRECISO ESTAR ABERTO PARA O INCERTO, PARA O INESPERADO. É PRECISO SER SENSÍVEL AO FRACO, AO ACONTECIMENTO QUE NOS SURPREENDE”
São palavras do sociólogo e filósofo francês Edgar Morin. Mais um exemplo do seu modo de transmitir a subjetividade das suas análises, todas com manifesta consistência de sabedoria de vida. Não sei o contexto em que foram usadas, mas aprendi com o psicólogo Lev S. Vygotsky (1896-1934) que o sentido de uma palavra envolve os eventos psicológicos que ela desperta em nossa consciência, com significados definidos pelo alcance da sua utilização. Entendo que o “sentir” de Edgar Morin também se aplica à pandemia do covid-19. Realmente, muitos de nós ficamos “sensíveis”, “assustados” e “fragilizados”, precisando de “controle emocional” para experimentar o “inesperado” dessa nossa atual “realidade”.

No mês passado, Edgar Morin concedeu entrevista ao jornal francês CNRS. Merece a nossa atenção, estas duas respostas sobre a pandemia do covid-19 na França:

1. Sobre a sua regra de vida.
Edgar Morin. Não vivo em permanente ansiedade, mas espero que eventos mais ou menos catastróficos ocorram. Não estou dizendo que previ a epidemia atual, mas digo, por vários anos, que com a degradação de nossa biosfera, devemos nos preparar para desastres. Sim, faz parte da minha filosofia: “Espere o inesperado”. Além disso, eu me preocupo com o destino do mundo depois de ter entendido, quando li Heidegger em 1960, que vivemos na era planetária; em 2000, a globalização era um processo que poderia causar tanto dano quanto benefício.

2. Sobre o que podemos aprender com a filosofia, nesses longos períodos de confinamento necessário.
Edgar Morin. É verdade que, para muitos de nós que vivemos grande parte de nossas vidas longe de casa, esse confinamento repentino pode representar um terrível embaraço. Mas eu acho que pode ser também uma oportunidade para refletir, para imaginar o que em nossa vida é frívolo ou inútil. É também uma oportunidade de nos tornarmos permanentemente conscientes dessas verdades humanas que todos conhecemos, mas que são reprimidas em nosso subconsciente: que amor, amizade, comunhão, solidariedade são o que fazem a qualidade de vida.

Aproveitando a filosofia de vida de Edgar Morin, pergunto para você:

– ESTAMOS SABENDO “ESPERAR O INESPERADO”?

Refiro-me ao “inesperado” dessa triste e preocupante “realidade” que estamos vivenciando com a chegada do Covid-19. Uma “realidade que está exigindo de nós práticas permanentes de comportamentos humanistas, imantados pela energia espiritual da força dos nossos sentimentos de “esperança”, de “união”, e de “solidariedade”. Nós precisamos cuidar do bem mais precioso da espécie humana – a “VIDA”. Nós precisamos ser guiados pela conscientização plena das nossas responsabilidades pessoais e sociais em todos os sentidos do nosso “existir”. Infelizmente não é o que está acontecendo, porque muitos não estão cumprindo as necessárias medidas de proteção das nossas vidas, como as de isolamento social e de permanências externas autorizadas e sujeitas à observância de condições especiais de mobilidades coletivas.

Estou sempre perguntando para mim mesmo: COMO “ACEITAR” E “EXPLICAR” ESSA SITUAÇÃO? Ainda não tenho resposta. É quando lembro do meu interesse pela Filosofia e, principalmente, de Martin Heidegger (1889-1976), um dos filósofos mais influentes do século XX. Ao ser indagado sobre “O QUE É SER HUMANO?”, ele respondia preferir que lhe fosse perguntado “COMO É SER HUMANO?. Nesta mensagem, complemento e pergunto para você:

– COMO É “SER HUMANO” NESTA “REALIDADE” DA PANDEMIA DO COVID-19?

Como acredito, é estar consciente de que todos nós, nesta dimensão de “VIDA”, temos uma missão de melhorias com propósitos que favoreçam o atendimento das nossas necessidades de completudes de natureza existencial e espiritual. “Ser humano” é oportunidade de crescimento individual em todos os sentidos do nosso “viver”, viabilizando-nos um “despertar” interior de aprendizados com essência de elevação espiritual.

Agora, preste atenção neste “sentir do médico e psicoterapeuta junguiano Carlos São Paulo:

– SOMOS A PONTE ENTRE A PERCEPÇÃO DO MUNDO EM NOSSO ENTORNO – O MUNDO DA LUZ – E O DA PERCEPÇÃO INCONSCIENTE – O MUNDO DAS TREVAS. COMO RESULTADO TEMOS A IMAGEM DO MUNDO EM QUE VIVEMOS, O QUAL NOS ORIENTA NA ADAPTAÇÃO DA NOSSA REALIDADE. O MUNDO DA LUZ NOS DEIXA ALHEIOS AO QUE ACONTECE NA ESCURIDÃO DA ALMA, MAS É NA COMBINAÇÃO DESSAS DUAS CONDIÇÕES QUE NASCE “O ESPÍRITO DO TEMPO”. O FILÓSOFO HEGEL DEFINIU ZEITGEIST COMO “ESPÍRITO DO TEMPO”. TRATA-SE DA ALMA DE UMA ÉPOCA QUE SE EXPRESSA NO CLIMA INTELECTUAL E CULTURAL DO MUNDO. AS INCERTEZAS, A RAPIDEZ DA BUSCA E O EXCESSO DE INFORMAÇÕES DO MUNDO ATUAL PARTE DO “ESPÍRITO DO TEMPO”. (…)
ESTAMOS ENTRE O “ESPÍRITO DO TEMPO” E O “ESPÍRITO DAS PROFUNDEZAS”. PARA DIALOGAR COM ESSAS CONDIÇÕES, PRECISAMOS RESPEITAR NOSSAS FIGURAS DA IMAGINAÇÃO E SABER DAR SENTIDO SIMBÓLICO A ESSES ACONTECIMENTOS PARA QUE O EU CONSCIENTE POSSA ACOLHÊ-LO. ESSA É A TAREFA QUE FAZ O HOMEM PERCEBER SEU RITMO INTERIOR E SEGUIR O SEU CAMINHO ÚNICO. MARCHAR COM O SEU RITMO PESSOAL, RESISTINDO BRAVAMENTE AO BARULHO INFERNAL DOS TAMBORES QUE RUFAM LÁ FORA. ESSE É O DESAFIO PARA EVOLUIR.

A neurociência pode nos ajudar entender o comportamento daqueles que não respeitam as recomendações de isolamento e distanciamento social. Explica a psicóloga Luiza Elena L. Ribeiro do Valle, no seu artigo “Cérebro e Aprendizagem”:

– O cérebro é uma estrutura flexível, que se desenvolve conforme o nível de solicitação. Entretanto, a solicitação do ambiente encontra limites no próprio indivíduo, que atuará conforme seus interesses e/ou necessidades e possibilidades que estão dispostas ao seu redor. É preciso integrar informações e experiências para interferir na capacidade do sistema nervoso central de modificar algumas propriedades morfológicas e funcionais em resposta aos estímulos. Esse fenômeno define a plasticidade cerebral. É quando se aprende. A aprendizagem ocorre durante a vida toda e as descobertas científicas sobre o cérebro podem ser utilizadas para otimizar esse processo, em qualquer fase da vida, não apenas com crianças, ou seja, não somente na fase em que está constatada uma habilidade natural para mudanças.

DEDICO ESTA MENSAGEM PARA TODAS AS MÃES, PORQUE A ELAS DEVEMOS O NOSSO “EXISTIR”. PARA A MINHA, NA MERECIDA DIMENSÃO DE ELEVAÇÃO ESPIRITUAL EM QUE ESTEJA, RECEBA OS MEUS SENTIMENTOS DE GRATIDÃO POR TUDO QUE ELA ME ENSINOU A SER, COMO SOU.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citação do doutor Carlos São Paulo, foi reproduzida da sua coluna “Divã Literário”, publicadas nas edições 129, Ano IX da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala; a da psicóloga Luiza Elena L. Ribeiro do Valle, do seu artigo “Cérebro e Aprendizagem”, publicado na edição 112, Ano IX, também da Revista PSIQUE.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(285) Sentindo o nosso esperado “estar presente”, em um transformador renascer sem o covid-19.

“SE VOCÊ FOR CAPAZ DE ENTRAR EM CONTATO COM SEU VERDADEIRO EU, A CONSCIÊNCIA NÃO TEM LIMITES. O QUE VOCÊ PRECISA É DE UMA CONEXÃO COM UM NÍVEL MAIS PROFUNDO DE SI MESMO, UM NÍVEL DO QUAL O AMOR E A COMPREENSÃO POSSAM EMERGIR ESPONTANEAMENTE”
São palavras do médico Deepak Chopra, especialista em endocrinologia, estudioso e incansável divulgador do Ayurveda, filosofia indiana que prioriza a busca interior do equilíbrio “CORPO, MENTE e ESPÍRITO”. Foram escolhidas do seu livro “O Poder da Consciência”, lançado no Brasil pela Editora LeYa, com tradução de Carlos Szlak. Nele, Deepak Chopra explica que para tudo existe uma “solução espiritual” favorecida pela nossa expansão de consciência. Recomendo a leitura.

Esta é a nona mensagem sobre a pandemia do coronavírus. Uma série que me foi intuída com a sua essência de ajuda voltada para a necessidade de todos nós, individualmente, favorecer o “conhecimento” e o “fortalecimento” das nossas condições “controle emocional” e, assim, como desejo, poder melhor conseguir superar essa triste e assustadora experiência que estamos vivenciando. Começo pedindo a sua atenção para este “sentir” do astrólogo Oscar Quiroga, manifesto na introdução do seu horóscopo publicado na edição 781, Ano 15, da Revista do Correio, do jornal Correio Braziliense, no dia três mês maio:

– Estar presente.
Para conquistares a proeza de estar presente, com alma e corpo envolvidos em cada assunto que administrares, tu precisas aceitar tudo que te seja inerente, pois, se estar presente precisasse negar algo de tua experiência, então uma parte de ti estaria ausente. Estar presente é uma proeza de completa aceitação, de julgamento imparcial sobre tudo que te ocorrer, seja no nível subjetivo de tua imaginação e ideações, ou no objetivo das ações que empreendes e de como te expressas. Estar presente não depende de as outras pessoas te aceitarem como tu sejas, isso é muito pedir delas. Estar presente é autoaceitação, confiança em ti, entusiasmo por te perceber respirando, utilização de teus recursos objetivos e subjetivos. Estar presente é o que de qualquer maneira acontecerá, contigo ou sem ti.

Na minha leitura, não encontrei nenhuma referência expressa ou implícita que achei estar relacionada à pandemia do covid-19. Da parte acima reproduzida, o que me despertou atenção foi esta afirmação de Quiroga:

– ESTAR PRESENTE É (…) UTILIZAÇÃO DE TEUS RECURSOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS.

Explico: Entendo que Quiroga foi muito feliz ao também considerar como sendo possíveis estados de “estar presente”, o da “utilização” dos [nossos] recursos objetivos e subjetivos, nessas duas situações distintas de interações: a objetiva (com a efetiva e real “utilização” dos recursos de quem fisicamente está presente); a subjetiva (de uma ausente “presença física” que se utiliza dos seus “recursos” de imagens do seu imaginário).

Complemento, com esta explicação da psicóloga e doutora em Psicologia pela USP, Lilian Graziano, no seu artigo “Você está aqui?, publicado na edição 131 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala:

– A ciência já reconhece a importância de focarmos nossa atenção no presente. Trata-se do conceito mindfulness, que muitos, erroneamente, acreditam ter nascido a partir da Psicologia Positiva. Na verdade, embora amplamente discutido por pesquisadores desse movimento científico, o conceito de mindfulness parece ter sido introduzido na língua inglesa já em 1881. Uma outra confusão recorrente é a crença de que a única maneira de atingirmos o estado mindful (presença no aqui e agora) seja por meio da meditação mindfulness. De fato, esse tipo de meditação é muito útil e tem sido objeto de diversas pesquisas que a relacionam como eficaz na redução de estresse, ansiedade, dores crônicas etc.

Agora, veja este interessante ensinamento do neurocientista António Damásio, que encontrei no seu livro “O mistério da Consciência / do corpo e das emoções ao conhecimento de si”, lançado no Brasil pela Editora Companhia Das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta, que também recomendo a leitura. Logo no início da introdução, referindo-se a um dos problemas da consciência humana, Damásio esclarece:

– Você está olhando para esta página [o que também se aplica para esta mensagem], lendo o texto e construindo o significado de minhas palavras à medida que lê. Mas a atenção dada ao texto e ao significado não descreve tudo o que se passa em sua mente. Enquanto representa as palavras impressas e exibe o conhecimento conceitual necessário para entender o que escrevi, sua mente também exibe, ao mesmo tempo, mais alguma coisa, algo suficiente para indicar, a cada momento, que é você, e não outra pessoa, quem está lendo e entendendo o texto. As imagens sensoriais do que você percebe externamente e as imagens relacionadas que você evoca ocupam a maior parte do campo de ação de sua mente, mas não totalmente. Além dessas imagens existe também essa outra presença que significa você, como observador das coisas imagéticas, como agente potencial sobre as coisas imagéticas. Existe a presença de você em uma relação específica com algum objeto. Se não houvesse essa presença, como seus pensamentos lhe pertenceriam? Quem poderia dizer que eles lhe pertencem? A presença é quieta e sutil e, às vezes, é pouco mais do que um “sinal vagamente pressentido”, uma “dádiva vagamente entendida” usando aqui as palavras de T. S. Eliot. Mais adiante, procurarei mostrar que a forma mais simples dessa presença também é uma imagem; de fato, o tipo de imagem que constitui um sentimento. Dessa perspectiva, a presença de você é o sentimento do que acontece quando seu ser é modificado pelas ações de apreender alguma coisa. Essa presença nunca se afasta, do momento em que você desperta até o momento em que seu sono começa. Ela tem de estar presente, caso contrário você não existe.

Aproveitando o ensinamento de Damásio, desejo que a leitura desta mensagem espelhe na sua “mente” a seguintes “imagem sensoriais” deste nosso “ESTAR PRESENTE”, em concordância com Deepak Chopra:

– TUDO VAI PASSAR COM A CHEGADA DA “SOLUÇÃO ESPIRITUAL” DE UM TRANSFORMADOR “RENASCER” PARA TODOS NÓS.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual.

(284) Sentindo que precisamos saber como estamos, para vencer o covid-19.

“A CONSCIÊNCIA CRIA O MUNDO DO MANIFESTO”
São palavras do cientista Amit Goswami, professor de física da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos. Foram escolhidas de uma entrevista publicada em 2018, na edição n. 71, Ano 16, da Revista SOPHIA, da Editora Teosófica, com o título “As provas da existência de Deus” (certamente por ser ele um incansável conciliador da ciência com a espiritualidade). Em uma das suas respostas, Goswami externou o seu entendimento de que “a consciência humana é transcendente” e também declarou que “a existência de tudo, no Universo, depende de um ser que tenha consciência dele”.

As palavras de Goswami não me causaram surpresa. Explico: Sempre me interessei pelo movimento filosófico que ficou conhecido por “fenomenologia”. Nele, o filósofo alemão Georg Hegel (1770-1831) defendia “existir apenas uma realidade (a do espírito), em que tudo é manifesto na consciência”.

Para você que está conhecendo o “Sensibilidade da Alma”, esclareço o seguinte:
A criação desta jornada para o “autoconhecimento” me foi intuída com a sua proposta de abrangência subjetiva definida na mensagem 001 (recomendo a leitura). Estou convencido de que nesta triste e preocupante realidade do coronavírus, será possível fortalecer o meu desejo de ajudar a todos, incentivando práticas de buscas que favoreçam o “escutar interior” das nossas percepções sensoriais. Quero facilitar para todos vocês a descoberta dos benefícios que, como acredito, nós podemos alcançar por meio de uma subjetiva sintonia de “harmonização interior”, bem como do “equilíbrio emocional” na nossa relação CORPO, MENTE e ESPÍRITO. Com esse “voltar-se para si mesmo”, quando achar necessário, você também poderá fazer uma consciente procura de significados para os seus “sentimentos” e “emoções”. Volto às palavras de Amit Gosvami:

A CONSCIÊNCIA CRIA O MUNDO DO MANIFESTO.

Pergunto:

– O QUE É CONSCIÊNCIA? QUE MUNDO É ESSE, POR ELA CRIADO E QUE SE MANIFESTA PARA NÓS?

São temas com essência de natureza ontológica, que sempre me fascinaram. Ora, se é a “consciência humana” que cria as nossas “realidades”; também o “inconsciente”, pela linguagem simbólica das suas imagens; também o nosso “imaginário”… Parece-me acertado afirmar que no nosso “mundo interior” e subjetivo, somos nós que criamos as “realidades sensoriais” dos nossos “agora” e as dos nossos impermanentes “tudo”.

Gosto desta explicação do médico indiano Deepak Chopra, que encontrei com a leitura do seu livro “O futuro de Deus / um guia espiritual para os novos tempos”, publicado no Brasil pela Editora Planeta, com tradução de Cristina Yamagami:

– VOCÊ TRANSFORMA A SUA REALIDADE AO ENTRAR EM UM NOVO ESTADO DE CONSCIÊNCIA. A REALIDADE NÃO VAI E VEM. ELA NÃO NOS ABANDONA. O QUE MUDA É O MODO COMO NOS RELACIONAMOS COM ELA. NOSSO ESTADO DE ESPÍRITO MELHORA OU PIORA. GRANDE OU PEQUENO, NÃO FAZ DIFERENÇA. É UM ESTADO DE ESPÍRITO. A VERDADE NÃO PODE SER ENCONTRADA EM PALAVRAS, MAS PELA INTROSPECÇÃO E PELA AUTODESCOBERTA. A VERDADE NÃO É ENSINADA NEM APRENDIDA. ELA EXISTE NO INTERIOR DA PRÓPRIA CONSCIÊNCIA. SOMOS O QUE OS NOSSOS PENSAMENTOS FAZEM DE NÓS.

Por sua vez, no seu livro “A estranha ordem das coisas / as origens biológicas dos sentimentos e da cultura”, publicação da Editora Companhia Das Letras, com tradução de Laura Teixeira Motta, esclarece o neurocientista António Damásio ao iniciar um capítulo inteiramente dedicado à nossa consciência:

– Em circunstâncias normais, quando estamos acordados e alertas, sem nenhuma agitação ou deliberação, as imagens que fluem na mente têm uma perspectiva: a nossa. Reconhecemo-nos espontaneamente como os sujeitos de nossas experiências mentais. O material em minha mente é meu, e suponho que o material na sua mente seja seu. Cada um de nós avalia conteúdos mentais de uma perspectiva distinta, a minha ou a sua. Se observarmos juntos a mesma cena, reconheceremos de imediato que temos perspectivas diferentes. O termo “consciência” aplica-se ao tipo de estado mental muito natural, porém distintivo, descrito pelas características que acabei de mencionar. Esse estado mental permite ao seu possuidor ser o experimentador privado do mundo ao seu redor, e, igualmente importante, experimentar aspectos de seu próprio ser.

Na sua consistente obra “O mistério da consciência / do corpo e das emoções ao conhecimento de si” (por mim relida várias vezes), também publicada no Brasil pela Editora Companhia Das Letra com tradução de Laura Teixeira Motta, explica António Damásio:

– O estado de sentir não implica, necessariamente, que o organismo que sente tem plena consciência da emoção e do sentimento que estão acontecendo? Estou suponho que não, que um organismo pode representar em padrões neurais e mentais o estado que nós, criaturas conscientes, denominamos sentimento, sem jamais saber que existe sentimento. É difícil conceber essa separação, não apenas porque os significados tradicionais das palavras bloqueiam nossa visão, mas porque tendemos a ter consciência de nossos sentimentos. (…) Em suma, a consciência tem de estar presente para que os sentimentos influenciem o indivíduo que os tem, além do aqui e agora imediato. (…) Representações do exterior ou do interior podem ocorrer independentemente de um exame consciente e ainda assim induzir reações emocionais. Emoções podem ser induzidas de maneira inconsciente e, assim, afigurar-se ao self consciente como aparentemente imotivadas.

Abro um parêntese nesta mensagem, para registar que foram essas explicações de António Damásio que me ajudaram entender muitos dos meus incontidos estados emocionais, principalmente os acompanhados de lágrimas, quando tenho conhecimento do crescente número de perdas de vidas nesta triste e preocupante pandemia global do coronavírus.

PARA CONCLUIR:

1.A “consciência humana” permite a todos, “sentir” a “percepção de nós mesmos”, experimentar as nossas realidades interiores e as do mundo exterior. Todas modeladas pelos nossos conceitos cerebrais, muitos deles conhecidos e outros não. São “experiências sensoriais” que subjetivamente definem a nossa singularidade “existencial” e “espiritual” (como acredito).
2.Todos nós somos responsáveis pelo modo como estamos vivenciando essa pandemia global, seja ou não em isolamento social. Precisamos estar conscientes dos nossos “estados emocionais” e dos que estão ao nossa lado em isolamento social (os idosos, pai, mãe, filhos, netos, e outros). Nesses momentos difíceis, são muitas as perguntas que podemos fazer, quando entender ser preciso e proveitoso: Por que estou (ou estamos) sentindo medo, preocupados, tristes ou fragilizados? Como estamos conscientes “de nós mesmos”, ao vivenciar uma situação indesejada e desconhecida muito marcada por tantas incertezas?
3.No meu entender, a pregunta mais importante que precisamos fazer é está: Estamos tendo o necessário “controle emocional” dessa situação? Se a resposta for “negativa” ou “não sei”, sugiro procurar um apoio profissional, humanista ou espiritual.

Termino transmitindo para todos este ensinamento de Mahatma Gandhi, sempre por mim lembrado no meu confinamento social:

“A PRISÃO NÃO SÃO AS GRADES, E A LIBERDADE NÃO É A RUA; EXISTEM HOMENS PRESOS NA RUA E LIVRES NA PRISÃO. É UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA.”

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual.

(283) Sentindo a força do “autoconhecimento”, contra o coronavírus.

“QUANDO RECEAMOS ALGUM MAL, O PRÓPRIO FATO DE O RECEARMOS ATORMENTA-NOS ENQUANTO O AGUARDAMOS: TEME-SE VIR A SOFRER ALGUMA COISA E SOFRE-SE COM O MEDO QUE SE SENTE!”
São palavras do filósofo Sêneca (180-102 aC), escritas durante o Império Romano em carta para Caio Lucílio, o famoso satirista da época. É um expressivo exemplo de como o nosso “sentir” se perpetua na passagem ilusória do “tempo”. Sobre a “consciência humana”, Sêneca também entendia ser a nossa capacidade de saber distinguir o “bem” do “mal”. A escolha das suas palavras é explicada pelo meu desejo de querer ajudar a todos “vivenciar” e tentar “controlar’ os nossos estados emocionais de ansiedade e medos que estão sendo causados, em muitos de nós, pela pandemia do coronavírus.

Começo pedindo a sua atenção para estas passagens do livro “Cérebro e Meditação”, escrito em forma de diálogos mantidos entre o monge budista Ricard Matthieu e o neurobiologista Wolf Singer, publicado no Brasil pela Editora ALAÚDE com tradução de Fernando Santos. Para os interessados, recomendo como sendo de leitura obrigatória:

1. Para Matthieu, a palavra “emoção” (de acordo com a sua origem nas línguas ocidentais), deve ser entendida no sentido de “por em movimento”, de “agitar”. Para ele, a “emoção” é algo que põe a mente em movimento, mas tudo depende de como esta se põe em movimento”. Sobre certos estados alcançados pela prática da meditação [acrescento, também pela yoga] ele esclarece:

– O treinamento da mente permite produzir esses estados mentais à vontade e modular sua intensidade, mesmo quando não enfrentamos situações complicadas, tais como fortes estímulos emocionais positivos ou negativos. Adquirimos, assim, a capacidade de manter um equilíbrio geral do nível emocional que favorece a força e a paz interiores.
O treinamento da mente permite compreender, com extrema sutileza, se um pensamento ou uma emoção são aflitivos ou não, se estão de acordo com a realidade ou se estão baseados numa percepção totalmente incorreta dela.”

Agora, uma valiosa observação de convivência especial de cuidados, no isolamento social de proteção contra o coronavírus:

2. Wolf Singer explica que quando a criança autista realiza uma tarefa, ela sempre olha para o seu cuidador porque, de acordo com as suas possibilidades, sente necessidade de avaliar o seu comportamento. Se não consegue interpretar as expressões dos cuidadores, é difícil para ela desenvolver suas funções cognitivas e se relacionar com o mundo, de modo que ficam cada vez mais isoladas

3. Sobre esta pergunta: Podemos apreender a realidade tal como ela é?
No plano das percepções comuns, o neurocientista e o pensador budista assim responderam de forma negativa:

– ESTAMOS SEMPRE INTERPRETANDO SINAIS SENSORIAIS E CONSTRUINDO A NOSSA REALIDADE.

Sobre os nossos atuais momentos de incertezas, de medos e de fragilidades emocionais, tenho procurado me equilibrar em todos os sentidos, harmonizando a minha relação CORPO, MENTE E ESPÍRITO. Nesta jornada para o “autoconhecimento” estou me fortalecendo com os nossos encontros virtuais. Não tenho dúvidas de que, nesta dimensão de vida, nós temos uma missão de necessidades de melhorias existenciais e, também, de natureza espiritual. Tudo que precisamos, está dentro de nós. Vejam este belo “sentir” da escritora Radha Burnier (1923-2013):

– HÁ UMA INTELIGÊNCIA NA PRÓPRIA ESPÉCIE QUE ENSINA O QUE É NECESSÁRIO. POR ISSO OS PÁSSAROS SABEM COMO CONSTRUIR SEU NINHO, ONDE POUSAR E COMO SE ORIENTAR.

Principalmente agora, nós estamos precisando de descobertas interiores de “completudes” em que, muitas delas, para serem “despertas em nós”, ou “para nós”, dependem de um permanente e silencioso *voltar-se para si mesmo” (com outras palavras: precisamos praticar buscas de “autoconhecimento”). Sabemos que existem várias linhas de psicoterapias. Mas, por exemplo, em silencioso escutar individual de interiorização, podemos nos orientar nesta experiência de conduta profissional do terapeuta Nichan Dichtchekenian, sobre a abordagem da Fenomenologia Existencial, praticada na sua “Clínica do Existir” (como ele gosta de chamar):

– Meu trabalho está ligado com a existência da pessoa, de que maneira essa pessoa dá conta de seu existir, suas limitações, medo da morte, angústias, etc. Como você lida com aquilo que determina você? O que você faz com aquilo que caracteriza você? Que tipo de decisões você toma ou não toma? Qual o sentido de você ser como você é? Poque se você é deste jeito é porque você realiza algo deste jeito, você está alcançando uma presença na vida.
Meu trabalho como terapeuta é primeiro acompanhar a pessoa no modo dela ser e convidá-la a se apropriar de quem ela é.

Nesse momento difícil que todos nós estamos vivenciando, se você está gostando desta série sobre o coronavírus ajude divulgar mais esta mensagem. Namastê!

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações da escritora Radha Burnier e do psicólogo Nichan Dichekenian foram respectivamente reproduzidas da edição n. 69, Ano 15, – Set/Out de 2017, da Revista SOPHIA, publicação da Editora Teosófica, e da edição n.38, Ano IV, da Revista PSIQUE, publicação da Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(282) Sentindo, com a pandemia do coronavírus, como devemos “REPENSAR A VIDA”.

“A BELEZA DA SENDA INTERNA É UMA MARAVILHA QUE, QUANDO VIVENCIADA, PARECE ILUMINAR A MENTE. COMEÇAMOS A COMPREENDER QUE TODAS AS EXPRESSÕES DA VIDA, DESENCADEADAS POR EVENTOS EXTERNOS, NA VERDADE ESTÃO DENTRO DE NÓS, E TRANSCENDEMOS UMA DAS GRANDES ILUSÕES DO SER HUMANO”
São palavras do filósofo Barry Bowden (1945-2010). Merecem ser pensadas por nós, durante o isolamento social contra o coronavírus. Certo é que ninguém estava preparado para essa pandemia. Por outro lado, temos que reconhecer que a vida da gente é um eterno “aprender”.

Terminei a mensagem anterior, desejando que esta série sobre o coronavírus seja aproveitada para um nosso “REPENSAR A VIDA”. Comece agora. São muitas as perguntas que devemos fazer para nós mesmos, principalmente sobre como subjetivamente estamos vivenciando essa triste e assustadora realidade do coronavírus. Precisamos tomar muito cuidado com os efeitos psicológicos de algumas perguntas, como esta que tenho escutado com as divulgações diárias do crescente número de mortes em todo mundo:

– QUAL SERÁ O FINAL DE TUDO QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Todos nós sabemos que a preocupação com o futuro, é uma natural tendência humana. Há muito vem sendo estudada. Em notícia publicada em dezembro de 2016, na revista Cerebral Cortex, tomei conhecimento de que pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston estão identificando as regiões cerebrais relacionadas à nossa atividade de “imaginar o futuro”. Eles descobriram que o hipocampo, estrutura fortemente associada a memória e orientação espacial, é também uma área-chave nesse processo. O que ainda não se sabe é de que maneira ele participa nessa imaginação. Registro, que não tenho acompanhado os resultados atualizados desses estudos. No mesmo sentido, no seu artigo “É possível preparar o cérebro”, explica a psicóloga Miriam Rodrigues, especialista em Psicologia Clínica e Medicina Comportamental, pela Unifesp:

– Imaginar o futuro. Seria talvez essa a única coisa que nós seres humanos conseguiríamos fazer de diferente dos animais? E mais que imaginar, sermos capazes de classificar os conteúdos dessa imaginação entre bons ou maus, prósperos ou desastrosos, com finais felizes ou infelizes, e essas classificações predisporem a muitas de nossas ações. Oscilando entre frases de “tudo vai dar certo” nos impulsionando para o ato de que queremos fazer muitas coisas e entre “nem adianta tentar, não há nada a ser feito”, fazendo com que nos atolemos no sofá, não nos movendo para nenhuma ação. Essas provocações são apenas para começarmos a falar sobre aquela velha analogia de como enxergamos o copo. Meio cheio ou meio vazio?

Gosto desta análise da pesquisadora Michele Müller, especialista em Neurociências e Neurologia Educacional, feita no seu interessante e consistente artigo “MENTE presente”:

– ESTAR NO MOMENTO DE AGORA PERMITE DESLIGAR A CAPACIDADE CEREBRAL DE ALERTAR PARA AS POSSIBILIDADES QUE PODEM ESTAR NOS AGUARDANDO. / Devemos lembrar que qualquer pergunta que nos fazemos mentalmente vem com todos os tipos de possibilidades – tanto negativas quanto positivas. Criadas e alimentadas pela mente ausente, essas presunções estão quase sempre erradas. Errar nas positivas pode trazer uma enorme frustração. Errar nas negativas – sempre as mais comuns e acompanhadas de evidências que construímos com mestria – nos coloca em constante estado de preocupação. Coisas ruins acontecem, mas é bom trazer à consciência que nossas temíveis previsões muito raramente correspondem à realidade e que, mesmo em momentos difíceis, o cenário imaginado pode ser muito pior que o evento real.

Considero oportuno e merecedor da nossa atenção, este entendimento conclusivo da doutora Michele:

– Quebrar a moldura do absolutismo e aceitar o incerto, tanto no campo individual como universal, requerem reconhecer o que de fato está sob nosso controle e deixar fluir sem resistência aquilo que não está. Esse exercício de confiança na vida nos mantém atentos às necessidades de mudanças e evolução, nos ensina que diferentes pontos de vistas são enriquecedores e nos permite um contato mais íntimo e realizador com as belezas que a ansiedade geralmente oculta.

Estou convencido de que nós possuímos o poder de criar as nossas realidades, sejam as de adaptações ao nosso “mundo exterior”; sejam as do o nosso “mundo imaginário”.

No meu isolamento social tenho pensado muito nos cuidados que devem ser ensinados e observados, nas nossas interações com os “autistas” e “deficientes visuais” (Sugestão de leitura complementar: mensagens 216 e 224). Iniciei a última mensagem da série dedicada aos “deficientes visuais”, com este meu “sentir”:

– As imagens do nosso “mundo interior”, nem sempre são por nós conhecidas ou definidas pelas “impressões sensoriais” que nos causam. É diferente do que acontece com as “imagens sensitivas” dos nossos “sentimentos, que podem ser por nós avaliadas quando conhecemos a natureza perceptiva das nossas experiências vivenciais. Por sua vez, as imagens recebidas do nosso “mundo exterior” são elaboradas pelos conceitos cerebrais subjetivamente emergentes do nosso modo de “sentir”. É por esta razão que para muitos, a realidade não existe fora da mente. Muitas delas são criações imaginárias. Aliás, sobre essa nossa capacidade de “imaginar a realidade”, esclarece Suzanne Langer nos seus “Ensaios Filosóficos”: “Embora a imaginação constitua nosso mundo, isso não quer dizer que o mundo seja uma fantasia e nossa vida um sonho. O que significa que o mundo é maior que os estímulos que o cercam.”

Agora, prestem atenção nesta afirmação da doutora Michele Müller, no seu artigo sobre a nossa “flexibilidade cognitiva”:

– O cérebro é projetado para aprender e mudar com a aprendizagem, mudar e aprender com a mudança. Sua complexidade nos possibilita desde mudanças rápidas de foco, quando recebemos estímulos diferentes, a transformações profundas na forma como agimos e pensamos, de acordo com a necessidade e o ambiente. Quanto mais nos permitimos conhecer o incerto, mais treinamos a capacidade de adaptar a forma de agir e de pensar de acordo com a necessidade que encontramos. A flexibilidade cognitiva depende das mudanças e ao mesmo tempo as torna possíveis.

Com a pandemia do coronavírus, estamos experimentando mudanças do tipo “reativas”, que são aquelas em que reagimos às condições que nos são impostas pelo ambiente. Nesse cenário de imprevisibilidades e de muitas incertezas, devemos, sempre que possível, aproveitar para “REPENSAR A VIDA”. Como entendo, precisamos começar exercendo a nossa capacidade de observar a “si mesmo”, favorecendo a compreensão perceptiva do nosso subjetivo processo de “adaptação interior” a tudo que estamos vivenciando. Reconheço que no meu caso, tenho sido muito ajudado pelo “despertar interior” da minha “funçao buddi”(sem tradução para o inglês), que em sânscrito significa “intuição espirital”. Foi essa função que me iluminou para a criação desta nossa jornada para o “autoconhecimento”(mensagem 001).

Complemento, pedindo a sua atenção para este “sentir” da psicóloga Fernanda Tochetto, estudiosa da “reciprocidade, no aspecto pessoal das nossas interações”. Em entrevista concedida ao jornalista Lucas Vasques Peña, publicada na edição n.164 da revista PSIQUE, da Editora Escala, manifestou este seu entendimento:

– O QUE SE PASSA NOS NOSSOS PENSAMENTOS SE REFLETE NA NOSSA VIDA, NOS NOSSOS RESULTADOS. FAZER PERGUNTAS PARA SI MESMO PODE AJUDAR VOCÊ A DAR CONTA DO QUE VOCÊ PRECISA.

Se você gostou desta mensagem, ajude divulgar. Foi a maneira que encontrei para, nesta triste e preocupante realidade das nossas vidas, ajudar as pessoas!

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações da psicóloga Miriam Rodrigues e da pesquisadora Michele Müller foram reproduzidas, respectivamente, das edições 152 e 131 da Revista PSIQUE, publicação da Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

(281) Sentindo a necessidade do controle das emoções, durante a pandemia do coronavírus.

“LOGO QUE COMEÇAMOS A OBSERVAR OS SENTIMENTOS, PASSAMOS A VER QUE SEMPRE HÁ UMA LIGAÇÃO COM O PENSAMENTO, EM TODAS AS COISAS QUE FAZEMOS. UMA VEZ NOTADOS, OS SENTIMENTOS PODEM TAMBÉM SER OBSERVADOS SEM APEGO, COMO UM PÁSSARO QUE PASSA VOANDO. A MENTE FICA COMO UM LAGO TRANQUILO”
São palavras do filósofo Barry Bowden (1945-2010). Foram escolhidas para iniciar esta mensagem porque, como fontes de sabedoria, merecem estar juntas deste belo e expressivo “sentir” de Clarice Lispector:

– É NECESSÁRIO ABRIR OS OLHOS E PERCEBER AS COISAS BOAS DENTRO DE NÓS, ONDE OS SENTIMENTOS NÃO PRECISAM DE MOTIVOS NEM DESEJOS DE RAZÃO.

Começo, pedindo sua atenção para este exemplar comportamento do filósofo e escritor Mario Serfgio Cortella:

– Em entrevista concedida à jornalista Adriana Ferraz, do jornal “O Estado de S.Paulo”, publicada na edição n. 46191 com o título “Saldo pode ser a volta da credibilidade da ciência”, ao ser perguntado sobre o que de positivo pode ser tirado do distanciamento social, respondeu:

– ALGUMA RECLUSÃO, SEM QUE IMPLIQUE EM SOLIDÃO, É BASTANTE BENÉFICA, POIS POSSIBILITA UM USO MAIS LIBERADO E SELETIVO DO TEMPO DISPONÍVEL. NESTE INSTANTE, O DISTANCIAMENTO SERVIRÁ TAMBÉM PARA MÚLTIPLAS AÇÕES QUE O COTIDIANO ATRIBULADO NÃO PERMITE COM INTENSIDADE, DESDE CONVIVÊNCIAS ATÉ REORGANIZAÇÕES DOS ESPAÇOS E COISAS. ALÉM, CLARO, DA DEDICAÇÃO AO ÓCIO RECREATIVO.

Em seguida, sobre os seus cuidados acrescentou:

– DESDE O DIA 16 DE MARÇO ESTOU EM RECLUSÃO ORGANIZADA, TENDO SAÍDO DE CARRO POR ALGUMAS HORAS EM DIAS DISTANTES, SEM CONTATO INSEGURO COM OUTRAS PESSOAS, PARA DUAS TAREFAS IMPRESCINDÍVEIS E SALVAGUARDADAS. AFINAL, EMBORA ME SAIBA MORTAL, QUERO ADIAR ESSA OCASIÃO NO LIMITE MÁXIMO DA MINHA SAUDABILIDADE E CONSCIÊNCIA LIVRE.

A essência do enfoque desta mensagem é subjetiva. Foi motivada pelo meu reconhecimento da importância de uma reflexão sobre como devem ser os nossos comportarmos durante o necessário confinamento social de proteção contra o coronavírus.

Todos nós vivemos o que experimentamos. Somos influenciados por um contínuo fluir de sucessivos eventos, muitos deles para nós desconhecidos ou inesperados. Acontece que existem experiências, sejam de que natureza forem, que precisam ser precedidas de um fortalecimento psicológico para nos ajudar nessa realidade do coronavírus. Como enfrentar essa situação? Não é fácil porque ficamos fragilizados, inseguros e com medo, por causa das incertezas dessa assustadora experiência para a qual ninguém estava preparado. Nesse preocupante cenário, ensejador da adoção de medidas urgentes de proteção, entendo que devemos exercitar a nossa “inteligência emocional”. Refiro-me à capacidade humana de reconhecer “emoções”. Como fazer? Primeiro peço a sua atenção para as seguintes informações:

1.Esclarecem Albert Newen e Alexandra Zinck, ambos da Universidade Ruhr, em Bochum): O autoconhecimento e a atribuição de sentidos ao que vivemos influem diretamente sobre a forma como nos apropriamos das experiências. Estímulos internos, assim como a atribuição de sentidos a eles, representam fatores importantes, que influem diretamente sobre a forma como vivemos experiências emocionais e as interpretamos. As chamadas emoções básicas [no isolamento social, principalmente as de “medo” e de “tristeza”] independem do processo mental consciente, possibilitando, assim, um rápido direcionamento da atenção.
2.Para Elisabeth Pacherie, pesquisadora do Instituto Jean Nicod de Paris, a emoção é determinada pela maneira como representamos a situação e pela avaliação que dela fazemos.
3. Segundo Sylvie Berthoz, psicóloga e doutora em neurociências do Instituto Mutualiste Montsouris de Paris, existem pessoas que não identificam suas emoções e reagem com sintomas físicos, como dores e taquicardia. Isto porque provavelmente, na infância, não aprenderam a expressar alegria, raiva ou tristeza.

Para exercitar a nossa “inteligência emocional” precisamos reconhecer “emoções”. Não apenas as nossas, por meio de um interior e silencioso encontro “consigo mesmo”, mas, também, as emoções “do outro” ao nosso lado e as emoções daqueles que interagimos à distância. Incluo nessa abrangência, as nossas crianças (filhos, netos), os idosos e os nossos animais de estimação. Justifico esse meu entendimento porque, quando não estamos bem, eles demonstram aguçada percepção de sensibilidade. Para mim, a natureza desse comportamento é de “integração espiritual”, muito comum nos gatos e cachorros. Aliás, estou convencido de que eles entram na vida da gente para ficar. Vejam, como exemplo, o transcendente alcance subjetivo da essência deste “sentir” do poeta e ensaísta Ferreira Gullar, ao perder a gatinha que lhe foi dada pela cantora Adriana Calcanhotto:

– PARA ELA A MORTE NÃO EXISTE, COMO PARA NÓS, GENTE. ELA É MORTAL, MAS NÃO SABE, LOGO É IMORTAL.

Ainda, sobre a presença dos animais domésticos em nossas vidas (que também podem ser vítimas do coronavírus), no seu artigo “Elo de apoio emocional”, esclarece a Psicóloga Claudia Maria França Pádua:

– Quando olhamos para o nosso animal de estimação sabemos o quão importante ele é para nós e identificamos as emoções que ele nos transmite através do olhar, de uma lambida, de um abanar de cauda ou de um afago espontâneo ao chegarmos à casa… um ser peludinho, que nos espera sempre, incondicionalmente com alegria e muito amor. Com todos os avanços da ciência, pesquisas revelam que o convívio com os animais é considerado um dos melhores recursos terapêuticos. Os animais domésticos passaram a ser considerados importantes na sociedade por oferecer apoio emocional.

Com relação às muitas das experiências ensejadas pelo recebimento de estímulos (internos e externos), entendo que algumas emoções podem estar relacionadas às condições de ambientação. Nesse caso, são reações emocionais explicadas pela comprovada “plasticidade do cérebro”. A respeito, no seu artigo “Plasticidade Cerebral e Plasticidade Emocional”, esclarece a doutora Adriana Fóz, pós-graduada em Psicologia da Educação pela Universidade de São Paulo (USP):

– O que faz essa tal plasticidade? A plasticidade cerebral refere-se à capacidade que o Sistema Nervoso possui em alterar algumas das suas propriedades morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente, segundo Oliveira e cols, 2000 [Adriana estava se referindo à obra “Fatores ambientais que influenciam a plasticidade do SNC”]. Diversas análises dos aspectos plásticos do SNC (sistema nervoso central) permitem que os relacionemos a vários fatores, tais como a influência do meio ambiente, o estado emocional, o nível cognitivo, dentre outros. Durante muito tempo, pensou-se que o cérebro fosse uma estrutura rígida, não “modificável”, e que alterações por lesões estariam fadadas àquela realidade.

Sobre a “plasticidade emocional” (PE), complementa:

– Tem como características as habilidades conscientes que podemos otimizar para promover, recuperar ou modificar nosso desempenho. A PE é um conjunto de competências que devem ser estimuladas para que possamos melhorar nossa performance na vida [entenda-se, no sentido de realização, feito ou desempenho]. Dentre estas: consciência, motivação, criatividade, intuição, empatia, flexibilidade mental, controle de impulsos, treino, foco, generosidade.

Para concluir, durante a preocupante pandemia do coronavírus “precisamos” ficar atentos e observar todas as “manifestações emocionais”. As nossas e as dos outros. Também, sempre que possível, devemos identificar suas causas.
Não esquecer de fazer uso dos seus medicamentos, de acordo com as condições prescritas. Quando for preciso, nunca deixar de procurar ou seus médicos pelos meios de comunicação ao seu alcance. Cabe a você e aos nossos familiares próximos, acompanhar as alterações do nosso “equilíbrio emocional”. A respeito, recomenda a Psicóloga Isabela Cotian no seu artigo “A conquista do equilíbrio emocional”, que foi escrito principalmente para as mulheres que são mães:

– Cada dia ganha mais importância o equilíbrio emocional para o bem-estar da pessoa. Portanto, é imprescindível descobrir como desenvolvê-lo antes que seja tarde. A busca pelo equilíbrio emocional está cada vez mais frequente, independentemente de sexo e idade. A habilidade em se conhecer e lidar com os próprios sentimentos, sabendo se adaptar às diferentes situações e expressar seus pensamentos e sentimentos de maneira saudável para si mesma e para o outro faz parte dessa busca. Para nós, mulheres, essa busca fica ainda mais forte após a maternidade. O maior presente que podemos dar aos nossos filhos é criar espaço e encorajamento para que saibam lidar com eles mesmos, para que eles possam se conhecer e cuidar de suas emoções. Aprendemos isso à medida que também estamos aprendendo a enfrentar as nossas emoções e frustrações. Hoje em dia contamos com uma gama de informações, conteúdos, técnicas e recursos que abordam como encontrar o equilíbrio para lidar com um mundo frenético. Também existem técnicas que ensinam a acalmar a mente e os pensamentos acelerados, assim como a ouvir a própria respiração, a intuição, a alma. A meditação é uma delas.

Desejo que durante o nosso necessário isolamento social, todas as mensagens desta série sobre o coronavírus sejam aproveitadas para um nosso:
REPENSAR A VIDA!!!!

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações do filósofo Barry Bowden; de Albert Newen e Alexandra Zinck; de Elisabeth Pacherie; de Sylvie Berthoz; de Claudia Maria França Pádua; de Adriana Fóz; de Isabela Cotian, de acordo com a ordem do texto da mensagem, foram respectivamente reproduzidas da EDIÇÃO N. 60, ANO 14, Revista SOPHIA; da edição n. 5, de 2013, da Revista mente e cérebro, edição especial n. 5, sobre “o desafio das Emoções, de 2013, da Editora Duetto; e das Edições ns.93 e 152 da Revista PSIQUE, publicação da Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

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